Europa
Grécia enfrenta novo dia de greves e protestos pelos cortes
Em Bruxelas, o primeiro-ministro Papademos deve reunir-se com o presidente da Comissão Europeia, Barroso, para abordar a situação econômica grega
Mulher protesta em frente ao Parlamento grego, em Atenas (Yiorgos Karahalis / Reuters)
Os sindicatos majoritários gregos convocaram para esta quarta-feira novo dia de protestos e mobilizações em resposta aos cortes de salários e aposentadorias aprovados na terça-feira pelo Parlamento.
A convocação dos candidatos é de greve geral de três horas (7h às 10h de Brasília). Nesse intervalo, às 8h30 (de Brasília) uma delegação de sindicalistas protestará em frente à delegação da União Europeia em Atenas.
Um pouco mais tarde, às 13h (de Brasília) será realizada uma manifestação, seguida de um concerto na Praça Sintagma, contra o Parlamento.
"Os empregados de nosso país continuarão suas mobilizações na Grécia e na Europa para pôr fim à demolição da sociedade", destaca em comunicado o principal sindicato do setor privado, a Confederação Geral de Trabalhadores Gregos (GSEE, na sigla em inglês).
Além dos sindicatos, aderiram ao protesto a Câmara Técnica, a Associação dos Advogados de Atenas e a Associação de Médicos de Atenas, essas entidades são contrárias a liberalização de suas profissões.
Os médicos protestam contra a redução de despesas em saúde e, especificamente, no pagamento das horas extras e na redução da despesa farmacêutica, por isso convocaram greve de 24 nesta quarta-feira.
A redução da despesa farmacêutica em 1 bilhão de euros em 2012 faz parte dos cortes exigidos pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) como condições para conceder novo empréstimo de 130 bilhões de euros e perdoar 107 bilhões de euros em bônus helenos nas mãos da iniciativa privada.
Segundo o jornal grego Kathimerini, a despesa farmacêutica grega em 2009 foi o dobro da feita pela Bélgica, país com população comparável a do país mediterrâneo.
Somada a redução da despesa farmacêutica, o Parlamento aprovará nesta quarta-feira a fusão das oito Caixas Econômicas que administram as aposentadorias complementares públicas em uma única instituição, medida que permitirá a redução de pessoal em 30% até 2014. As Caixas Econômicas públicas administram as contribuições individuais dos trabalhadores para complementar o pagamento estatal da aposentadoria.
Em Bruxelas, o primeiro-ministro heleno, Lucas Papademos, deve reunir-se com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, para abordar a situação econômica grega que enfrenta o quarto ano de recessão.
(Com agência EFE)
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