Risco da Segunda Onda de Crise Econômica Mundial
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A economia global está a espera de uma
“perfeita tempestade”, cuja força total poderemos sentir dentro de dois
anos. Isto foi afirmado por um economista-chefe americano, Nouriel
Roubini, que já tinha previsto a crise de 2008. A mesma advertência foi
feita pelo ministro das Finanças russo, Alexei Kúdrin, no Fórum
Econômico de São Petersburgo.
Os
problemas principais hoje são os da dívida na zona do euro e da
instabilidade política no Oriente Médio, do abrandamento económico na
China, da estagnação no Japão, e da dívida nacional dos EUA, - notam
muitos analistas-chefes. Enquanto isso, a Confederação Europeia de
Sindicatos realizou hoje uma manifestação no Luxemburgo contra a injusta
distribuição dos encargos da crise.
Os
sindicatos se opõem ao pacto “Euro plus”, aprovado em março pelos
líderes de 17 países da zona euro. Este documento prejudica todos os
cidadãos europeus - insiste o presidente da Confederação Europeia dos
Sindicatos, Ignacio Fernandez Toxo.
Há
interferências em tais áreas cmo salários, negociação coletiva, as
aposentadorias que, na nossa opinião, são prerrogativa dos governos
nacionais e da política social em cada país. Além disso, esta
intervenção é de uma forma áspera e é direcionada para uma forte
deterioração da situação dos trabalhadores.
O
líder do Confederação Europeia dos Sindicatos oferece uma variante de
compromisso – uma combinação do crescimento moderado dos salários com a
preservação de empregos. Mas o principal é introduzir um imposto sobre
transações financeiras para os bancos. São eles, acredita Toxo, que
devem compensar os danos causados por eles às economias europeias. Caso
contrário, o número de protestos em massa vai aumentar. Hoje, eles já
atingiram uma série de países europeus - Espanha, Portugal, Irlanda e
Grécia. Em seguida estão França e Itália. No entanto, a UE tem apenas
uma saída – desistir daquilo que todos estão acostumados a chamar do
Estado-Providência, e apertar os cintos ou continuar a fingir que nada
está acontecendo, e inflar os orçamentos nacionais, - afirma chefe do
Centro de Estudos Políticos do Instituto de Economia RAN, Boris
Chmelióv.
É
óbvio que nas condições econômicas atuais, uma nova onda da crise
financeira na Europa é possível. E a principal razão é o excesso de
despesa sobre a receita. E, a fim de torná-las conformes, os estados
devem suspender muitos programas sociais. Isto significa que dentro de
2-3 anos veremos uma Europa muito diferente, em que a estabilidade e a
tranquilidade serão substituídas por poderosos movimentos de protesto
social e político. Mas isso não pode mudar nada, porque economia desses
países não pode sustentar o peso que estava sobre orçamento do Estado
nos últimos anos. Só o tempo vai mostrar se a UE estará à beira da
sobrevivência ou não.
Até
agora quem foi mais próximo a este limite é Grécia. A situação no país é
alarmante, mas ainda há uma chance de evitar o colapso.
http://portuguese.ruvr.ru/2011/06/21/52191580.html
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