A
história dos ciganos pode ser dividida em três partes: a origem, a
dispersão e a situação atual. Como, porém, em uma parte posterior deste
trabalho será aprofundado o item situação atual, não cabe neste
capítulo relativo à história abordar esses dados. Serão apresentadas,
então, as questões ligadas a sua origem até a chegada ao Brasil.
Os ciganos fazem parte de uma etnia de cultura própria, rica, já que
por variadas razões encontram-se dispersos por todo o mundo, tendo
passado, em suas andanças, por diferentes países, legando e
enriquecendo a sua cultura. Uma pequena parcela, hoje em dia, ainda é
nômade, mas a maioria, como no caso dos ciganos do Rio de Janeiro, é
seminômade e sedentária.
Segundo Arthur R. Ivatts, sociólogo, educador britânico e assessor da
Comissão Consultiva para a Educação dos Ciganos e Outros Nômades, a
concentração maior desse povo fica na Europa, ou seja, da população
mundial cigana, mais ou menos a metade é residente na Europa, sendo que
dois terços na Europa Oriental, e, parte reside ainda, no norte e no
sul da África, no Egito, na Argélia e no Sudão. Nas Américas, o
contingente está distribuído dos Estados Unidos à Argentina, tendo uma
maior concentração no território brasileiro.
Devido ao modo de vida cigano, é difícil calcular o número exato deles,
mas, segundo Ivatts, em 1975, sem contar com a Índia e o sudeste
asiático, os ciganos eram, em média, cerca de sete a oito milhões em
todo o mundo.
Antes de desenvolver o tema, é preciso deixar claro que o termo cigano
é genérico, assim como índio, ou seja, dentro dessa etnia existem
subdivisões e, nelas, existem famílias que fazem das tradições uma
cultura própria de acordo com o subgrupo ao qual pertencem. No Brasil,
mais particularmente no Rio de Janeiro, existem dois grandes grupos de
ciganos: o Rom e o Calom.
O grupo Rom é mais disperso, pois, devido a sua origem extra-Ibérica, é
encontrado no mundo todo, da União Soviética à Argentina. São os
considerados ciganos autênticos e tradicionais. No Rio de Janeiro,
foram contactadas famílias de três grupos rons: o Kalderash, o
Khorakhanè e o Ragare.
Os nomes dos subgrupos são apresentados por força de uma profissão
própria e predominante na família através dos tempos, como os
kalderashès (ferreiros, caldeireiros, produtores de panelas, parafusos,
utensílios, chaves, pregos, ferramentas, selas, cintos e outros objetos
de couro). Alguns são exibidores de feras amestradas, os circenses
(lovares) e (manushes). Outros ainda, que eram antigos negociantes de
cavalos, atualmente, negociam com carros, sendo também exímios
comerciantes, mecânicos e lanterneiros, como os ciganos do grupo Calom.
Há também os que vendem ouro, jóias, roupas, tapetes, que são os
mercadores ambulantes ou feirantes.
http://www.guardioesdaluz.com.br/ciganoshistoria.htm
Abaixo vídeo e música cigana.
Interessante o post, abraço CY
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