O tempo oficial terá um segundo extra às 23:59:60, de 30 de Junho, nos Açores e às 00:59:60, de 1 de Julho, em Portugal continental e Madeira (com uma hora a mais) - Crédito imagem da Terra: NASA
Este fim-de-semana todo o mundo vai ter um tempo extra, precisamente mais um segundo. Os relógios do planeta vão dar um "salto" de um segundo, em 30 de Junho, o chamado "segundo intercalar", porque a Terra está a levar cada vez mais tempo para completar uma rotação - isto é um dia - ou um dia solar (do ponto de vista técnico). Por isso, o dia solar está a ficar gradualmente maior com o abrandamento da rotação da Terra.
De acordo com o Observatório Astronômico de Lisboa (OAL), responsável pela hora legal de Portugal, essa mudança acontecerá nos Açores na noite do próximo sábado, 30 de Junho. Normalmente, o relógio passaria de 23:59:59 para 00:00:00, no dia seguinte. Em vez disso, às 23:59:59, em 30 de Junho, irá mover-se para 23:59:60 UTC, e depois para as 00:00:00 de 1 de Julho.
Em Portugal Continental e na Madeira, onde é uma hora a mais do que nos Açores, o acerto vai ocorrer já no domingo, 1 de Julho, às 00h59m59s o relógio move-se para 00h59m60s UTC e depois para 01h00m00s. Na prática, isso significa que os relógios de muitos sistemas serão desligados durante um segundo.
Os cientistas conseguem saber exatamente quanto tempo demora uma rotação do nosso planeta. Utilizam uma técnica extremamente precisa, conhecida por Very Long Baseline Interferometry (VLBI), que depende de pontos de referência astronômicos (quasares distantes).
No entanto, através desta técnica eles também descobriram que a Terra não é um relógio confiável. A sua rotação está a abrandar, em geral devido a forças de maré entre a Terra e a Lua.
Aproximadamente a cada 100 anos, o dia fica mais longo cerca de 1,4 milissegundos, ou 1,4 milésimos de segundo. Somando estas pequenas alterações durante muitos anos, pode fazer uma grande diferença no mundo tecnológico atual.
De acordo com a NASA, na época dos dinossauros, a Terra completava uma rotação em cerca de 23 horas. No ano de 1820, levou exactamente 24 horas, ou 86.400 segundos padrão. Desde esse ano, o dia solar médio aumentou cerca de 2,5 milissegundos.
Em 1967, os cientistas mudaram a definição oficial de segundo, que deixou de ser baseada no comprimento de um dia, por ter uma duração variável ao longo dos séculos. Passou a ser feita com base numa medição previsível feita de transições electromagnéticas em átomos de césio. Estes relógios atômicos baseados no césio são precisos para um segundo em 1.400.000 anos.
A maioria das pessoas no mundo conta com a escala do Tempo Universal Coordenado (UTC), que define a Hora Legal civil desde 1972, derivada do Tempo Atómico Internacional.
Outro tempo padrão, conhecido por Hora (Tempo) Universal 1 (UT1), é baseado na duração média da rotação da Terra. UT1 é calculado oficialmente a partir de medições VLBI, que dependem de pontos de referência astronómicos (quasares) e possui uma precisão típica de 5 microssegundos ou melhor.
A necessidade de coordenação entre as escalas do Tempo Atómico, definido pelos relógios atómicos, e do tempo astronómico (escala UT1 definida pela rotação real da Terra) conduz ocasionalmente à introdução de "segundos intercalares" no Tempo Universal Coordenado (UTC), para que a diferença entre ambas (UT1-UTC) permaneça inferior a 1 segundo.
Actualmente, quando necessário, é acrescentado um "segundo intercalar" ao tempo padrão UTC para que a diferença (UT1-UTC) seja inferior a 0,9 segundos, para assegurar a concordância entre as escalas de tempo física (relógios) e astronômica (sol e rotação planetária).
O vídeo da NASA, em inglês, mostra o que se pode fazer se alguém descobrir que não sabe a "quantas (horas) anda".
De acordo com o Observatório Astronômico de Lisboa (OAL), responsável pela hora legal de Portugal, essa mudança acontecerá nos Açores na noite do próximo sábado, 30 de Junho. Normalmente, o relógio passaria de 23:59:59 para 00:00:00, no dia seguinte. Em vez disso, às 23:59:59, em 30 de Junho, irá mover-se para 23:59:60 UTC, e depois para as 00:00:00 de 1 de Julho.
Em Portugal Continental e na Madeira, onde é uma hora a mais do que nos Açores, o acerto vai ocorrer já no domingo, 1 de Julho, às 00h59m59s o relógio move-se para 00h59m60s UTC e depois para 01h00m00s. Na prática, isso significa que os relógios de muitos sistemas serão desligados durante um segundo.
Os cientistas conseguem saber exatamente quanto tempo demora uma rotação do nosso planeta. Utilizam uma técnica extremamente precisa, conhecida por Very Long Baseline Interferometry (VLBI), que depende de pontos de referência astronômicos (quasares distantes).
No entanto, através desta técnica eles também descobriram que a Terra não é um relógio confiável. A sua rotação está a abrandar, em geral devido a forças de maré entre a Terra e a Lua.
Aproximadamente a cada 100 anos, o dia fica mais longo cerca de 1,4 milissegundos, ou 1,4 milésimos de segundo. Somando estas pequenas alterações durante muitos anos, pode fazer uma grande diferença no mundo tecnológico atual.
De acordo com a NASA, na época dos dinossauros, a Terra completava uma rotação em cerca de 23 horas. No ano de 1820, levou exactamente 24 horas, ou 86.400 segundos padrão. Desde esse ano, o dia solar médio aumentou cerca de 2,5 milissegundos.
Em 1967, os cientistas mudaram a definição oficial de segundo, que deixou de ser baseada no comprimento de um dia, por ter uma duração variável ao longo dos séculos. Passou a ser feita com base numa medição previsível feita de transições electromagnéticas em átomos de césio. Estes relógios atômicos baseados no césio são precisos para um segundo em 1.400.000 anos.
A maioria das pessoas no mundo conta com a escala do Tempo Universal Coordenado (UTC), que define a Hora Legal civil desde 1972, derivada do Tempo Atómico Internacional.
Outro tempo padrão, conhecido por Hora (Tempo) Universal 1 (UT1), é baseado na duração média da rotação da Terra. UT1 é calculado oficialmente a partir de medições VLBI, que dependem de pontos de referência astronómicos (quasares) e possui uma precisão típica de 5 microssegundos ou melhor.
A necessidade de coordenação entre as escalas do Tempo Atómico, definido pelos relógios atómicos, e do tempo astronómico (escala UT1 definida pela rotação real da Terra) conduz ocasionalmente à introdução de "segundos intercalares" no Tempo Universal Coordenado (UTC), para que a diferença entre ambas (UT1-UTC) permaneça inferior a 1 segundo.
Actualmente, quando necessário, é acrescentado um "segundo intercalar" ao tempo padrão UTC para que a diferença (UT1-UTC) seja inferior a 0,9 segundos, para assegurar a concordância entre as escalas de tempo física (relógios) e astronômica (sol e rotação planetária).
O vídeo da NASA, em inglês, mostra o que se pode fazer se alguém descobrir que não sabe a "quantas (horas) anda".
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