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3 de fevereiro de 2011

Um Egito sob expectativa!

Opositores forçam recuo de partidários de Mubarak no Cairo

Contra todas as expectativas, opositores ganham terreno e expulsam governistas de ruas perto da praça Tahrir; há oito mortos

Raphael Gomide, enviado ao Cairo, Egito | 03/02/2011 13:48




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Foto: AP
Manifestantes antigoverno cercam homem que acreditam ser partidário de Mubarak na praça Tahrir
No décimo dia de protestos no Egito, manifestantes antigoverno revidaram contra as ações de violência de partidários do presidente egípcio, Hosni Mubarak, os expulsando de algumas ruas perto da praça Tahrir que eles controlavam. A praça foi palco de violentos confrontos na quarta-feira.
Do hotel Ramsés Hilton era possível ver que, contra todas as expectativas, os opositores ganharam terreno e afastaram os pró-Mubarak, que estão se dispersando, bem além da área da praça. Em frente ao hotel, que passou a ser protegido por uma barreira do Exército, ocorriam batalhas de pedra entre os manifestantes dos dois grupos. Foram disparados mais de 60 tiros e houve dezenas de explosões nas redondezas da praça.

O Exército, que tentava separar os dois grupos rivais, parece ter fracassado em controlar as multidões. Os confrontos iniciados na quarta-feira deixaram pelo menos oito mortos e 890 feridos, segundo o Ministério da Saúde do Egito. A ONU estima que mais de 300 tenham morrido desde o início dos protestos no país, no dia 25 de janeiro.
Os novos choques aconteceram pouco depois de o vice-presidente do país, Omar Suleiman, anunciar que o filho de Hosni Mubarak, Gamal, não concorrerá à presidência - uma das principais exigências dos opositores. Analistas e a maioria dos egípcios acreditavam que Gamal estava sendo preparado para suceder o pai.
Em um pronunciamento em rede nacional de TV na terça-feira, Mubarak disse que não concorreria às eleições presidenciais de setembro, mas não mencionou seu filho.
Nesta quinta-feira, o primeiro-ministro do Egito, Ahmed Shafiq, pediu desculpas à população pelos violentos confrontos de quarta-feira no Cairo. "Esse é um erro fatal", disse Shafiq à rede privada de TV Al-Hayat. "Quando as investigações revelarem quem está por trás desse crime e quem permitiu que ele ocorresse, eu prometo que eles serão responsabilizados e punidos pelo que fizeram."
"Não há qualquer desculpa possível para atacar manifestantes pacíficos, e é por isso que eu estou pedindo desculpas", afirmou o premiê, que pediu ainda que os participantes dos protestos "vão para casa e ajudem a encerrar essa crise".
Shafiq também disse estar "pronto para ir até a praça Tahrir" e dialogar com os manifestantes contrários ao governo. Mas os grupos que estão na praça Tahrir rejeitaram a negociação. "Não vamos aceitar qualquer diálogo com o regime até que nossa principal seja atendida, ou seja, que o presidente Mubarak deixe o poder", afirmou Amr Salah, que representa alguns dos grupos de manifestantes.
Em meio à escalado dos protestos, jornalistas estrangeiros estão sendo alvo de intimidação de manifestantes pró-Mubarak nas ruas do Cairo. A suposta justificativa para as agressões era de que a imprensa internacional estaria fazendo uma cobertura a favor dos manifestantes que querem a queda do chefe do executivo egípcio.
Nesta quinta-feira, ao menos quatro jornalistas - duas espanholas, um holandês e uma libanesa - foram retirados à força de táxis onde estavam e ameaçados por hordas de homens, e até crianças, armados de facões sujos de sangue.

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