Ação do Panamericano amplia queda e perde 33% na Bovespa
Papel opera a R$ 4,50; ações de bancos menores também sofrem com a desvalorização
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As ações preferenciais do Panamericano tinham queda de 33,53% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) por volta de 13h15, cotadas R$ 4,50. No mesmo horário, o Ibovespa perdia 1,19%, para 70.898 pontos. O rombo de R$ 2,5 bilhões do banco também está derrubando as ações de outros bancos pequenos e médios na Bovespa.Os papéis dessas instituições financeiras estão entre as maiores baixas de todo o mercado. Cruzeiro do Sul caía 4,36%, Sofisa recuava 5,19%, Paraná Banco tinha desvalorização de 5,12%, e BicBanco perdia 5,55%. As ações do Panamericano, após recuarem 8,52% na terça-feira, ainda estavam em leilão e não tinham iniciado negócios.
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O problema no Panamericano e as dúvidas sobre a extensão de seus reais problemas acenderam a luz amarela nas mesas de investimento sobre as condições de liquidez e patrimônio de bancos pequenos no Brasil. “A falta de informações sobre as inconsistências encontradas no Panamericano e como foram descobertas torna muito difícil determinar quais outros nomes (se existem) no setor podem estar vulneráveis aos mesmos fatores”, diz o Itaú em relatório desta manhã.
“Acreditamos que o mercado deverá penalizar sobretudo todos os nomes que estão mais expostos ao segmento de crédito ao consumo, como Cruzeiro do Sul e BMG”, continua o Itaú.
Para Eduardo Roche, analista do Banco Modal, muitas lacunas sobre o empréstimo concedido ao acionista controlador para sanear as contas do Banco Panamericano ainda não foram explicadas. Mas ele classifica como uma "falha grave" o fato de os filtros da Caixa Econômica Federal, do Banco Central (BC) e de auditores independentes não terem identificado um problema de "tamanho gigantesco".
"Fica no ar como os envolvidos não perceberam. Todo o processo está mal explicado, mas, em todo caso, o efeito na Bolsa pode ser isolado e limitado", avalia, apostando que as ações de grandes bancos devem seguir voláteis.
Analistas acreditam que o caso tende a elevar ainda mais a volatilidade observada nos negócios nos últimos dias. Ainda assim, as atenções dos agentes estão voltadas para o exterior, onde as bolsas voltam a mostrar fraqueza. Um dia antes do início do encontro de cúpula do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), na Coreia do Sul, a China informou um superávit comercial acima do esperado em outubro, de US$ 27,1 bilhões, com aumento das exportações e das importações, em base anual, mas com redução nas compras de commodities.
Além disso, o gigante emergente adotou medidas específicas para conter o crescimento do crédito, diante das preocupações com a alta da inflação no país e das apostas de aumento do fluxo de capital especulativo. Nos EUA, a agenda econômica prevê a divulgação do número de pedidos de auxílio-desemprego na semana. No mesmo horário, será divulgado o saldo da balança comercial do país em setembro.
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