Pois é pessoal, enquanto os economistas de plantão, os governantes e os banqueiros festejam que a Grécia conseguiu salvar sua pele e de resto de toda à Galáxia, não é isto que vemos aqui na Terra onde o povo grego protesta sem parar.
Para compensar, à mídia controlada, evita um pouco em dizer que o pau continua quebrando na Grécia e só dá vóz aquilo que os senhores do mundo querem que saibamos e acha que engulamos ou seja: que tudo está na mais perfeita normalidade.
Parece ser assim, mas neste xarópe amargo os banqueiros, seus governos suas mídias pegam a colher e abrem a boca do povo a força para que degustem este veneno e ainda diga. Nossa! Tá delicioso...Armada com paus e pedras, a população saiu às ruas para protestar contra o roubo das suas economias e o sacrifício imposto pelo governo para pagar suas dívidas com os banqueiros internacionais
1 de julho de 2011
1 de julho de 2011
A Praça Syntagma (Praça da Constituição) foi o epicentro da revolta que se arrastou pela madrugada do dia 30 envolvendo milhares de jovens e trabalhadores que se mobilizaram para tentar impedir a aprovação do novo plano de “austeridade” exigido pelos banqueiros internacionais.
A batalha campal deixou mais de 700 pessoas feridas (das quais, pelo menos, 56 policiais) e com problemas respiratórios devido às bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela polícia, outros 43 foram presoss e uma série de prédios no centro de Atenas foi depredada e incendidada pelos manifestantes.
Jovens encapuzados quebravam as fachadas dos edifícios de luxo no centro da cidade para usar blocos de mármore como munição contra os policiais. O edifício do ministério das Finanças foi incendidado, bem como uma agência dos correios e outros edifícios comerciais.
Nesta quinta-feira, dia 30, os deputados se reuniram mais uma vez para votar a forma por meio da qual serão realizados os cortes aprovados no dia anterior. O texto detalha o calendário de privatizações que entregarão diversas empresas públicas a capitalistas estrangeiros por 50 bilhões de euros, bem como quais serão os primeiros impostos a serem aumentados no próximo período.
A greve geral de dois dias se encerrou após a aprovação na quarta-feira, dia 29, do plano de “austeridade”. Trabalhadores dos portos e de outras empresas públicas, no entanto, continuaram paralisados na quinta-feira, mantendo fechados os portos que dão acesso às ilhas gregas, um dos principais pontos turísticos do país.
Depois de impor uma dura repressão às manifestações, o governo conseguiu arrancar das mãos do povo grego 28 bilhões de euros em cortes de gastos públicos e 50 bilhões em privatizações.
Os banqueiros europeus se preparam para o botim
A aprovação do novo plano de “austeridade” grego foi recebida com aplauso por banqueiros e governantes dos principais países da Europa. Para estes, é uma questão decisiva obter o maior lucro possível com a situação crítica da economia do país.
A chanceler alemã, Angela Merkel, cujo país é o maior contribuinte do empréstimo feito ao governo grego, declarou que a votação foi “tanto importante como um passo para o futuro da Grécia, como para a estabilidade do euro” (Deutsche Welle, 30/6/2011).
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, eo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, publicaram uma declaração conjunta afirmando que “o país deu um passo importante à frente no caminho necessário da consolidação fiscal para a liberação da próxima parcela de assistência financeira que permitiu que o trabalho comece a ser feito em um segundo pacote de assistência ainda este ano”.
“Foi um voto de responsabilidade nacional”, disseram cinicamente. Com a aprovação do novo plano de “austeridade”, o país “saiu da situação grave de falência”, resumiram os representantes da cúpula da União Europeia (BBC, 30/6/2011).
O novo plano de redução de gastos, demissões e privatizações aprovado pelo Parlamento grego é uma exigência feita abertamente pelos governos e banqueiros da União Europeia. Entre os efeitos do pacote de cortes comemorado pelos abutres da União Europeia estão o aumento do desemprego, que já chega a mais de 16% devido à primeira onda de cortes de gastos e demissões promovida desde o ano passado, bem como a taxação sobre os trabalhadores que recebem salário mínimo, incluída no novo plano de “austeridade”.
Fonte: O Operário
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