Segundo os economistas de plantão, crise grega não nos afetará e nem queremos mesmo.
Mas alguns até chegam a dizer que não há comparações entre Brasil e Grécia, pode não haver mesmo, mas há algo muito semelhante e até demais, a gastança, corrupção e o endividamento, isto ninguém pode negar.
Mas já dão este alerta a respeito do que o Brasil pode tirar de proveito com toda esta situação mundial se quer de fato que tudo seja uma marolinha no mínimo por aqui.
Tenho lá minhas dúvidas se nosso país terá força o suficiênte para enfrentar um possível novo baque na economia mundial, pelo que sabemos.
Veja a notícia abaixo:
Tragédia grega’ não afeta bom momento do Brasil, afirmam especialistas
País deve estar atento a lições da crise da Grécia e não descuidar do endividamento, segundo economistas
Mergulhada em uma grave crise econômica que se arrasta por vários meses, a Grécia depende de um amplo acordo interno, entre suas lideranças políticas, e, depois, com os credores para reduzir o risco iminente de calote. Este risco já vem causando turbulências nas principais economias da Europa, mas, segundo analistas, os desequilíbrios na economia grega e a crise financeira pela qual passa o país não afetaram e nem afetarão a economia brasileira.
O mercado de juros ao consumidor, as taxas praticadas nos cartões de crédito e no cheque especial, a oferta de crédito pelas instituições financeiras e os preços no varejo não devem sofrer nenhum efeito com a crise, na avaliação de economistas.
“A crise deve ficar circunscrita à Grécia e aos países da periferia da Europa e não haverá maiores problemas para o Brasil”, na opinião de Emerson Marçal, coordenador de Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EESP-FGV). Para ele, o mercado financeiro pode ficar mais nervoso se a coisa se espalhar para as maiores economias do bloco, como a Alemanha e a França. “Neste caso, a turbulência pode ter desdobramentos no câmbio e na bolsa de valores. Mas a economia grega é pequena e seu potencial de causar estragos no Brasil também é limitado”, acrescenta Marçal.
Para Antonio Corrêa de Lacerda, professor doutor de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o problema de alto endividamento, não só da Grécia, como de outros países da Europa, não será resolvido no curto prazo. Com isso, a Europa vai crescer menos, com reflexos para a economia mundial. “Nesse aspecto o Brasil pode ser prejudicado com uma redução de volumes de exportações ou com a diminuição dos preços impactando a receita dos exportadores”, diz. “Mas haveria um impacto restrito, caso ele ocorra”, analisa.
Mas segundo os especialistas, apesar de atravessar um bom momento e estar mais protegido que no passado contra crises internacionais, do ponto de vista estrutural, o Brasil não deve se acomodar. “No médio prazo, as taxas de juros dos Estados Unidos podem voltar a subir e a China crescer menos. Isso pode pegar o Brasil na contramão do processo. A crise grega acende a luz amarela e serve como um alerta para o Brasil”, diz Lacerda, da PUC-SP.
De acordo com Marçal, da FGV, é necessário uma contínua estratégia de ajustes de gastos para manter as contas nacionais em ordem. Mas mesmo assim, segundo ele, isso não é uma garantia de imunidade contra problemas. “O caso da Irlanda é um bom exemplo. Fizeram o que deveriam ter feito, mas é uma economia menor e a crise financeira de 2008 acabou afetando o sistema financeiro daquele país que estava mais exposto aos riscos dos bancos americanos”, diz.
Gastos olímpicos
Para alguns especialistas, uma combinação de fatores como os investimentos de 9 bilhões de euros, cerca de R$ 20,5 bilhões, na realização dos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas e, posteriormente à adesão ao euro uma política fiscal frouxa, com pouco controle sobre os gastos públicos corroeu as bases da economia grega, que desmoronou em 2009 e desde então depende do socorro dos credores e de organismos, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), para evitar um calote generalizado.
Os investimentos para realização das Olimpíadas no Brasil, segundo estimativas, é de aproximadamente R$ 26 bilhões. Esse valor, segundo os analistas, está dentro da realidade de uma economia como a do Brasil, mas não se deve tirar o foco da evolução do endividamento e analisar as lições dadas pela Grécia neste sentido.
No fim de 2010 a relação dívida/PIB do Brasil estava em 40,4% e a da Grécia era de 113,4%. Devido a diferença de importância dos dois países, os economistas afirmam que os gastos com a Olimpíada pesam mais na Grécia que no Brasil, que está entre as oito maiores economias do mundo. “Mas mais do que os gastos para a realização dos Jogos, o governo grego gastou mais do que deveria após a entrada do país na zona do euro”, afirma Marçal da FGV. “Houve benefícios, mas o fato de atrelar a moeda a uma série de exigências e perder a autonomia sobre a gestão do câmbio exige uma postura diferenciada e mais austera e isso não ocorreu na Grécia. O Brasil não corre esse risco”, complementa.
Para Lacerda, da PUC-SP, o que aconteceu na Grécia não deve se repetir no Brasil, mas os juros altos praticados contribuem para elevar a dívida pública, além de afetar o equilíbrio das contas externas do País. “O juro de longo prazo na Grécia, por exemplo, está na faixa de 18%. Aqui estamos com 12,25%, sendo que o percentual da dívida grega em relação ao PIB é quase três vezes a do Brasil”, diz. “Os indicadores fundamentais da economia estão descontrolados como a taxa de juros e a taxa de câmbio, com o real muito valorizado. Isso requer cuidados porque pode ter conseqüências danosas para as contas públicas”, acrescenta. A economia grega cresceu cerca de 4% ao ano entre 2003 e 2007, em parte devido aos gastos de infraestrutura relacionados aos Jogos Olímpicos, e, em parte a um aumento da disponibilidade de crédito, que tem sustentado os níveis recorde de gastos do consumidor. Mas a economia teve uma contração de 2%, em 2009, e recuou 4,8% em 2010, com o fracasso do governo para enfrentar um déficit orçamentário crescente, queda das receitas do Estado e o aumentou dos gastos do governo.
Sob intensa pressão por parte da União Europeia e do mercado financeiro internacional, o governo adotou um programa de austeridade de médio prazo, que inclui corte de gastos, reduzindo o tamanho do setor público e adotando reformas do sistema de saúde e de aposentadorias. O pacote de quatro anos prevê ainda o aumento de impostos, privatizações com o objetivo de gerar um superávit orçamentário primário e levantar 50 bilhões de euros em receitas para reduzir a dívida pública. Tendo como base essa estratégia, a Grécia espera convencer os credores e chegar a um acordo sobre um novo pacote de resgate de 120 bilhões de euros para o país.
O mercado de juros ao consumidor, as taxas praticadas nos cartões de crédito e no cheque especial, a oferta de crédito pelas instituições financeiras e os preços no varejo não devem sofrer nenhum efeito com a crise, na avaliação de economistas.
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Foto: AP
Funcionários da companhia estatal grega Hellenic Defence Systems protestam contra a privatização
Endividamento
Relação dívida X PIB em 2010 - em %Fonte: FMI, CIA World Factbook, Banco Central do Brasil
Mas segundo os especialistas, apesar de atravessar um bom momento e estar mais protegido que no passado contra crises internacionais, do ponto de vista estrutural, o Brasil não deve se acomodar. “No médio prazo, as taxas de juros dos Estados Unidos podem voltar a subir e a China crescer menos. Isso pode pegar o Brasil na contramão do processo. A crise grega acende a luz amarela e serve como um alerta para o Brasil”, diz Lacerda, da PUC-SP.
De acordo com Marçal, da FGV, é necessário uma contínua estratégia de ajustes de gastos para manter as contas nacionais em ordem. Mas mesmo assim, segundo ele, isso não é uma garantia de imunidade contra problemas. “O caso da Irlanda é um bom exemplo. Fizeram o que deveriam ter feito, mas é uma economia menor e a crise financeira de 2008 acabou afetando o sistema financeiro daquele país que estava mais exposto aos riscos dos bancos americanos”, diz.
Gastos olímpicos
Para alguns especialistas, uma combinação de fatores como os investimentos de 9 bilhões de euros, cerca de R$ 20,5 bilhões, na realização dos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas e, posteriormente à adesão ao euro uma política fiscal frouxa, com pouco controle sobre os gastos públicos corroeu as bases da economia grega, que desmoronou em 2009 e desde então depende do socorro dos credores e de organismos, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), para evitar um calote generalizado.
Os investimentos para realização das Olimpíadas no Brasil, segundo estimativas, é de aproximadamente R$ 26 bilhões. Esse valor, segundo os analistas, está dentro da realidade de uma economia como a do Brasil, mas não se deve tirar o foco da evolução do endividamento e analisar as lições dadas pela Grécia neste sentido.
No fim de 2010 a relação dívida/PIB do Brasil estava em 40,4% e a da Grécia era de 113,4%. Devido a diferença de importância dos dois países, os economistas afirmam que os gastos com a Olimpíada pesam mais na Grécia que no Brasil, que está entre as oito maiores economias do mundo. “Mas mais do que os gastos para a realização dos Jogos, o governo grego gastou mais do que deveria após a entrada do país na zona do euro”, afirma Marçal da FGV. “Houve benefícios, mas o fato de atrelar a moeda a uma série de exigências e perder a autonomia sobre a gestão do câmbio exige uma postura diferenciada e mais austera e isso não ocorreu na Grécia. O Brasil não corre esse risco”, complementa.
Para Lacerda, da PUC-SP, o que aconteceu na Grécia não deve se repetir no Brasil, mas os juros altos praticados contribuem para elevar a dívida pública, além de afetar o equilíbrio das contas externas do País. “O juro de longo prazo na Grécia, por exemplo, está na faixa de 18%. Aqui estamos com 12,25%, sendo que o percentual da dívida grega em relação ao PIB é quase três vezes a do Brasil”, diz. “Os indicadores fundamentais da economia estão descontrolados como a taxa de juros e a taxa de câmbio, com o real muito valorizado. Isso requer cuidados porque pode ter conseqüências danosas para as contas públicas”, acrescenta. A economia grega cresceu cerca de 4% ao ano entre 2003 e 2007, em parte devido aos gastos de infraestrutura relacionados aos Jogos Olímpicos, e, em parte a um aumento da disponibilidade de crédito, que tem sustentado os níveis recorde de gastos do consumidor. Mas a economia teve uma contração de 2%, em 2009, e recuou 4,8% em 2010, com o fracasso do governo para enfrentar um déficit orçamentário crescente, queda das receitas do Estado e o aumentou dos gastos do governo.
Sob intensa pressão por parte da União Europeia e do mercado financeiro internacional, o governo adotou um programa de austeridade de médio prazo, que inclui corte de gastos, reduzindo o tamanho do setor público e adotando reformas do sistema de saúde e de aposentadorias. O pacote de quatro anos prevê ainda o aumento de impostos, privatizações com o objetivo de gerar um superávit orçamentário primário e levantar 50 bilhões de euros em receitas para reduzir a dívida pública. Tendo como base essa estratégia, a Grécia espera convencer os credores e chegar a um acordo sobre um novo pacote de resgate de 120 bilhões de euros para o país.
olha tudo isso é ou pode ser forjado pelo sistem e agenda não creio que esse mar de rosas é real ou paraiso..eles escondem muitas coisas por ai...tudo é armadilha não sei bem se aqui vai ficar tudo alice enquanto lá se ferra geral...tudo tá a ponto de quebrar tudo o mundo todo....então não se iludimos com esses economistas....não confie em tudo que vê e ouve a midia é control por eles os iluminatis...então....uma hora o caos vai vim....vivemos num mundo de ilusões que vai quebrar e cabar...toda ilusão se vai.....é a hora da verdade o time zero tb despenca até out dai p/ pior rsrsrsrs o pastor Rubens diz tudo....abs colapsais srsrsr
ResponderExcluirOi Pat.
ResponderExcluirTambém não confio em analistas, podem ser eles de qualquer área que for, sei realmente que existe uma armadilha em curso, como bem falou.
Sabe, eu dou risam da quando vejo estes mesmos economistas e a imprensa em geral dizer que o Brasil vai bem e muito obrigado.
É um crescimento tão irreal,através de dívidas em crediarios e com muitos juros ( como dizem as lojas, 10 x sem juros ), uma piada atrás da outra.
Agora os dados do IBGE outra grande piada que diz que o desemprego cai e até tem gente podendo escolher o emprego que quiser. Eles colocam o Brasil e nossa economia de um jeito que o Brasil parece não estar na Terra e sim em um planeta distante e que tudo que ocorre lá fora é dos países lá fora.
Irônico vermos nosso ministro da fazenda, dizendo que o risco pais caiu e aqui chega a ser mais seguro do que os EUA, olhe que lá no tio Sam caindo aos pedaços os jros são quase zero e aqui perto de 13%. Será mesmo que aqui é mais seguro ou os jogadores do sistema querem investir aqui levando em conta os altos juros que aqui se paga?
Toda esta balelinha da midia-governo não me engana, pois na hora que o circo pegar fogo por aqui, todo mundo lá em cima tira o c da reta.
Valeu minha admirável Pat.
Daniel