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29 de novembro de 2010

Depois dizem que blogueiros inventam besteiras na net.

É pessoal, estas revelações do site Wikileaks só reafirmam muitas suspeitas que muitos de nós blogueiros já diziamos e que muitos diziam-nos ser invenção afirmar isto ou aquilo.

Está ai para todos terem conhecimento e muito mais deve vir a tona nas próximas semanas, mostrando apodridão de uma nação falida, os EUA.
É o castelo podre se desmoronando aos poucos, a verdade vindo a tona do que eles querem nos dizer, mas muitas coisas ainda estarão encobertas .
Mas já é um grande passo.
Daniel Lucas

Conheça as principais revelações feitas pelo site Wikileaks

Segundo documentos, Ahmadinejad é descrito como "Hitler" e Berlusconi como "ineficiente"

BBC Brasil | 29/11/2010 06:12



O controvertido site de vazamento de informações Wikileaks começou no domingo a divulgar um lote de 250 mil mensagens secretas enviadas por diplomatas dos Estados Unidos. Até agora, o Wikileaks publicou em seu site 220 de 251.287 documentos dos EUA descritos como cabos - como são chamadas as comunicações entre instituições diplomáticas.
O site entregou antecipadamente os arquivos em sua íntegra a cinco grupos de mídia, entre eles os jornais The New York Times, americano, The Guardian, britânico, e El Pais, espanhol. Leia abaixo alguns dos pontos principais dos documentos divulgados.
Ataque ao Irã
Vários líderes árabes e seus representantes são citados no documento como tendo exortado os EUA a atacar o Irã, para pôr fim ao suposto programa de armas nucleares do país. O embaixador da Arábia Saudita em Washington, Ader al-Jubeir, lembrou os EUA sobre as "frequentes exortações" do rei saudita para atacar o Irã.
Em um relatório de um encontro entre Al-Jubeir e o general americano David Petraeus, em 2008, o embaixador saudita disse que o rei queria que os EUA "cortassem a cabeça da serpente". O rei Hamad bin Isa al-Khalifa, do Bahrein, teria pedido aos EUA que contivessem o Irã "de qualquer maneira", enquanto o príncipe regente de Abu Dhabi, xeque Mohammad bin Zayed, disse aos EUA acreditar que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, iria "levar-nos à guerra".
Espionagem biométrica na ONU
Um cabo endereçado a diplomatas dos EUA emitido sob o nome da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pede que se coletem informações "biográficas e biométricas" - incluindo amostras de DNA, impressões digitais e biometria da íris - de funcionários-chave da ONU. Também foram pedidos dados de cartões de crédito, endereços de email, senhas e decodificadores usados em redes de computador em comunicações oficiais.
Os funcionários cujos dados foram solicitados incluiam "subsecretários, chefes de agências especializadas e seus principais consultores, assessores de alto escalão do SYG (secretário-geral), chefes de missões de paz e de missões de caráter político, incluindo comandantes de forças (militares)". Estão incluidas nos documentos ao menos nove orientações semelhantes sobre vários países, tanto sob o nome de Hillary quanto de sua predecessora, Condoleezza Rice.
Crise no Paquistão
Os cabos mostram a preocupação dos EUA com a presença de material radioativo em usinas nucleares do Paquistão, que Washington temia ser usado em ataques terroristas. As comunicações revelam que, desde 2007, os EUA vinham tentando remover urânio altamente enriquecido de um reator usado para pesquisas no Paquistão.
Em um cabo emitido em 2009, a embaixadora dos EUA no Paquistão, Anne W. Patterson, diz que o país se recusa a aceitar uma visita de especialistas dos EUA. Segundo ela, autoridades do Paquistão disseram que uma visita seria vista pelos paquistaneses como "se os EUA estivessem tomando as armas nucleares do Paquistão".
China e infiltração cibernética
Os documentos revelam preocupação sobre o suposto uso em grande escala, pelo governo chinês, de técnicas de infiltração e sabotagem cibernética. Alguns dos cabos diplomáticos afirmam que uma rede de hackers e especialistas em segurança foram contratados pela China a partir de 2002, e que essa rede conseguiu acesso a computadores do governo e de empresas dos EUA, além de aliados ocidentais e do Dalai Lama. Os cabos citam um contato chinês que disse à embaixada dos EUA em Pequim que o governo chinês estaria por trás da infiltração do sistema de computadores do Google no país em janeiro.
Planos da Coreia
Autoridades dos EUA e da Coréia do Sul discutiram planos para se formar uma Coreia unificada, no caso de colapso do regime da Coreia do Norte. O embaixador dos EUA em Seul afirma na comunicação que a Coreia do Sul considerava oferecer incentivos comerciais à China para "ajudar a mitigar" as "preocupações da China sobre o convívio com uma Coreia reunificada".
Guantánamo
Os cabos parecem revelar discussões entre vários países sobre o destino de presos libertados da base americana em Guantánamo, Cuba. A Eslovênia recebe a oferta de um encontro com o presidente Barack Obama se o país receber um prisioneiro, enquanto Kiribati, no Pacífico Sul, recebe a oferta de milhões de dólares em incentivos. Bruxelas recebe a informação de que abrigar prisioneiros poderia ser "uma maneira barata de a Bélgica conseguir proeminência na Europa".
Líderes mundiais
Vários líderes mundiais aparecem nos documentos - mostrando as visões pouco elogiosas que os diplomatas têm deles. O premiê da Itália, Silvio Berlusconi, é tratado como "displicente, vaidoso e ineficiente como líder europeu moderno" por um diplomata americano em Roma. Em 2008, a embaixada em Moscou descreve o presidente russo, Dmitry Medvedev, como "um Robin do (premiê Vladimir Putin) Batman".
Os cabos também tecem comentários sobre a relação extremamente próxima entre Berlusconi e Putin. O líder norte-coreano Kim Jong-il é descrito como "um camarada velho e flácido" que sofre com o trauma de um derrame, enquanto o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, é tratado como "Hitler". O ministro de Relações Exteriores e Cooperação da África do Sul se refere ao presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, como "aquele velho maluco".

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