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19 de junho de 2011

Grécia. Perigo de contaminação econômica mundial é latente.

Cremos que nos próximos dias ou semanas, os noticiários serão dominados pelos acontecimentos  referentes a situação econõmica na zona do Euro e também em particular a saúde finaceira dos EUA.
Vamos ver que maneira mágica vão achar para solucionar estes problemas monstruosos. O que mais me faz rir, é ouvir notícias de que o governo norte americano, quer aumentar o této da dívida.
Imagine se todos nós com uma dividazinha, pudéssemos aumentar a cada situação desconfortável nosso teto da dívida? Ninguém pagaria nada e só gastaria. É irônico tudo isso!

Obs: Todos os textos em vermelho serão meus comentários referentes aos temas aqui propostos.
Daniel Lucas

Enquanto o presidente do Eurogrupo adverte do perigo da expansão da crise grega para outros países europeus, o prognóstico financeiro divulgado pelo FMI aponta que endividamento maciço da Grécia ameaça economia mundial.


O tema da inclusão de bancos privados na ajuda a Atenas continua controverso. Depois do consenso entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a premiê alemã, Angela Merkel, em torno da participação de credores privados no resgate da Grécia, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, diz que a medida poderá estender a crise a países como Bélgica e Itália.
O primeiro-ministro de Luxemburgo e presidente do grupo que reúne os países da união monetária, Jean-Claude Juncker, declarou à edição deste fim de semana (18 e 19/06) do jornal Süddeutsche Zeitung que a participação de credores privados nas medidas de resgate da Grécia poderia levar as agências de notação de risco a classificarem o país como “inadimplente”.
Isso poderia ter consequências graves para outros países europeus, disse Juncker. “A falência pode atingir Portugal e a Irlanda, e devido às altas dívidas também a Bélgica e a Itália, mesmo antes da Espanha”, advertiu o presidente do Eurogrupo.
Preocupações com a Itália
A agência de rating Moody’s ameaçou rebaixar a notação de crédito da Itália. A atual nota “Aa2″ está em perigo, advertiu a agência. “Aa2″ é a terceira melhor notação na Moody’s. A agência justificou a advertência devido à fragilidade estrutural da economia italiana, o que atrapalha o crescimento econômico.
Com uma dívida estatal equivalente a 120% do seu Produto Interno Bruto (PIB), a Itália é depois da Grécia a economia mais endividada da zona do euro. Segundo as normas europeias, o endividamento máximo permitido a um país-membro da zona do euro é de 60% de seu PIB.
O país sofre há anos devido à fraqueza de seu crescimento. A Itália é a terceira maior economia do Eurogrupo – e uma crise de endividamento da Itália poderia dificilmente ser superada pelos países da zona do euro.
Medidas de austeridade enfrentam resistência da população gregaMedidas de austeridade enfrentam resistência da população grega
Preferência por medidas de pouco risco
Em entrevista à edição deste sábado do diário luxemburguês Luxemburger Wort, Juncker alertou mais uma vez para as conseqüências da participação de credores privados defendida pela Alemanha e França. Segundo Juncker, não se deve dar a impressão de que “os governos estão fazendo uma grande pressão sobre os investidores na Grécia, querendo aparentar somente para fora que se trata de uma ação voluntária”.
Juncker disse que deveria se dar preferência a medidas que estariam abaixo do nível de risco de uma perda de credibilidade pelas agências de rating. “Esta também é a opinião de Berlim e Paris”, disse Juncker.
O Banco Central Europeu (BCE) também está cético quanto a uma participação de credores privados e exige, da mesma forma, que tal participação seja absolutamente voluntária. Caso as agências de rating vejam na medida uma perda de credibilidade, o BCE não poderia mais aceitar títulos gregos como garantias. Isso poderia levar a um colapso dos bancos gregos, que no momento dependem do BCE.
Reunião em Luxemburgo
Blanchard disse que adaptação será dolorosa para gregosBlanchard disse que adaptação será dolorosa para gregosPara o Fundo Monetário Internacional (FMI), o endividamento maciço da Grécia representa um perigo não somente para a Europa, mas também para a economia mundial.
Em seu prognóstico financeiro, divulgado nesta sexta-feira em Washington, o FMI explicou que os investidores estão cada vez mais preocupados com o fato da possível incapacidade do governo grego de impor as medidas necessárias para evitar uma falência estatal.
Devido à crise de endividamento, o FMI prevê um caminho difícil para a Grécia. “Eu acredito que todos nós sabíamos que se trata de uma adaptação dolorosa”, declarou o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, nesta sexta-feira em São Paulo. O governo grego deverá agora convencer o país e o Parlamento de que não há outra alternativa, acresceu.
Além do primeiro pacote de resgate no valor de 110 bilhões de euros, a Grécia necessita possivelmente de outros 120 bilhões. Em contrapartida, o país deverá se comprometer a um duro programa de austeridade. Nestes domingo e segunda-feira, os ministros de Finanças dos países da zona do euro irão se reunir em Luxemburgo para discutir detalhes da ajuda à Grécia.
CA/dpa/afp/dapd
Revisão: Bettina Riffel
FONTE
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FMI vê ameaças à recuperação global
O organismo reduziu suas previsões para a economia mundial em 2011, para 4,3% anual
Olivier Blanchard, diretor do Departamento de Pesquisas do FMI: "os políticos devem agir agora para tornar mais robusto o sistema financeiro"

Olivier Blanchard, diretor do Departamento de Pesquisas do FMI: "os políticos devem agir agora para tornar mais robusto o sistema financeiro"
São Paulo – Os riscos de default em países europeus, a lenta recuperação nos Estados Unidos, e economias emergentes que podem ter um superaquecimento são riscos que ameaçam a reativação da economia mundial, advertiu nesta sexta-feira o Fundo Monetário Internacional.

“Há riscos muito claros” para a recuperação econômica global, advertiu o FMI ao divulgar em São Paulo uma atualização de seu relatório de perspectivas econômicas mundiais.

O organismo reduziu suas previsões para a economia mundial em 2011, para 4,3% anual, pouco abaixo dos 4,4% de suas estimativas de abril.

O Fundo indicou que “a atividade está caindo temporariamente”.

“Um enfraquecimento maior do que o previsto da atividade nos Estados Unidos e uma renovada volatilidade financeira decorrente de preocupações com a profundidade dos desafios fiscais na periferia da Zona do Euro representam riscos”, segundo o FMI.

Olivier Blanchard, diretor do Departamento de Pesquisas da instituição, mostrou-se particularmente preocupado com a situação na Zona do Euro, onde a Grécia caminha na corda bamba de um défault, afetando as outras economias do bloco.

Os problemas na Grécia e as dificuldades de outras nações da Zona do Euro são uma ameaça que pode “atrapalhar a retomada econômica da Europa e, talvez, do mundo”, disse em uma entrevista coletiva à imprensa.

“O que está em jogo é muito importante”, no momento em que a região tenta deixar a instabilidade, indicou, enfatizando que a Zona do Euro tem pela frente um “longo e doloroso processo” para recuperar sua saúde fiscal.

Se fracassar, poderão ocorrer “défaults desordenados e desestabilizadores” cujo impacto seria sentido no resto do mundo, advertiu.

O relatório enfatizou que a União Europeia (UE) tem pouco tempo para resolver seus problemas de dívida soberana, em meio a preocupações crescentes entre investidores e da população.

“Os políticos devem agir agora para tornar mais robusto o sistema financeiro”, indicou.

Blanchard também destacou o risco de “superaquecimento” de algumas economias emergentes da Ásia e da América Latina.

“A inflação está crescendo além do que pode ser explicado pelos preços das matérias primas e dos alimentos”, ressaltou.

China e Brasil registraram altas inflacionárias nos últimos meses.

FONTE-EXAME

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