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31 de janeiro de 2011

Revolta no mundo árabe.Atualização.

Queridos leitores, obrigado pela preferência e estou postando aqui um apanhado geral, sobre os acontecimentos no mundo árabe.
Não só no Egito, mas em outras nações o povo sai às ruas, pedindo por reformas políticas e econômicas. Algo jamais visto até então, quando se trata de países comumente liderados por ditaduras que servem a interesses externos, um claro exemplo disso, o próprio Egito de Mubarak.
São esperadas manifestações na Jordãnia, Líbano ( este vive clara tensão política ) e Síria , portanto  estes epsisódios, aumentam as preocupações em todo mundo, quanto a estabilidade em uma região tão explosiva, como é o Oriente Médio.
Daniel Lucas
Mundo Árabe
Boa Leitura!
Marrocos não será provavelmente uma excepção"
Quase todos os regimes autoritários do Magrebe serão afectados pelas revoltas sociais, que são uma ruptura geracional com os movimentos de protestos de há mais de duas décadas, salienta o príncipe Mulay Hicham. Terceiro na linha de sucessão no reino de Marrocos, Hicham pensa que o seu país não deverá escapar à onda de revolta no mundo árabe.
"Marrocos ainda não foi afectado, mas não nos devemos equivocar: quase todos os regimes autoritários serão afectados pela onda de protestos. Marrocos não será provavelmente uma excepção. Fica por saber se a contestação será só social ou também política, e os grupos políticos, animados com os últimos acontecimentos, vão animar-se. Mais vale curar-se com saúde e praticar a abertura antes que chegue a onda de protestos e não depois. (...) A onda de liberalização política iniciada nos finais dos anos noventa está quase esgotada", lamentou o príncipe, em entrevista telefónica ao El País, a partir de Paris.
Mulay Hicham, que mantém uma relação tensa com o rei Mohamed VI, considera que há uma ruptura geracional nos motivos que inspiram os protestos actuais, liderados por movimentos de jovens. "O conflito árabe-israelita não está no coração dos novos movimento democráticos. O islamismo radical não os inspira. O acto fundamental da 'revolução jasmim' em Tunes foi a imolação de um jovem licenciado, o que não tinha qualquer carácter religioso. Os novos movimentos já não estão marcados pelo anti-imperialismo, o anti-colonialismo e o anti-secularismo. As manifestações de Tunes e do Cairo carecem de qualquer simbolismo religioso. Rejeitam a tese da excepção árabe", vincou o príncipe, autor de artigos académicos sobre o mundo árabe.

Mundo árabe: Onda de protestos chega à Argélia e Sudão

DEPOIS da Tunísia e Egipto, a onda de manifestações está a espalhar-se pelos países árabes do Continente Africano, tendo no fim-de-semana atingido a Argélia e o Sudão, com milhares de jovens a exigirem a mudança dos respectivos governos.
Maputo, Segunda-Feira, 31 de Janeiro de 2011:: Notícias
Milhares de pessoas protestaram no sábado em Bejaia (250 quilómetros a leste de Argel) e em Kabilia por “uma mudança de regime” na Argélia, obedecendo à convocação de um partido da oposição, indicaram os organizadores.
Os manifestantes responderam ao chamamento da Reunião pela Cultura e a Democracia (RCD) e marcharam calmamente pelas ruas de Bejaia.
“A manifestação reuniu mais de 10 000 pessoas”, afirmou à AFP o presidente da RCD, Said Sadi. Os manifestantes gritaram slogans inspirados nos recentes acontecimentos da Tunísia. Muitos gritaram “por uma mudança radical de regime”, segundo um senador da RCD, Mohamed Ikahervan.
Um protesto para exigir “o fim do sistema” está previsto para 12 de Fevereiro em Argel, convocado pela recém-criada Coordenação Nacional pela Mudança e Democracia, que reúne movimentos de oposição e organizações da sociedade civil.
Por seu turno, em Cartum, a capital do Sudão, centenas de jovens sudaneses manifestaram-se ontem contra o Governo e entraram em confronto com a Polícia, tendo pelo menos cinco deles sido presos, segundo a AFP.
Os confrontos começaram quando os manifestantes atiraram pedras contra agentes da Polícia, que reagiram com cassetetes.
Também na Universidade Islâmica de Omdurman, cidade dos arredores de Cartum, milhares de manifestantes marcharam pelas ruas, gritando slogans contra o presidente Omar el-Bashir, diante de um grande contingente de polícias.
No Egipto, onde as manifestações começaram há cerca de uma semana, o Presidente Hosni Mubarak nomeou sábado um vice-presidente, pela primeira vez desde que chegou ao poder há quase 30 anos, e um novo primeiro-ministro.
Mubarak indicou que não renunciaria, numa altura em que crescem os protestos dentro e fora do país. Várias centenas de pessoas manifestaram-se fim-de-semana em Nova Iorque e na França, exigindo a demissão do Presidente Hosni Mubarak.
A França, Alemanha e Reino Unido apelaram ontem, numa declaração comum, ao Presidente egípcio, Hosni Mubarak, para “evitar a todo o custo” o uso da violência contra civis e iniciar “um processo de mudança”.


Entenda os protestos no Egito

 
O Egito vive a maior onda de protestos de sua história Foto: Miguel Medina/AFP O Egito vive a maior onda de protestos de sua história.
O Egito vive desde 25 de janeiro a maior onda de manifestações da sua história. A população exige a renúncia do presidente Hosni Mubarak, no poder há 30 anos com apoio do partido PND (Partido Nacional Democrático), o maior do país.

A mobilização é inspirada na "Revolução do Jasmim", movimento que derrubou em janeiro Zine El Abidine Ben Ali, que comandava a Tunísia havia 23 anos. Outras nações do norte da África, como Mauritânia, Argélia, Sudão, Iêmen, Omã e Jordânia também têm levantes semelhantes.

Sob o nome de "Movimento 6 de Abril", a oposição egípcia promoveu uma escalada nos protestos, combatidos com violência pelo governo. Eles também estão insatisfeitos com a situação econômica do país e com o alto índice de desemprego. O número de mortos até o momento é incerto, mas emissoras como a árabe Al-Jazeera,
banida do Egito, falam em 150 óbitos.

O número de presos passou dos 700 antes de as cadeias entrarem em colapso e fugas em massa ocorrerem. Existe a suspeita de que as forças de repressão tenham permitido a saída dos presos para justificarem ações mais duras. Desde então, além dos protestos, há registros de furtos em diferentes partes de Suez, Alexandria e da capital Cairo, as maiores cidades do país, todas com toque de recolher desde 28 de janeiro.  A população se armou para defender prédios e casas.

Os protestos eram programados pela internet em sites
como o Twitter e Facebook, porém a internet sofreu cortes no país. O governo diz não ter havido interferência, mas as mensagens curtas (SMS) entre celulares também foram bloqueadas.

Oposição fragmentada

Fazem parte do movimento oposicionista a Mubarak diferentes grupos, entre eles a Irmandade Muçulmana, facção radical que inspirou o grupo Hamas, da Palestina, e a revolução iraniana, que substituiu uma ditadura por outra, de cunho religioso.

Também lidera os protestos o ex-chefe da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) e Nobel da Paz Mohamed ElBaradei. Ele foi
escolhido para negociar com o governo e se ofereceu para comandar um governo de transição. O ativista fez crítica ao posicionamento dos Estados Unidos, que prega a democracia na região, mas apoia o regime de Mubarak.
Reação governamental
Mubarak anunciou mudanças na esperança de conter os protestos. Os ministros renunciaram, mas isso não aplacou a insatisfação popular. O presidente então decidiu cercar-se de militares para garantir sua lealdade.

Empossou como vice-presidente o
ex-chefe do serviço de Inteligência, Omar Suleiman. Outro militar, Ahmad Shafic, ex-comandante da Força Aérea, foi nomeado primeiro-ministro.

Repercussão internacional

Por causa da importância estratégica do Egito e seu papel de interlocutor no conflito Israel-Palestina, países ocidentais são cautelosos nas críticas a Mubarak. Há o temor de que a presença da Irmandade Muçulmana nos protestos gere uma ditadura religiosa como a do Irã.

Israel, preocupada com o surgimento de uma nação hostil onde antes havia um aliado,
pediu aos Estados Unidos e Europa que apoiem Mubarak para que a estabilidade na região seja mantida. Após a escalada da violência, os americanos aumentaram o tom das críticas e chegaram a pedir mudanças profundas no governo egípcio. Hillary Clinton, chefe da diplomacia, negou que as alterações propostas pela ditadura no Egito sejam suficientes. Apesar disso, a ajuda financeira ao país, cerca de 1,3 bilhões de dólares, está mantida.

Países como Japão, Canadá e Estados Unidos
estão se mobilizando para retirar seus cidadãos da área de conflito. Os chineses bloquearam buscas pelo termo “Egito” na internet.
Fonte: Band News.

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