Doce ironia: Aquecimento Global pode causar congelamento da terra

Este texto escrito por Bruno Alves lá em 2007,  aborda-nos que o Aquecimento Global, pode estar empurrando a Terra, para uma nova Era Glacial.
É aquela idéia que sempre tenho, o clima é como um termostato, quanto mais quente o planeta esteja, uma força climática contrária forçará a diminuição da temperatura global.
Muito legal o que este rapáz escreveu sobre isto.
Leiam o artigo abaixo:
Fonte> Escrito por brunoalves sob Sociedade em out 2nd, 2007
Assistindo ao Discovery, ontem, vi algo no mínimo curioso e que não havia me atinado até o momento. Que o aquecimento global é algo ruim, todos sabemos, mas que esse aquecimento pode causar o congelamento de boa parte da Terra, me pareceu bem paradoxal.
O aquecimento global nada mais é do que o aumento da temperatura média da Terra, causada, em partes, pelos gases do efeito estufa. Esses gases funcionam como uma barreira para o calor gerado pelos raios solares, não deixando que seja dispersado no espaço. Os raios solares entram, aquecem a Terra e essa radiação deveria ser devolvida ao espaço, mas os gases acabam por manter o calor na atmosfera.
Regulador de temperatura:
Os maiores regulador do nosso clima são os oceanos, a água mais quente tende a subir e a mais fria tende a descer, fazendo uma espécie de corrente reguladora, que mantém a temperatura global regulada.




Isso funciona bem, como uma espécie de distribuidor de calor, aquecendo algumas partes do globo e resfriando outras, mantendo nosso clima bastantes estável e razoavelmente previsível. Tudo que precisamos para construir nossas cidades.
Calotas polares:


As calotas polares são formadas por água doce, que são menos densas que a água salgada dos oceanos, portanto, essa água não afunda, mesmo sendo mais fria. Até ai não parece muito problemático, mas se pensarmos que a água quente deveria ficar mais próxima da superfície e a água gelada deveria descer, começamos a ver que o buraco é muito mais embaixo.
Esse despejamento de água doce gelada em alta quantidade pode fazer com que a superfície do mar se torne mais gelada do que deveria e dependendo da quantidade pode parar a corrente que regula a temperatura na Terra.
Congelamento global:
As Eras Glaciais ocorrem a cada 100.000 anos e uma era glacial seria mais do que suficiente para extinguir a vida na Terra, porém, estudos mostram que entre as Eras Glaciais, houveram períodos longos de congelamento global, que poderiam nos levar a uma exterminação, também, ou pelo menos mudanças drásticas em como nossa sociedade é estruturada.


Um dos possíveis motivos para essas mini-Eras Glaciais poderia ser o fim ou uma grande diminuição desta corrente que faz a regulagem da temperatura Global. Com o derretimento das calotas polares a Terra começaria a esfriar, bastante, principalmente nas regiões próximas aos Círculos Polares.
Na prática aconteceria o congelamento da América do Norte, Europa e parte da Ásia e depois de algumas décadas a Terra inteira estaria congelada. Ou seja, dentro de um ou 2 séculos o planeta inteiro seria uma grande Antártica, não teríamos mais como produzir comida da maneira que fazemos, hoje. Esse conjunto de eventos poderia levar a extinção da humanidade.
Tempo restante:


Esses processos já começaram a ocorrer e, estima-se, que dentro de 50 a 100 anos o processo de congelamento global pode começar, uma vez que a corrente reguladora, já apresenta sinais claros de diminuição de velocidade.
Segundo o documentário, as coisas aconteceriam muito rapidamente, depois de um determinado ponto de comprometimento da corrente. Seria como um estopim, depois de aceso, queima rápido.
Considerando essas duas previsões, em, no máximo 2 séculos, seria o fim da vida na Terra.
Processo irreversível:
Segundo o documentário, ainda podemos agir para desacelerar esse processo, mas pelo que entendi, o mesmo é irreversível. Além disso, não é só o ser humano que contribui para o efeito estufa, vulcões, possuem em papel importante nesse processo, de duas maneiras:


Liberando poeira na atmosfera, que reduz a entrada de raios solares.
Liberando Dióxido de Enxofre, que misturado com a água na atmosfera, vira Ácido Sulfúrico, que reflete os raios solares.
Temos uma parcela grande de responsabilidade, mas mesmo que não emitíssemos tanto Dióxido de Carbono na atmosfera, os vulcões fariam a parte deles, portanto é praticamente inevitável.
Alarmismo:
Levando em consideração que na natureza, as coisas tendem ao equilíbrio, fico me perguntando se o aquecimento global vai causar todo esse impacto.


As vezes, me parece, muito mais uma ação da própria natureza para tentar manter o clima da forma que é, pois com o aquecimento do planeta, as calotas derretem, interrompendo ou desacelerando a corrente reguladora, o que esfriará a Terra, fazendo com que o derretimento das calotas cessem, voltando tudo ao normal.
Os dois cenários são possíveis, porém, resta saber qual seria a velocidade dos acontecimentos, se o congelamento ocorrer de forma gradual, teremos o melhor dos cenários, onde voltaríamos a ter um clima bem regulado e que garante nossa sobrevivência. Por outro lado, se o congelamento for muito rápido, a nossa extinção é certa.
O que podemos fazer:


Mesmo levando em conta que a natureza se encarrega de esfriar a Terra, através dos vulcões, podemos fazer nossa parte e tentar minimizar os impactos causados por nossas ações no planeta.
Se o processo é irreversível, como parece, e considerando que o pior cenário é o mais provável, resta-nos a opção de tentar retardar ao máximo, para que a extinção da humanidade demore mais a ocorrer.
Basicamente, precisamos diminuir a emissão de Dióxido de Carbono na atmosfera e a maneira que mais contribuímos para essa emissão é através da queima de combustível.
Como no Brasil, a maior parte da eletricidade é gerada por usinas hidrelétricas, não temos o problema do consumo de eletricidade tão forte quanto os americanos e europeus, que dependem muito mais da energia termoelétrica.
No entanto, contribuímos com a emissão, através dos nossos carros. A utilização de combustíveis mais "limpos" e a manutenção de uma frota bem regulada, poder fazer uma grande diferença na herança que deixaremos para as gerações futuras.
Mesmo que pareça que tenhamos muito tempo, devemos lembrar que o processo de "limpeza" de um planeta do tamanho da Terra é lento e se não começarmos agora, pouco restará para ser feito pelas gerações futuras.