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20 de abril de 2012

Irã adverte que reação será proporcional a sanções e ameaças

Via blog IAnotícias


O Irã aconselhou hoje o Ocidente a reconsiderar sua atitude frente às próximas conversas nucleares, mas afirmou que cortará a venda de petróleo a mais países europeus se as sanções continuarem, e responderá com contundência a qualquer agressão.

Em declarações separadas, líderes religiosos, autoridades de governo e chefes militares se pronunciaram a favor da defesa dos interesses nacionais frente à persistente hostilidade dos inimigos da República Islâmica, apesar dos recentes diálogos em Estambul.

O ministro de Petróleo, Rostam Qasemi, sublinhou que "se as atuais sanções impostas (pela União Europeia e os Estados Unidos) não são levantadas e se estabelecem outras novas contra o país, isso sacudirá seriamente o mercado energético" mundial.

Qasemi referiu-se assim à decisão de Teerã de cortar as vendas de hidrocarbonetos à Grã-Bretanha, França, Grécia e Espanha, e ter em mira outras nações do bloco comunitário que adotaram em janeiro passado um veto às vendas do combustível iraniano à União Europeia (UE).

Além disso, a UE decidiu congelar os ativos do Banco Central do Irã no território comunitário, adotando medidas punitivas contra o setor energético e bancário iniciadas por Washington no final de 2011.

O titular persa explicou que Teerã cortou oficialmente a exportação de petróleo a Londres e Paris (anunciado semanas atrás), e acrescentou que cancelou especificamente transações com a companhia Royal Dutch Shell, que tenta pagar uma dívida de bilhões de dólares.

Indicou que ainda "não é oficial" o corte das vendas a refinarias espanholas, alemãs e gregas, estas últimas também em processo de pagamento da uma substancial dívida com o Irã.

Disse também confiar que na próxima rodada de debates entre o Irã e o Grupo 5+1 (os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha), prevista para o dia 23 de maio em Bagdá, se refletirá uma mudança de postura de seus interlocutores.

No entanto, Qasemi sublinhou que seu país não tem problema algum para exportar seu petróleo e já encontrou outros consumidores com os quais assinou novos contratos para a venda do combustível, caso entre em vigor a sanção da UE a partir de 1 de julho próximo.

Por outro lado, o comandante das forças terrestres do Exército do Irã, brigadeiro general Ahmad Reza Pourdastan, destacou a elevada capacidade militar defensiva das tropas para contrarrestar qualquer ameaça e "responder com contundência, segundo o nível de agressão".

"Nossas forças têm um alto nível de capacitação para defender o país de fortes ataques inimigos em todos os cenários de batalha ... procuramos melhorar nossas relações em uma atmosfera de calma e sem tensões", apontou Pourdastan.
 
Fonte: Prensa Latina 
e IAnotícias.blogspot.com.br

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