Bom dia leitores.
Bem, parece que o teste para Obama ainda está por vir, tendo que ter uma votação favorável ao acordo na Câmara dos Representantes ( controlada pelos Republicanos ) e no Senado ( de maioria Democrata ), em vista disto, parece que possa ser aprovado tal acordo.
Mas o otimismo é moderado, pois pelo que vemos uma parcela de democratas e republicanos, não escondem alguns descontentamentos com o acordo firmado.
Não estariamos portanto livres de novas surpresas nesta briga entre burros e cavalos no pasto.
Após semanas de brigas partidárias, o presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, e líderes do Congresso chegaram a um acordo na noite de
domingo para aumentar o teto de endividamento do governo e cortar os
gastos federais em cerca de US$ 2,4 trilhões, o que evita uma moratória
do governo mas cria o cenário para meses de debates tumultuados sobre
como Washington determina os impostos e gasta a receita.
O Senado e a Câmara devem votar hoje o acordo, que ainda precisa do
apoio de muitos deputados republicanos que têm se mostrado um grupo
inquieto e independente nos últimos dias. Mas se aprovado na Câmara e
no Senado, será um exemplo extraordinário de uma disputa arriscada no
âmbito econômico e político, poucos dias antes de o governo americano
não conseguir mais pagar todas as suas contas.
O
pacto discutido em Washington aumentaria o teto de endividamento em US$
2,4 trilhões em duas etapas e traria inicialmente US$ 917 bilhões em
cortes de gastos ao longo de 10 anos. Um comitê especial de
parlamentares seria incumbido de encontrar outros US$ 1,5 trilhão em
reduções de déficit, o que poderia ser feito via reforma tributária e
mudanças em programas de previdência social.
Apesar de todo o drama, o acordo deixa sem resposta as perguntas
mais difíceis, abrindo o caminho para meses e anos de debate adicional
e de dificuldades fiscais. Ele impõe tetos para gastos nos próximos dez
anos, mas deixa para comitês do Congresso a decisão sobre que programas
serão cortados.
E ele lança um debate feroz que deve ddurar meses sobre como
rescrever a legislação tributária e que mudanças fazer em programas
usados por milhões de americanos, como a Previdência Social e o
Medicare, de assistência médica a idosos, perguntas que terminaram
sendo arquivadas nesse debate. Então, embora uma incerteza seja
retirada da economia americana com o aumento do teto de endividamento,
várias outras seriam prolongadas.
Durante anos, aumentar o limite para o governo tomar empréstimos foi
uma questão rotineira no Congresso. A batalha esquentou desta vez
porque muitos parlamentares disseram que não aumentariam o limite de
US$ 14,29 trilhões a menos que isso fosse ligado a um pacote de redução
do déficit. Representantes do Tesouro têm avisado há meses que, sem um
aumento do teto de endividamento até 2 de agosto, o governo ficaria sem
dinheiro para pagar suas contas, inclusive contratos com empreiteiros,
os beneficiários da previdência e a pensão de veteranos de guerra.
Os dois partidos têm se digladiado há semanas para resolver suas
diferenças em questões de gastos e endividamento, com acusações
raivosas partindo de ambos os lados, enquanto o público assistia com
crescente dissabor, sugerem pesquisas de opinião. Mesmo se a briga
sossegar por enquanto, pode levar tempo para as feridas políticas
cicatrizarem.
"Espero que esse acordo garanta ao povo americano que nós vamos
cumprir com nossas obrigações — não apenas fiscalmente, mas também
vamos cumprir nossas obrigações para com eles para governar", disse o
senador republicano John McCain. Alguns economistas avisaram que o
tamanho e a certeza dos cortes do déficit não são o bastante para o
governo dos EUA evitar um rebaixamento de sua nota de crédito, que é a
mais alta possível.
"A espada de Dâmocles, na forma de um possível rebaixamento da nota
de crédito, ainda está sobre a cabeça dos EUA e do sistema financeiro
mundial", disse Ham Bandholz, economista-chefe da UniCredit Research.
Outros especialistas têm sido mais otimistas, prevendo que um
rebaixamento da nota produziria só um pequeno aumento dos juros.
O Senado deve aprovar qualquer acordo assinado por líderes
partidários. Mas a Câmara será muito mais difícil, já que os mais
conservadores do Partido Republicano forçaram o presidente da Casa, o
também republicano John Boehner, a retirar e rescrever um plano que ele
havia criado e para o qual tinha pedido apoio desses parlamentares.
Depois de engrossar o palavreado do projeto, a Câmara o aprovou por uma
pequena margem.
Um acordo provavelmente seria rejeitado pelos membros mais liberais
do Partido Democrata e pelos mais conservadores dos republicanos. Os
democratas estão descontentes porque os cortes de gastos vão atingir
programas sociais e não são acompanhados de aumentos de impostos. Mas
alguns republicanos acham que os cortes não foram profundos o bastante.
Uma questão crucial para Boehner é se ele pode convencer mais de metade
dos 240 deputados de seu partido a aprovar o acordo, já que não o fazer
levantaria dúvidas sobre até que ponto ele tem o apoio do partido.
"Precisamos fazer algo o mais rápido possível, e acredito que todos
os lados estão cientes da urgência", disse Reid, o líder da maioria no
Senado. Ele se descreveu como "cautelosamente otimista", mas
acrescentou: "Otimismo nos últimos dias tem sido frequentemente
pisoteado."
Ambos os partidos estão saindo feridos da briga, que pôs a economia
do país em risco enquanto eles competiam para ver quem era mais
teimoso. Muitos democratas estão irados porque republicanos conseguiram
tantas concessões em cortes de gastos, e acusam Obama de ter cedido
fácil demais.
Do lado republicano, parlamentares apoiados pelo movimento
conservador Tea Party exibiram sua força durante o debate, mas sua
confrontação com líderes partidários levantou questões sobre seu futuro
no partido.
(Colaboraram Corey Boles, Patrick O'Connor e Damian Paletta)Fonte: WSJ-on line
Mesmo com a aprovação prévia do pacote Osama....ops que rdizer Obama, as bolsas cairam....
ResponderExcluirHá pouco, a bolsa de Londres recuava 0,42%; a de Frankfurt, 1,96%; a de Paris, 1,63%; e a da Itália, 3,12%. Nos EUA, o índice Dow Jones desvalorizava 0,45%; o S&P, 0,51%; e o índice Nasdaq, 0,35%. A Bovespa operava em queda de 0,66%.
Acho que mesmo aprovando o pacote, a Merda já foi feita.
Pois é caro amigo,Brasil artes.
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