Enquanto crise financeira, guerras, secas e inundações e outros eventos castigam o mundo, a fome grassa pelo continente africano em proporções bíblicas. Não estando aquela região longe disso se a própria comunidade internacional não tomar uma providência urgente.
A mesma comunidade internacional que vira as costas para essas e outras questões prementes, enquanto se dá de frente com os problemas que são causados pela própria opção da elite global, em correr atrás de interesses estratégicos de primeira grandeza, como o petróleo e outras riquezas para uma só minoria endinheirada.
São poucos aqueles que se engajam na questão de se combater a fome no mundo, de modo sincero, enquanto outros fingem estar mostrando interesse e o problema persiste.
Há quase 20 anos me recordo da Operação Restaurar a Esperança, levado a cabo pela comunidade internacional, para que somalís, vitimas de guerra civil e fome, fossem assistidos por uma ajuda humanitária sob égide da ONU, além de tentar restabelecer a paz naquele país conflagrado situado no nordeste da África, região conhecida como o Chifre da África..
Na época o presidente dos EUA, era George.H.W.Bush ( pai do George W.Bush ) antecessor de Obama, as forças militares que lá foram enviadas para garantir a entrega de alimentos e outros gêneros, na verdade se engalfinharam em meio ao conflito e tiveram que sair a todo custo da Somália. No entando no início de 1995, após um saldo de centenas de soldados a serviço da Nações Unidas, mortos por guerrilheiros somalis, a missão foi encerrada, mostrando a ineficiencia das grandes potencias em colocar um fim ou amenizar um dos problemas que se arrasta há anos no continente africano, a fome
Agora a situação volta a tona, pior do que estava à época e pedindo por novo apelo mundial, mas hoje assim como naquela época, a Somália, continua ingovernável e em guerra civil pelo poder. Temos neste caldo explosivo, uma organização extremista islâmica que tem forte atuação no sul da Somália e acusada de ter ligações com a famigerada Al Qaeda ( aquela organização do defunto Bin Laden ) e que segundo alguns países, estaria interessada em manter a situação de penúria daquela população, dificultando a chegada de ajuda humanitária, visto pelo Al Shabbab como força espiã que tem interesses na área.
Por aí você leitor vê que de um lado existe o interesse de dificultar a entrada de agências humanitárias no sul somali e do outro de levar ajuda, mas ao mesmo tempo combater o Al Shabab por seus vinculos com a Al Qaeda.
Será que as grandes potências estão de fato interessadas em amenizar o sofrimento deste povo, com medidas eficazes para combater o problema?
Eu tenho lá minhas dúvidas!
Mas nos resta fazer ecoar por todos os cantos da net, nossa indignação internacional com esta situação de descaso para com o ser humano e com pressão crescente, possa chegar a solução que poderá fazer chegar a comida que aqui desperdiçamos a este povo que não sabe o que é de fato um pedaço de pão.
É este o mundão ao qual vivemos.
Texto acima do autor do blog: Daniel Lucas
E agora sigam a informação decorrente do texto.
A
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO)
pediu nesta sexta-feira uma ação urgente para combater a fome no Chifre
da África. O apelo é feito dois dias depois de a ONU ter declarado
crise de fome em mais três áreas do sul da Somália, elevando para cinco o número de regiões em situação crítica.
"A fome está o sul da Somália e as demais regiões da parte
meridional do país vivem uma situação de emergência humanitária que
provocou a morte de milhares de pessoas", afirmou a FAO, em comunicado.
"A crise seguramente se propagará a todas as regiões do sul nas
próximas quatro a seis semanas e, provavelmente, durará até dezembro de
2011."
A crise de fome ocorre quando dois adultos ou quatro crianças por
grupo de 10 mil pessoas morrem de fome a cada dia e 30% das crianças
são seriamente desnutridas.
A África sofre com uma das piores secas dos últimos 50 anos. A
situação é particularmente crítica na Somália pela dificuldade de
acesso às zonas controladas pelos rebeldes do grupo islâmico Al-Shabab,
que desde 2009 proíbem o acesso das agências humanitárias da ONU e das
ONGs internacionais a seu território.
Segundo a ONU, são necessários US$ 1,4 bilhão para conter a crise de
fome. Nesta sexta-feira, um soldado somali foi morto e dezenas de
moradores ficaram feridos quando três caminhões carregados com
alimentos foram saqueados em Mogadíscio, segundo testemunhas.
Leia também:
Crianças e adultos subnutridos estão morrendo enquanto caminham para campos de refugiados
A ONU não tem uma estimativa de mortes causadas pela fome por conta
das dificuldades em obter informações de regiões remotas da Somália,
muitas das quais controladas pelo Al-Shabab.
Reunião da OCI
Também nesta sexta-feira, a Turquia pediu uma reunião emergencial da
Organização da Conferência Islâmica, composta por 57 países, para
discutir a fome na Somália e os riscos que a crise apresenta aos outros
países africanos.
"Não importa se a reunião será realizada em Istambul ou Jeddah,
queremos que a OCI faça uma intervenção assim que possível. Queremos
cumprir com as necessidades de nossos irmãos africanos no mês do
Ramadã", disse o ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet
Davutoglu.
Davutoglu disse que fez a solicitação na quinta-feira ao
secretário-geral da OIC, Ekmeleddin Ihsanoglu, que também é turco. Ele
acrescentou que seu ministério estava organizando uma visita à Etiópia
e à África do Sul ainda neste mês.
Com AFP e Reuters
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