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25 de novembro de 2010

Plantão Um Novo Despertar: Coreia do Norte faz novas amaeaças de ataques.

Coreia do Norte rejeita diálogo com Comando da ONU

País culpa os EUA por troca de disparos entre as duas Coreias

EFE | 25/11/2010 02:49

Seul - A Coreia do Norte rejeitou nesta quinta-feira a realização de uma reunião militar com o Comando da ONU, ao mesmo tempo que responsabilizou Estados Unidos e Coreia do Sul pela troca de disparos de terça-feira, que aumentou a tensão na península coreana.
O Comando das Nações Unidas, liderado pelos EUA e encarregado de supervisionar o armistício com o qual foi finalizada a Guerra da Coreia (1950-53), propôs na quarta-feira que Pyongyang realizasse uma reunião militar em nível de generais para abordar o ataque norte-coreano à ilha sul-coreana de Yeonpyeong, que matou dois militares e dois civis.
A Coreia do Norte rejeitou a proposta por considerar que "aparentemente não vê benefícios práticos nas conversas", informou um porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul citado pela agência local "Yonhap". Além disso, a Coreia do Norte voltou a ameaçar o país vizinho com novos ataques e também responsabilizou os EUA pela troca de disparos na ilha de Yeonpyeong, habitada por civis e localizada na tensa fronteira do Mar Amarelo.

Ilha sul-coreana de Yeongpyeong é vista sob fumaça após ataque da artilharia da Coreia do Norte
Foto: AP
Ilha sul-coreana de Yeongpyeong é vista sob fumaça após ataque da artilharia da Coreia do Norte
O Governo de Pyongyang assegurou que lançará "sem duvidar uma segunda e uma terceira rodada de poderosos ataques físicos em represália", segundo um comunicado divulgado pela agência oficial norte-coreana "KCNA". O regime comunista de Kim Jong-il também indicou, sem dar detalhes, que os Estados Unidos, que têm 28.500 soldados destacados na Coreia do Sul, "não podem se esquivar de sua responsabilidade pela troca de artilharia". Após o ataque, EUA e Coreia do Sul anunciaram manobras militares no Mar Amarelo entre domingo e quarta-feira.


Foto: Arte/iG
Coreia do Norte lançou disparos contra ilha sul-coreana


Coreia do Sul reforça segurança em ilhas na fronteira

Governo aumentará força militar nas ilhas do Mar Amarelo para mudar respostas "passivas demais" à Coreia do Norte

Das agências de notícias | 25/11/2010 08:48
A Coreia do Sul afirmou nesta quinta-feira que vai reforçar a segurança na fronteira e criar novas regras militares para lidar com ameaças da Coreia do Norte. Segundo um porta-voz presidencial sul-coreano, as respostas do país ao vizinho do norte haviam se tornado "passivas demais".
"(O governo) decidiu aumentar acentuadamente a força militar, incluindo tropas terrestres, nas cinco ilhas do Mar Amarelo e alocar mais de seu orçamento para lidar com as ameaças assimétricas da Coreia do Norte", afirmou o porta-voz da Presidência, Hong Sang-pyo.
No futuro, a Coreia do Sul implementará diferentes níveis de resposta dependendo se os norte-coreanos atacarem alvos militares ou civis, segundo o porta-voz.
O disparo de dezenas de tiros de artilharia contra uma ilha sul-coreana na terça-feira provocou a morte de dois soldados e dois civis e elevou a tensão na região. A Coreia do Norte ameaçou promover novas ações militares se a Coreia do Sul mantiver o que chamou de "caminho de provocações militares", segundo a agência oficial de notícias norte-coreana, KCNA.

O governo norte-coreano também acusou os Estados Unidos pelo aumento do nível de hostilidades entre os países, dizendo que o governo americano ajudou a desenhar "a fronteira marítima ilegal" entre os dois países no lado ocidental.
Pressão sobre a China
Nesta quinta-feira, o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, participou de reuniões na Rússia sobre o conflito entre as Coreias, em meio às pressões para que a China use sua influência sobre o governo comunista norte-coreano para ajudar a acalmar os ânimos. Apesar disso, uma visita programada pelo ministro das Relações Exteriores da China, Yang Jiechi, à Coreia do Sul, foi adiada, por conta de "problemas de agenda", segundo as autoridades chinesas.

Em um comunicado do governo chinês sobre a questão, o premiê Wen Jiabao descreveu a situação na península coreana como "séria e complicada". "A China está firmemente comprometida com a manutenção da paz e da estabilidade na península coreana e se opõe a qualquer ato militar provocativo", disse ele. "Os lados relevantes deveriam manter o mais alto comedimento, e a comunidade global deveria fazer mais para a distensão desta situação tensa", afirmou Wen.
Wen voltou a defender sua posição de que as negociações sobre o programa nuclear norte-coreano, envolvendo seis países (Estados Unidos, Japão, China, Rússia e as duas Coreias), devem ser retomadas o mais rapidamente possível, numa posição apoiada pela Coreia do Norte.
A Coreia do Sul, os Estados Unidos e o Japão defendem que as negociações de seis países não deveriam recomeçar até que a Coreia do Norte interrompa a construção de novas usinas de enriquecimento nuclear e se desculpe pelo suposto bombardeamento a um navio sul-coreano em março, que provocou a morte de 46 marinheiros.

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