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24 de novembro de 2010

Novas notícias sobre a Crise na Península Coreana

Porta-aviões dos EUA se dirige para litoral coreano

USS George Washington participará de manobras militares sul-coreanas; Pyongyang acusa Seul de levar península à beira da guerra

Reuters | 24/11/2010 11:43

Um porta-aviões dos EUA se dirige nesta quarta-feira para o litoral coreano, um dia depois de a Coreia do Norte ter disparado granadas de morteiro e foguetes contra uma ilha sul-coreana. A iniciativa americana deve irritar ainda mais o governo norte-coreano e incomodar também o maior aliado e vizinho da Coreia do Norte, a China.

Foto: Getty Images
Foto de 27 de julho de 2010 mostra jatos sobre o porta-aviões americano USS George Washington
Nesta quarta-feira o governo sul coreano informou que foram encontrados na ilha os corpos de dois civis mortos, aparentemente em consequencia dos ataques lançados pela Coreia do Norte na terça-feira.
Com isso, elevam-se para quatro o número de sul-coreanos mortos. A morte de civis deve aumentar ainda mais o ressentimento dos sul-coreanos contra o país vizinho, com o qual dividem a Península Coreana.
O porta-aviões USS George Washington, movido a energia nuclear e levando 75 aviões de guerra e 6 mil tripulantes, partiu de uma base naval ao sul de Tóquio para unir-se às manobras militares sul-coreanos, de domingo até a quarta-feira seguinte, informaram funcionários americanos em Seul.

"Esse exercício é de natureza defensiva", afirmou o comando das forças dos EUA na Península Coreana. "Embora já tivesse sido planejado bem antes do ataque de artilharia de ontem (terça-feira), que não foi provocado, demonstra a força da aliança dos EUA com a República da Coreia (do Sul) e nosso compromisso com a estabilidade regional por meio da dissuasão", diz um comunicado militar.
A Coreia do Norte acusou o Sul nesta quarta-feira de estar conduzindo a península "à beira da guerra" com "inconsequente provocação militar", e também por adiar o envio de ajuda humanitária aos norte-coreanos. O comunicado não fez referência às manobras militares.
O governo sul-coreano está sendo criticado pela lenta resposta dos militares à provocação do Norte, numa repetição das queixas feitas no pais quando um navio de guerra foi afundado em março, na mesma área, causando a morte de 46 marinheiros.
O ministro da Defesa sul-coreano, Kim Tae-young, está sob pressão dos deputados, que disseram que o governo deveria ter adotado medidas retaliatórias mais rápidas e fortes contra a provocação do Norte. "Lamento que o governo não tenha lançado um firme bombardeio com jatos de combate durante a segunda rodada de disparos do Norte", disse o deputado Kim Jang-soo, ex-ministro da Defesa

Coreia do Norte é 'ameaça contínua', diz Obama

Incidente foi considerado um dos mais graves na Península Coreana desde a Guerra da Coreia, nos anos 1950

BBC Brasil | 24/11/2010 02:08

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chamou a Coreia do Norte de uma “ameaça contínua que tem de ser enfrentada” e disse que vai discutir com Seul a resposta apropriada para o ataque militar perpetrado por norte-coreanos contra uma ilha da Coreia do Sul.
Em uma troca de disparos de artilharia que durou cerca de uma hora nesta terça-feira, a ilha sul-coreana de Yeonpyeong foi alvejada, e dois soldados morreram. Outras 50 pessoas, tanto civis como militares, ficaram feridas. Muitas construções foram incendiadas.
Em entrevista à rede americana ABC, na noite desta terça, Obama não quis especular sobre eventual ação militar americana contra o regime de Pyongyang. E disse que cabe à China dizer à Coreia do Norte – sua aliada – que “há leis internacionais que eles (norte-coreanos) devem obedecer”.
Os EUA possuem 28 mil soldados na Coreia do Sul. Os ministros da Defesa americano e sul-coreano acordaram que qualquer resposta ao ataque será coordenada entre ambos.
E Obama disse que buscará apoio na comunidade internacional para fazer pressão sobre o recluso regime norte-coreano, dono de um programa nuclear que preocupa o Ocidente.
“Este (o ataque à ilha sul-coreana) é mais um incidente provocativo de uma série que vimos nos últimos meses. Falarei com o presidente da Coreia do Sul (Lee Myung-bak) nesta noite (de terça) sobre termos de uma resposta apropriada”, declarou o americano.

Acusações
Seul disse que os disparos do Norte começaram a atingir a ilha, próxima à disputada fronteira marítima entre os dois países, na tarde desta terça (hora local, madrugada no Brasil) e que suas Forças Armadas estão trabalhando no nível de alerta mais alto fora de um período de guerra.
O governo sul-coreano afirmou ter dado ordens a seus militares para retaliar com mísseis o que chamou de “mais provocações”.
as a Coreia do Norte disse que soldados do Sul, que realizam exercícios militares na área, atiraram primeiro e que não toleraria qualquer invasão de seu território.
"O inimigo sul-coreano, apesar de nossos repetidos alertas, cometeu diversas provocações militares, disparando tiros de artilharia contra nosso território marítimo próximo à ilha de Yeonpyeong a partir das 13h locais (2h no horário de Brasília)", disse à agência de notícias estatal norte-coreana KCNA o comando militar do país.
A Coreia do Norte "vai continuar a realizar ataques militares impiedosos sem hesitação se o inimigo sul-coreano ousar invadir 0,001 milímetro de nosso território", alertou, sem informar se houve feridos ou mortos do lado norte-coreano.

Tensão
A troca de disparos acontece em um momento de crescente tensão regional, já que no sábado a Coreia do Norte revelou o que seria uma nova usina de enriquecimento de urânio, dando ao país mais um caminho para a possível fabricação de uma bomba nuclear.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou a Coreia do Norte pelo ataque e pediu moderação a ambos os lados.
A Rússia pediu calma depois do incidente, enquanto um porta-voz do Ministério do Exterior chinês disse que as duas Coreias deveriam "fazer mais para contribuir para a paz".
"O mais importante agora é retomar as negociações do Grupo dos Seis (Estados Unidos, Japão, China, Rússia e as duas Coreias) o quanto antes", disse Hong Lei.
Na tarde de terça-feira, o Itamaraty emitiu nota declarando "preocupação" com o incidente e "conclamando ambas as partes a se absterem de medidas que possam agravar a tensão" bilateral.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, disse ter ordenado que seus ministros se preparem para qualquer eventualidade.
O analista da BBC Jonathan Marcus disse que o ataque seria uma forma de a Coreia do Norte mostrar ao mundo seu poder e uma indicação de algum tipo de transição política.
Nos últimos dois meses, Kim Jong-un, filho do líder norte-coreano Kim Jong-il, foi promovido a general de quatro estrelas e nomeado para cargos de liderança no Partido Comunista durante a primeira convenção do partido em 30 anos.
Analistas acreditam que estes sejam sinais de que ele está sendo preparado para suceder o pai.

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