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3 de março de 2012

Grécia, a primeira colônia da União Européia

Petros Panayotídis, no Monitor Mercantil
"A Grécia torna-se laboratório de transformação social"
"O conselho de Schäuble (ministro das Finanças da Alemanha) para adiamento das eleições de abril na Grécia é ato antidemocrático" destaca o jornal britânico Financial Times, enquanto "as exigências dos ministros de Economia e de Finanças dos países integrantes da Zona do Euro criam um problema constitucional".
Profundamente irritado com a posição dos alemães contra a Grécia ficou o articulista de origem alemã do FT de Londres, Wolfgang Munchau, fora de si diante do conselho do ministro Wolfgang Schäuble, de serem adiadas as eleições gregas a serem realizadas em abril deste ano.
"Estamos no ponto em que o sucesso (do segundo acordo) não é mais compatível com a democracia. O ministro alemão das Finanças busca impedir uma equivocada opção democrática", escreve em seu artigo e acrescenta: "A Zona do Euro quer impor um governo na Grécia de sua própria escolha - a primeira colônia da Zona do Euro."
"Questão de democracia e, aliás, seríssima", destaca o jornal britânico. "Uma coisa é o envolvimento dos emprestadores no gerenciamento da política de um país que toma empréstimos e outra dizer a este país para cancelar as eleições ou adotar política que isola o governo da evolução dos processos democráticos", destaca o Financial Times.
Problema constitucional ergue - além das gigantescas consequências políticas da questão - um ponto da decisão dos ministros de Economia e de Finanças dos países integrantes da Zona do Euro. Aquele que determina que "será introduzido na Constituição da Grécia, o mais rápido possível, artigo que determinará que as arrecadações do Estado grego, antes de mais nada, serão destinadas, obrigatoriamente, ao serviço dos empréstimos. Somente, os recursos remanescentes pagarão ou não os salários e aposentadorias do setor público, cobrirão os gastos de funcionamento das escolas, hospitais e ajudas sociais".
Século XVIII
Nacionalmente humilhante é esta condição. Foi incluída na decisão somente para ridicularizar os gregos. Tanto os gregos, quanto também os demais europeus sabiam, muito bem, aliás, que nem o governo e sequer o Parlamento atual poderão cumprir este compromisso.
A Constituição da Grécia não lhes permite. E sequer conhecem qual será a composição do próximo Parlamento, assim como não podem garantir que existirá tal correlação de forças no Parlamento que tornará possível a votação da revisão de caráter colonial da Constituição da Grécia que trará de volta a Grécia ao final do século XVIII.
Todos os deputados, até dos partidos Pasok e Nova Democracia, não são como o ex-vice-presidente da Grécia Teódoros Pángalos, o qual, referindo-se à perda da soberania nacional, declarou à Rádio Europa 1: "É grande problema para muitos compatriotas meus, talvez para a maioria. Entendo o ponto de vista deles. Mas eu sou a favor de alguém perder sua soberania. Sempre fui!"
Intelectuais franceses, dezenas, discordam. Publicaram no jornal Liberation um interessantíssimo manifesto, no qual, entre outros, afirmam: "Primeiramente, exigem que a Grécia transforme-se em laboratório social, experiência que, posteriormente, será generalizada em toda a Europa. Mas, para que este contra-ataque do neoliberalismo atinja o alvo, é preciso constituir um regime que cancele os mais elementares sucedâneos democráticos".
"Até o Fundo Monetário Internacional manifestou sua indignação com a humilhante posição da Europa para com os gregos. Na reunião do Conselho Diretor do Fundo Monetário Internacional destacou-se que "a imposição pela troica de mudanças na Constituição grega constitui arrogante intervenção nos assuntos internos da Grécia".
"O antigermanismo dissemina-se galopantemente na Grécia como resultado da política espúria do Governo da Alemanha. Quase 80% da população grega têm posição negativa em relação à Alemanha e somente 10% positiva. Oito em cada dez gregos consideram a Alemanha país inimigo. Desde 1941.
Fonte:
Outro Lado da Notícia

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