11.03.2012, 13:25 |
© colagem: Voz da Rússia | |
Foi declarado que Atenas entrou em fase de falência ou default. Foi assim que a agência internacional de rating “Moody’s” avaliou a situação econômica da Grécia. Os seus peritos declararam que os parâmetros do acordo, que o gabinete de Lucas Papadimos fez nesta semana com os credores particulares, correspondem precisamente ao parâmetro de falência.
Atenas não está em condições de servir as suas dívidas no valor de centenas de bilhões de euros. O governo da Grécia necessita para isso da ajuda de fora. Os parâmetros desta ajuda são tema de conversações difíceis que se prolongam já há por vários meses. Bruxelas impõe novas e novas condições e exige garantias e compromissos, Atenas faz de mau grado as concessões.
No entanto, em finais de fevereiro o Banco Europeu Central, a Comissão Européia e o Fundo Monetário Internacional resolveram conceder à Grécia mais um pacto de ajuda financeira no valor de 130 bilhões de euros. Existia um único empecilho: Atenas devia acordar com investidores particulares o cancelamento de uma grande parte das dívidas. A maior parte deles admitiu, afinal, as condições, propostas pelo governo grego, de troca de títulos públicos. E os que não concordarem, serão forçados a admitir esta troca nas mesmas condições, isto é, de acordo com a “norma de ação coletiva”, introduzida por Atenas.
Afirma-se que o maior acordo na história da Europa com investidores particulares sobre o cancelamento de uma parte da dívida estatal vai salvar Atenas da falência descontrolada. No entanto, a agência “Moody’s” anunciou que a Grécia é incapaz de servir as suas dívidas, mas explicou que isso não vai influenciar o rating creditório da Grécia, que continua no nível C, isto é, o mais baixo nível possível.
Os peritos aconselham não levar muito a sério em consideração as declarações das agências de rating. Ultimamente, a confiança em relação a semelhantes apreços diminuiu bruscamente,- afirmou Serguei Smirnov, diretor do Instituto de Política Social da Escola Superior de Economia.
"Sabemos muito bem, o que é que as agências de rating são na realidade. Soube-se que em muitos casos se trata de certos roteiros encomendados e está claro, quem é que lucra com isso. Eu preferiria orientar-me pelos governos dos respectivos países – pelos seus ministérios das finanças e estruturas administrativas competentes, que lidam não com os prognósticos abstratos mas com problemas perfeitamente concretos, relacionados à retirada da Grécia da crise.Creio que serão lançadas todas as forças para impedir uma falência deste gênero."
Espera-se que a troca de títulos públicos da Grécia seja concluída a 12 de março. Depois disso a União Européia e o Fundo Monetário Internacional irão conceder a este país a primeira tranche do crédito total de 130 bilhões. Uma parte desta soma será gasta para pagar os detentores dos novos títulos públicos e para compensar as perdas dos bancos gregos que foram sinistrados mais de todos pela reestruturação da dívida soberana do país.
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