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19 de fevereiro de 2011

Saiba mais aqui sobre a situação no mundo árabe.

Um resumo da situação no mundo árabe compilado pelo blog 2012 Um Novo Despertar
Líbia

O número de pessoas mortas em três dias de protestos contra o governo da Líbia já chegou a 84, segundo a organização internacional Human Rights Watch, com sede em Nova York. O principal foco das manifestações contra o líder líbio, Muammar Khadafi, foi a segunda maior cidade do país, Benghazi, onde 35 mortes foram registradas em apenas um hospital.
A mídia estatal advertiu sobre retaliações contra os críticos de Khadafi, que está no poder desde 1969.
Serviços de internet e energia elétrica foram cortados em algumas áreas do país após o início dos protestos. As forças de segurança líbias abriram fogo contra manifestantes em Benghazi na sexta-feira quando eles se aproximaram de um local usado pelo coronel Khadafi quando visita a cidade, localizada a cerca de mil quilômetros da capital, Trípoli.

Segundo relatos de órgãos de mídia e a contabilização da Human Rights Watch (HRW), o hospital Al-Jala, na cidade, recebeu os corpos de 35 pessoas mortas pela repressão aos protestos.
As manifestações líbias são parte da onda de levantes pró-democracia no mundo árabe e muçulmano, que já derrubou governantes na Tunísia e no Egito e se espalhou por países como Bahrein, Argélia, Iêmen e Irã. Mas analistas dizem que a situação no país é diferente da situação no Egito ou na Tunísia, porque Khadafi teria as grandes receitas com petróleo para conter os problemas sociais e tem uma alta popularidade em todo o país, apesar de ser menos popular na região de Cyrenaica, onde está Benghazi.

Tunisia


O ministro italiano do Interior, Roberto Maroni, fez essa sugestão em resposta ao que qualificou de "êxodo bíblico" que levou mais de 5,5 mil clandestinos a desembarcar desde a semana passada na ilha italiana de Lampedusa vindas da vizinha Tunísia.
O chanceler italiano, Franco Frattini, chega na noite desta segunda-feira a Túnis para se reunir com o primeiro-ministro interino Mohamed Ghannouchi, segundo um porta-voz da chancelaria em Roma. A Tunísia tenta restaurar a ordem depois da rebelião popular que depôs o ditador Zine el-Abidine Ben Ali há exatamente um mês.
Egito

A junta militar do Egito informou em comunicado nesta sexta-feira que não irá tolerar protestos que prejudicarem a economia do país e irá confrontá-los caso ocorram, informou a agência estatal Mena.

Foto: AFP
Exército egípcio patrulha ruas do Cairo, nesta sexta-feira

O Conselho Supremo das Forças Armadas avisou em um comunicado que alguns grupos "organizam protestos que prejudicam a produção e criam condições econômicas críticas que podem piorar a economia do país".
"A continuação da instabilidade e suas consequências prejudicarão a segurança nacional", completou. "O Conselho Supremo das Forças Armadas não permitirá a continuação desses atos ilegais que colocam a nação em perigo, e iremos confrontá-los e tomar medidas legais para proteger a segurança da nação", disse.
O Exército informou também que não permitirá que as greves continuem no país. Segundo os militares, em comunicado, as paralisações estavam prejudicando a economia.
'Marcha da Vitória'
Nesta sexta-feira também milhares de egípcios se reuniram na praça Tahrir, no centro do Cairo, para uma "marcha da vitória" convocada para celebrar a queda do líder Hosni Mubarak, que renunciou ao cargo de presidente há uma semana. "É uma festa, estamos muito felizes, Mubarak foi embora", disse Naser Mohamed, 50 anos, um dos manifestantes. "Acho que vamos voltar todas as semanas, todas as sextas-feiras".
A praça ficou cercada por tanques do Exército. Os soldados checavam a identidade dos manifestantes nos diferentes pontos de acesso ao local. Membros dos comitês populares também ajudavam no controle de segurança.
Mubarak renunciou ao cargo que ocupava há 30 anos após 18 dias de manifestações contra o seu governo. O anúncio da renúncia foi feito pelo vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, horas depois de ser divulgada a notícia de que Mubarak e sua família tinham deixado a capital do país, Cairo, em direção à cidade egípcia de Sharm el-Sheik.
*Com AFP

Iemen

Manifestações antigoverno acontecem nesta sexta-feira em cidades de Iêmen, Líbia, Bahrein, Jordânia e Djibuti, onde milhares realizam protestos inspirados nas revoltas populares de Tunísia e Egito, que levaram à queda de presidentes que estavam no poder há décadas.
No Iêmen, opositores saíram às ruas pelo oitavo dia consecutivo na capital, Sanaa, e nas cidade de Taiz e Áden. Segundo a Reuters, ao menos quatro manifestantes morreram durante os protestos, que foram convocados pela internet e pedem a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh, no poder há 32 anos.
Em Taiz, a polícia usou gás lacrimogênio e atirou para cima para dispersar uma multidão que participava da chamada "Sexta-feira de Fúria". Uma granada foi lançada em direção a um grupo de manifestantes, deixando um morto e pelo menos oito feridos, segundo testemunhas. A granada teria sido lançada por um homem dentro de um carro.

Em Sanaa, a multidão marchou até o palácio presidencial e, no caminho, houve choques com partidários do governo, que deixaram ao menos quatro feridos. A polícia também usou gás lacrimogêneo e tiros para o alto na tentativa de dispersar a manifestação.
Jornalistas também foram alvos de ataque. Segundo um repórter da agência Associated Press, um grupo de homens armados com paus atacaram uma equipe de TV e destruíram um câmera. Vários fotógrafos também precisaram se refugiar em prédios vizinhos para evitar a confusão.
O presidente Saleh já fez algumas concessões aos manifestantes, como a promessa de deixar o poder em 2013 e não transferi-lo ao seu filho. Partidos de oposição aceitaram uma oferta de diálogo com o governo, mas manifestações espontâneas continuam ocorrendo.

Bahrein

No Bahrein, soldados lançaram gás lacrimogêneo e atiraram contra manifestantes que desafiaram a proibição a protestos determinada pelo Exército na quinta-feira. Segundo a agência AP, os confrontos deixaram ao menos 50 feridos. De acordo com a rede de TV CNN, ao menos quatro morreram.
Os choques começaram horas depois do enterro de dois homens mortos em protestos anteriores. Dezenas de milhares de pessoas compareceram aos enterros, muitos carregando cartazes e cantando slogans de oposição ao xeque Hamad bin Isa Al-Khalifa.

Foto: AP
Manifestantes protestam durante funeral de jovem na vila de Sitra, no Bahrein

Os caixões foram envoltos em bandeiras do país e levados em cortejo pelas ruas do bairro. A multidão presente gritava pedindo "justiça, liberdade e monarquia constitucional". Alguns disseram que estavam dispostos a sacrificar suas vidas para derrubar o governo.
Pouco depois, as preces de sexta-feira se converteram em mais uma oportunidade de protesto. Em uma mesquita, xiitas gritavam "vitória ao Islã" e morte à família real bareinita.
As pelo menos quatro mortes registradas nos protestos dos últimos dois dias elevaram as tensões no Bahrein. Demandas prévias por reformas constitucionais agora evoluíram para um pedido mais geral, pela remoção da dinastia sunita que governa o país há mais de 200 anos.
O príncipe herdeiro do Bahrein, considerado um reformista na monarquia do golfo árabe, pediu calma na sexta-feira, afirmando que está na "hora do diálogo, não de lutas". "O diálogo está sempre aberto e as reformas continuam", disse o príncipe herdeiro xeque Salman bin Hamad al-Khalifa à TV do Barein. "Essa terra é para todos os cidadãos do Bahrein... Todas as pessoas honestas devem dizer 'basta' neste momento
.
Jordânia


 
Na Jordânia, manifestantes antigoverno protestaram pela sétima sexta-feira consecutiva. Nas ruas da capital, Amã, cerca de dois mil estudantes, conservadores muçulmanos e ativistas de extrema esquerda pediram reformas constitucionais, mais liberdade e redução no preço dos alimentos.
Houve confrontos com cerca de 200 partidários do governo e oito manifestantes ficaram feridos. Opositores disseram que os governistas estavam armados com bastões, canos e pedras. "Eles nos bateram e nós tentamos nos defender, bater de volta", airmou o estudante Tareq Kmeil. "Os policiais não fizeram nada para nos proteger, apenas ficaram lá olhando."
A onda de protestos levou o rei Abdullah 2º a empossar um novo governo no início do mês. O gabinete agora é comandado pelo ex-general Marouf Bakhit, que prometeu ampliar as liberdades individuais.

Djibuti

A sexta-feira também foi de protestos no Djibuti, pequeno país do leste da África com cerca de 750 mil habitantes. Um opositor disse que autoridades usaram bastões e gás lacrimogênio para dispersas milhares de manifestantes que saíram às ruas para exigir a renúncia do presidente Ismail Omar Guelleh, que está no segundo mandato e disputará mais uma eleição em abril.
No ano passado, Guelleh mudou a Constituição do país, que determinava um limite de dois mandatos presidenciais. A família do líder está no poder no Jibuti há mais de três décadas.
Na eleição de 2005, Guelleh foi candidato único. Agora, um de seus potenciais adversários é Abdourahman Boreh, que vive em Londres mas já demonstrou seu apoio às manifestações contra o presidente.
Diversas bases militares estão localizadas no Djibuti, incluindo a única base americana na África.

4 comentários:

  1. Um jornal estatal da Líbia disse que a violência é parte dos 'plano sujos e das conspirações concebidas pela América e pelo sionismo e pelos traidores do Ocidente'.

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  2. O interessante nessa história é que a maioria desses países são aliados dos eua, seus governos ditadores tem aliança com os eua.

    Me parece que este plano é de pelo meio dos protestos retirar estes governos e ajudar que (fundamentalistas islamicos) inimigos dos eua cheguem ao poder , vale lembrar que quem ajudou os talebans e al-qaeda a chegarem no poder no afeganistão foram os eua, da mesma forma quem permitiu e ajudou fidel castro a derrubar fulgencio batista (aliado dos eua) em cuba foi o governo americano.

    Esta tecnica de derrubar governos aliados e dar permissão para que supostos inimigos cheguem ao poder já é velha, os eua sempre fizeram.

    Já dizem a tempos que osama bin ladem é um agente da cia desfarçado.

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  3. Ultimas Informações

    Governador afegão denuncia morte de 51 civis por bombardeios da Otan:
    Um governador provincial afegão denunciou neste domingo as mortes de 51 civis em bombardeios registrados há três dias no leste afegão da Força Internacional de Assistência para Segurança (Isaf), que disse estar investigando os fatos.

    "Um total de 64 pessoas - 51 civis e 13 insurgentes - morreram em operações das forças afegãs e da Otan no distrito de Ghaziabad, no leste de Kunar", declarou à Agência Efe o governador da província, Fazlullah Wahidi.
    Segundo Wahidi, entre os mortos estão 20 mulheres e várias crianças.
    Em um comunicado, a Otan indicou estar disposta a "enviar uma equipe de investigação para apurar as acusações, segundo as quais a Isaf teria causado baixas civis em suas operações na província de Kunar".

    Coreia do Norte prepara terceiro teste nuclear (imprensa):
    A Coreia do Norte começou a escavar túneis no mesmo local onde realizou dois testes nucleares, com a intenção de preparar um terceiro, afirmou neste domingo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, citando um alto funcionário de Seul.
    "São sinais evidentes de preparação para um terceiro teste nuclear", estimou a fonte.

    Desta vez, o teste seria feito com plutônio, já que a quantidade estocada por Pyongyang permite a fabricação, segundo Seul e Washington, de seis a oito bombas.
    Pyongyang revelou em novembro uma usina de enriquecimento de urânio, que pode ser utilizado também na fabricação de bombas atômicas.

    Bahrein: oposição xiita condiciona diálogo a renúncia do governo

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  4. É Anônimo e Caetano!
    As coisas estão ficando feias, estava desconfiado que a Coreia do Norte estava preparando mais um teste e será uma resposta aos exercícioos militáres conjunstos de Coreia do Sul e EUA naquela região. A tensão vai aumentar de novo.
    Obrigado pelos cometários e por novas informações referentes as revoltas no mundo árabe e ao ataque da OTAN no Afeganistão.
    Participem!
    Daniel

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