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3 de agosto de 2011

Artigo:

O Capitalismo está chegando ao fim da linha


Embora a imprensa burguesa tente jogar uma cortina de fumaça em nossas vistas a cada nova crise, fica cada dia mais patente o fato de que o Capitalismo está agonizando e vivendo o fim dos seus dias. Sucessivas crises internacionais são dadas por estes órgãos de imprensa como ciclos naturais de retração e expansão do sistema, sem maiores consequências estruturais — o que por si só já é de uma frieza cruel e desumana, tendo em vista que a cada uma dessas depressões econômicas, milhões de empregos são pulverizados da noite para o dia, jogando famílias inteiras na sarjeta. Está na hora de discutir sobre a validade do Capitalismo em si, e não suas cíclicas quebras e depressões que ameaçam jogar países inteiros no buraco de forma irreversível.
As crises cíclicas modernas do Capitalismo estão acontecendo cada vez em menor espaço de tempo. Nas últimas décadas, várias crises vem quebrando economias nacionais, como na Argentina e no México nos anos 90, levando-os a se submeter às cartilhas neoliberais do FMI e do Banco Mundial. Recentemente, em 2008, a crise mundial do Capitalismo provocada pela especulação imobiliária dos Estados Unidos foi a mais grave desde a Grande Depressão de 1929. A causa disto, bastante nítida, não é divulgada pelos meios de comunicação oficiais. Tal como naquela época, o Liberalismo econômico — hoje ressuscitado como Neoliberalismo — fracassou, e não adianta mais remediá-lo, pois cada nova solução de uma crise se torna o estopim para a próxima, mais grave, e cada vez mais rápido. Neste ano de 2011, Portugal, Grécia, Espanha e os Estados Unidos ainda estão sofrendo as consequências dos eventos catastróficos de 2008, enquanto outros países são ameaçados de sofrerem também por conta do sistema.  
A mais nova ameaça do mundo, quando ele mal se recupera da crise de 2008, é a dívida estadunidense e o possível calote norte-americano, que pode levar a um novo caos à economia mundial. O recente acordo entre Governo e Congresso para elevar o teto da dívida — no valor de inacreditáveis 13 trilhões de dólares — não deve ser visto como uma solução definitiva do problema, e sim como mais um paliativo, que promete voltar mais forte no futuro. Até quando vamos viver sob o império do capital especulativo? 
É preciso pensar uma alternativa imediatamente para este sistema destrutivo que impera no mundo. Não é mais possível viver para o dinheiro, pensando no seu bem-estar e no seu crescimento. É preciso mudar estes valores, porque não teremos mais muito tempo antes que uma crise definitiva leve o mundo à uma desordem irremediável por conta da característica auto-destrutiva do Capitalismo. Não adianta combater os resultados deste sistema, que aumenta a cada dia o fosso entre ricos e pobres, famintos e milionários, enquanto destroi impiedosamente todos os recursos naturais do planeta. É preciso combater o sistema em si, o próprio Capitalismo, pois como vem sendo a cada dia demonstrado, ele falhou e está chegando ao fim da linha. 
“Capitalismo não está funcionando - Outro mundo é possível”
Fonte: Almir Ferreira-O Capitalismo está chegando ao fim da linha http://tumblr.com/xyp3vildeq

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