16 de marzo de 2012, 07:56Washington, 16 mar (Prensa Latina) Autoridades federais estadunidenses implementaram desde hoje um "estado de alerta" em todas sedes governamentais, depois de uma advertência sobre prováveis atos de violência terrorista.
Um boletim conjunto do Bureau Federal de Investigações (FBI) e do Departamento de Segurança Interior alertou nesta quinta-feira a respeito de uma provável "mobilização extraordinária de forças extremistas em território norte-americano." De acordo com os organismos de segurança, os principais alvos dos hipotéticos ataques seriam instalações militares e instituições do governo nacional.
A matança de civis afegãos em Kandahar na semana passada produziu tensões antiestadunidenses por todo o Afeganistão, expressadas através da queima de cruzes religiosas e bonecos de Barack Obama.
O relatório do FBI alerta a respeito de um específico alto nível de ameaça neste momento porque - afirma - todos os recentes incidentes foram percebidos no mundo muçulmano como ofensas contra o Islã.
O massacre de 16 afegãos perpetrada por um sargento de Seattle domingo passado e a queima de livros do Alcorão também por tropas estadunidenses no mês passado, são elementos que complicam as perspectivas do Pentágono no Afeganistão.
O Governo do presidente Obama discute agora como se retirar mais rápido desse país centro-asiático, depois dos infames acontecimentos que comprometem ainda mais a segurança das unidades militares a serviço neste país.
A administração federal considera reduzir as forças com a retirada de 20 mil elementos a partir de 2013, um fato que reflete a crescente preocupação da Casa Branca em relação a esta operação no Oriente Médio.
Thomas Donilon, assessor de segurança nacional, sugere que um agregado de 10 mil militares deveria voltar em dezembro de 2012, e outro contingente de 20 mil teria que estar pronto para a mesma operação em junho de 2013.
O vice-presidente Joseph Biden pressiona para que a decisão seja ainda mais radical, reduzindo a participação de seu país a um mero papel de apoio logístico para as forças armadas estadunidenses ainda na nação oriental.
Os Estados Unidos mantêm atualmente 90 mil tropas no Afeganistão, com 22 mil soldados que devem regressar em setembro, ainda não há previsão de movimentos para os outros 68 mil elementos.
O soldado estadunidense que assassinou 16 civis nas vilas de Alkozai e Najeeban é proveniente da base Lewis-McChord, com antecedentes de irregularidades, indisciplinas, e múltiplos relatórios de recrutas com desordens mentais.
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