Partidários e opositores de presidente do Egito entram em choque no Cairo
Ataques com pedras e paus deixam mais de 200 feridos; mais três conselheiros da presidência renunciam em meio à crise causada por decreto e projeto de Constituição
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Partidários e opositores do presidente do Egito, Mohammed
Morsi, entraram em choque nesta quarta-feira em frente ao palácio
presidencial no Cairo. Os grupos convocaram manifestações
um dia depois de um protesto com cerca de 100 mil participantes
ter forçado o líder a deixar o local pela porta dos fundos.
Os confrontos com pedras, paus e bombas
incendiárias deixaram mais de 200 feridos, segundo fontes da área de
Saúde, e começaram quando milhares de partidários de Morsi, a maioria
filiados à Irmandade Muçulmana, marcharam até uma área em frente ao
palácio presidencial onde cerca de 300 opositores estavam acampados.
De acordo com uma fonte de segurança citada
pela AFP, a polícia de choque precisou intervir na noite desta quarta
para tentar separar os partidários e opositores de Morsi em frente ao
palácio presidencial. Os choques ainda continuam nas ruas adjacentes.
Grupos de oposição acusam Morsi de se apropriar ditatorialmente de amplos poderes por meio de um decreto
para impor a nova Constituição
, redigida por uma assembleia dominada por políticos islâmicos. A
Constituição será promulgada se for aprovada num referendo
na semana que vem.
Citadas pela agência Reuters, fontes
presidenciais disseram que três integrantes da equipe de 17 conselheiros
do presidente egípcio deixaram seus cargos por causa da crise. As
renúncias apresentadas por Seif Abdel Fattah, Ayman al-Sayyad e Amr
al-Leithy elevam para seis o número de assessores da presidência que
deixaram seus cargos após o decreto emitido no dia 22.
Nesta quarta-feira, o vice-presidente do
Egito, Mahmoud Mekki, afirmou que o referendo será realizado no dia 15,
como planejado, apesar dos protestos que, segundo ele, não são a forma
correta de solucionar a crise. "Há real vontade política de responder às
demandas do público", afirmou. "A porta para o diálogo está aberta para
aqueles que se opõem ao esboço da Constituição."
O esboço da nova Carta, aprovado às pressas, é
acusado de não proteger alguns direitos fundamentais, incluindo a
liberdade de expressão, e de abrir a porta para uma aplicação mais
rigorosa da lei islâmica ( sharia
).
Na terça-feira, o opositor e ex-chefe da Liga Árabe Amr
Moussa, que se retirou da Assembleia Constituinte, disse que o texto não
contém as liberdades que devem ser garantidas no século 21.
O Ministério da Saúde informou que 18 pessoas ficaram
feridas nos confrontos de terça-feira. A polícia usou gás lacrimogêneo
quando os manifestantes quebraram as barricadas e chegaram aos muros do
palácio.
Com AFP e Reuters
eles nao quizeram tirar mubarak, agora aguentem tomara que coloquem todo cidadão egipicio sobre o chicote, para aprenderem.
ResponderExcluirOi, é crise egíp C ia
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