Acostumados a viver cenários apocalípticos, como Guerra do Golfo e Segunda Intifada palestina, israelenses se preocupam sem alarde
Quando o premiê isralense, Benjamin Netanyahu, aterrissou em Israel depois de sua fatídica visita a Washington e dias de manchetes de jornal sobre a possibilidade de um confronto militar de seu país com o Irã, os israelenses estavam se preparando para uma festa.
Era a véspera de Purim, a barulhenta festa comemorada pelos judeus com bailes à fantasia e carnavais de rua, fogos de artifício e brincadeiras lúdicas. O feriado comemora a libertação dos judeus de uma trama bíblica armada por Haman, o grão-vizir (conselheiro) do Império Persa, que os queria exterminar. A tradição dos rabinos recomenda embriaguez até que os foliões já não possam distinguir os bons dos maus.
Dada a gravidade das conversas com o governo Obama e as advertências cada vez mais urgentes de Washington sobre as consequências potencialmente desastrosas de qualquer ataque preventivo israelense contra instalações nucleares do Irã, um estranho poderia ter sido perdoado por pensar que os israelenses não haviam internalizado os perigos ou estavam aceitando tudo com um ânimo leve demais.
Os observadores mais experientes, no entanto, não viram nada de incomum na indiferença popular, observando que os israelenses estão acostumados a viver em meio a cenários supostamente apocalípticos.
Foto: AP
Obama esteve com premiê israelense em 5 de março; Irã foi tema predominante de reunião
"O nosso limite para pânico é muito alto", disse Gadi Wolfsfeld, professor de ciência política e comunicação na Universidade Hebraica de Jerusalém. "Quem viveu aqui tempo suficiente passou por tantos horrores diferentes", acrescentou, citando a guerra do Golfo Pérsico de 1991, quando os israelenses usaram máscaras de gás depois de uma ameaça com armas químicas, os atentados de ônibus da Segunda Intifada palestina e a guerra de 1973, quando o ministro da Defesa, Moshe Dayan, temia a destruição nacional.
Segundo Wolfsfeld, sem o terrorismo real e nenhuma ameaça imediata de guerra "para os israelenses, está tudo ótimo".
Vida financeira
As crescentes tensões com o Irã não tiveram nenhum efeito sobre os israelenses em sua tomada de decisão financeira, embora o investimento estrangeiro pareça estar suspenso, de acordo com Yair Seroussi, presidente do conselho de administração do Banco Hapoalim, o maior de Israel.
"Para os israelenses, os negócios continuam como normalmente", disse Seroussi, observando que uma crise a cada poucos anos faz parte da rotina de Israel. "Nós nascemos para isso, não?"
O humor local tem atacado a crise nuclear com o Irã. Na época em que Netanyahu se reuniu com o presidente americano, Barack Obama, na Casa Branca para discutir como impedir o Irã de atingir a capacidade militar nuclear, embora o país insista que seu programa nuclear serve apenas para fins exclusivamente pacíficos, um popular programa de televisão de humor israelense transmitiu sua programação do "reator nuclear de Bushehr."
Lá os adoravelmente ineptos cientistas iranianos e seu chefe, cuja mão havia se transformou em um pata de cachorro, participavam de uma comemoração obrigatória do Purim assistindo a uma cerimônia fúnebre para Haman, que acabou na forca.
A cerimônia sombria parecia aquelas celebradas por israelenses no Dia de Lembrança do Holocausto e a comemoração anual para os soldados caídos de Israel. Assistindo a um canal de televisão israelense que transmitia o carnaval de rua, um cientista iraniano mal podia esconder sua inveja enquanto outro murmurava: "Negadores do Purim".
Recomendações a turistas
Shirley Avrami, que dirige o Centro de Pesquisa e Informação do Parlamento Europeu, lançou um guia de sites recomendados para turistas israelenses que visitam o Irã em tempos de paz. Ela disse por telefone que compilou a lista como uma "reação" depois de ler uma notícia de que seu colega no Parlamento iraniano havia publicado uma lista de sites israelenses que deveriam ser atacados em caso de guerra.
E talvez apenas em tom de brincadeira, os israelenses criaram uma página no Facebook encorajando Netanyahu a não atacar o Irã até depois do show da Madonna, marcado para 29 de maio em Tel Aviv.
Não que os israelenses não estejam cientes da gravidade da situação. Pesquisas recentes indicam que uma clara maioria se opõe a qualquer ataque israelense ao Irã sem o apoio dos Estados Unidos. A mídia israelense tem dado cobertura de destaque nos últimos meses a proeminentes opositores de uma ação militar, como Meir Dagan, ex-diretor da agência de inteligência de Israel, a Mossad.
"É muito assustador. Por um lado temos de parar o armamento iraniano, por outro há o medo de que tudo isso seja um pouco grande demais para nós", disse a secretária Hagit Kochavi, 45 anos, enquanto fazia compras para um traje para o Purim em um shopping de Jerusalém.
Ela acrescentou que o primeiro mundo deve esgotar a via das sanções e pressão diplomática para tentar forçar o Irã a congelar seu programa de enriquecimento nuclear.
É amplamente sabido que qualquer ataque preventivo seria um convite à retaliação iraniana e seus aliados regionais, incluindo mísseis contra cidades israelenses, e que os civis estariam na linha de frente.
Alguns recorrem à fé, e apesar de todas as divisões do costume, muitos israelenses em grande parte confiam no Exército e na liderança política sobre essas questões.
"Ter medo não vai mudar nada", disse Rafael Amar, 29 anos, que vende cafés especiais e máquinas de café expresso. "Mesmo durante as guerras nós permanecemos bastante calmos."
*Por Isabel Kershner
Saudades do Führer. Da noite dos cristais...
ResponderExcluirO que Hitller fez nas noites de cristais GUDERIAN? me explique, só sei uma coisa que talves voce não saiba: QUANDO OS RUSSOS ESTAVAM ENTRANDO NA ALEMANHA, a única coisa bestial e louca que ele fez foi: ELE MESMO DAR UM TIRO NA CABEÇA DE SUA PRÓPRIA CADELA DE ESTIMAçÃO, pra depois se suicidar.COVARDE, agora atualmente estamos pra ter outros Hitllers, não só um Hitller, o homem era tão louco que ele saiu lá da Europa pra atacar as Costas Brasileiras e afundar navios mercantes, isso é bombardear o Brasil sabias?
ResponderExcluirDeixa de ser ingênuo. Qualquer criança sabe que aquilo foi obra dos americanos para forçar o Brasil a entrar na guerra ao lado dos aliados, pois à epoca, Getúlio flertava com o Fascismo.
ExcluirCovarde? Pra quê ele ficaria vivo? Para ter o memo fim de Mussoline? Ser vilipendiado em praça pública, pendurado de cabeça para baixo, seminu e com o rosto desfigurado?
Você deve ler de outras fontes, pois os livros que você leu na escola foram editados pelos vencedores. A história é contada pelos vencedores. Os derrotados não têm direito à palvara, é o preço da derrota. Mas há sempre dois lados...
Stalin e Mao, por exemplo, mataram muito, mas muuuito mais pessoas que Hiltler. Mas eles não foram demonizados. Sabe por que? Porque estavam do lado vencedor.
E, hoje em dia, os EUA mata muito mais que todos esses juntos.
Wagner-Voce sabe quem foi Olga Benari, acredito que sim, mas que não sabes, no primeiro item voce falou a verdade, Getúlio foi tão Covarde, que enviou deportada para a Alemanha a mesma que era esposa de LUIZ CARLOS PRESTES, comunista radicado no Brasil, ela era Alemã, veio ao Brasil contatada pela Russia, para ajudar a implantar o comunismo aqui, se Getulio era facista mesmo, porque ele deportou Olga Benarí para a Alemanha?
ExcluirITEM 2-Covarde-Hitler não fez a mesma coisa com seus inimigos?
ITEM 3-LER DE OUTRAS FONTES-Eu não sou de outras fontes, pra te falar só uma coisa na crise Misseis 1962 Cuba, eu estava dentro de sala de aula, portanto estou bem informado de tudo
ITEM 4-Os dois citados acredito de eram racionais matavam e sabiam o que estavam fazendo, Hitller não era deficiente mental mesmo, matava e depois não se lembrava,
ITEM 5-Ai voce não falou a verdade, porque só Stalin matou 20.000.000 de Russos, os EUA ja mataram 20.000.000 de Americanos?
Não, Anônimo... os EUA não mataram 20.000.000 de americanos! Você está de ironia ou está falando sério?
ExcluirCom a Alemanha já destruida pela a guerra e sem forças para lutar, os ianques fizeram em Dresden o maior bambardeio da história, matando mais de 500mil civis. Com a guerra terminada lançaram duas bombas atômicas sobre o Japão. Depois mataram não sei quantos na guerra da Coreia. Depois, mais não sei quantos na guerra do Vietnã. Promoveram e patrocinaram todas as ditaduiras da américa latina, inclusive aqui no Brasil. Ministrando cursos de tortura às autoridades desses países, onde morreram milhares e milhares pessoas. No Iraque, só de civis foram mais de 250 mil e deixaram o país completamente destruído e sem futuro. Eles Mantém várias prisões clandestinas ao redor do mundo. Você só conhece Guantanamo, mas existem dezenas dessas espalhadas por aí.
Olga Benário foi mais uma, entre tantos outros comunistas que sucumbiram à opressão de regimes contrários à doutrina comunista. Não fosse Hitler, um outro contrário ao comunismo faria o mesmo. O caso dela ficou famoso pois era mulher de Luis Carlos Prestes. Mas te asseguro que muitas outras mulheres que você nunca ouviu falar sofreram horrores nas masmorras da ditadura antes de morrerem. É o preço de querer implantar o comuinismo no quintal dos EUA.
Eu comunista,podem falem o quiserem mas, nao adimito nimguem falar dos comunista na minha presença.
ResponderExcluirANONIMO-Quem está falando de anonimo comunista? estamos comenyando um fato leia e procure entender direitinho.
ExcluirNá verdade,eu sou comunista, mas podem falar,o que quizerem,eu esta soh bricando.
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