Questão se complica no Mar do Sul da China
Recentemente, um navio de guerra das Filipinas e dois barcos de patrulha da China envolveram-se num confronto nas águas da Ilha de Huangyan, no Mar do Sul da China. A causa deste incidente encontra-se na tentativa filipina de capturar dois pescadores chineses. A Ilha de Huangyan pertence à China e a "aplicação de lei" dos filipinos constitui uma violação da soberania chinesa, além de ser uma quebra do consenso encontrado entre os dois países para a garantia de paz e estabilidade da região. As ilhas do Mar do Sul da China pertencem à China, o que pode ser comprovado por documentos históricos. Apesar disso, desde a década de 70 do século passado, as Filipinas têm ocupado nove ilhas do Mar do Sul com o objetivo de explorar recursos marítimos e petróleo da região. Com o crescimento da China durante o século 20, as Filipinas receiam uma tomada, através da força, das ilhas por si ocupadas. A fim de assegurar o controle dessas ilhas, a parte filipina alia-se a outros grandes países para conter a China, ao mesmo tempo que vai afirmando a intenção de entregar a questão do Mar do Sul à ONU.
Para o professor da Faculdade de Relações Internacionais da Universidade de Xiamen, Xu Ke, a estratégia das Filipinas de convidar outros países a envolverem-se na questão, vai de encontro aos interesses dos norte-americanos. Os EUA querem aproveitar esta oportunidade para controlar o canal marítimo chinês entre o Oceano Pacifico e o Oceano Índico e conter o desenvolvimento chinês. Livres das guerras do Afeganistão e Iraque, os EUA estão retomando a política de "retorno à Ásia". Xu Ke afirmou que a mudança de estratégia dos EUA é o motivo fundamental desta disputa do Mar do Sul.
O presidente das Filipinas, Benigno Aquino III, afirmou que o país vai recorrer à força para proteger o seu "território no Mar do Sul" e entregar a questão à ONU. Ao mesmo tempo, o país pediu que os países da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) assinem a chamada Norma de Ações para a Paz do Mar do Sul, uma tática para pressionar a China a abandonar a força na resolução da questão. Para o professor Xu, o objetivo dos filipinos é continuar a controlar as ilhas da região e explorar os seus recursos marítimos.
Em 2002, a China e os países da ASEAN assinaram uma declaração de paz, que reitera a negociação e o diálogo pacífico como formas de resolução da disputa do Mar do Sul. As diversas partes concordaram em manter a calma e não tomar ações que possam complicar a questão, além de se comprometerem a não enviar cidadãos para morar nos territórios em questão.
A boa vontade da China não encontra respostas amistosas dos países vizinhos. Na disputa do Mar do Sul, a China é a parte que está a sofrer uma invasão. A China persiste numa solução pacífica para a questão, o que não significa fraqueza de intenções ou vontade de abandonar a defesa das suas posições. O objetivo da China é garantir a prosperidade e estabilidade da região, levando em consideração a segurança e desenvolvimento regional, o que constitui o cerne da política externa da China. O país protegerá a sua soberania e nunca abandonará o seu próprio território.
Tradução: Li Jinchuan Revisão: Miguel Torres
Fonte:
China libertou 21 pescadores vietnamitas.
Militares da China alertam sobre confronto no Mar do Sul
Militares da China advertiram os Estados Unidos neste sábado de que os exercícios militares norte-americanos e filipinos aumentaram os riscos de confronto armado sobre o disputado Mar do Sul da China, na mais severa advertência após semanas de tensões.
O jornal oficial do Exército de Libertação da China alertou que os recentes conflitos com as Filipinas em mares disputados para onde ambos os países enviaram navios poderiam se transformar em um conflito direto, e colocou grande parte da culpa em Washington.
Esta semana, as tropas norte-americanas e filipinas lançaram uma quinzena de exercícios navais anuais em meio ao impasse entre Pequim e Manila, que se acusaram de invadir mares soberanos perto da Shoal Scarborough, a oeste de uma antiga base da Marinha dos
Estados Unidos na Baía de Subic.
Os exercícios conjuntos são realizados em diferentes mares em torno das Filipinas; a etapa que ocorre na área do Mar do Sul da China começa na segunda-feira.
"Qualquer pessoa com clareza vê, há muito tempo, que por trás desses exercícios está refletida uma mentalidade que levará a questão sobre o Mar do Sul da China na direção de um confronto militar e a uma resolução por meio da força armada", disse o comentário no jornal chinês, que é o porta-voz do Exército da Libertação do Povo.
"Através deste tipo de ingerência e de intervenção, os Estados Unidos só vão agitar toda a situação do Mar do Sul da China para um caos crescente, e isso, inevitavelmente, terá um enorme impacto sobre a paz e a estabilidade regional."
Via Ianotícias O jornal oficial do Exército de Libertação da China alertou que os recentes conflitos com as Filipinas em mares disputados para onde ambos os países enviaram navios poderiam se transformar em um conflito direto, e colocou grande parte da culpa em Washington.
Esta semana, as tropas norte-americanas e filipinas lançaram uma quinzena de exercícios navais anuais em meio ao impasse entre Pequim e Manila, que se acusaram de invadir mares soberanos perto da Shoal Scarborough, a oeste de uma antiga base da Marinha dos
Estados Unidos na Baía de Subic.
Os exercícios conjuntos são realizados em diferentes mares em torno das Filipinas; a etapa que ocorre na área do Mar do Sul da China começa na segunda-feira.
"Qualquer pessoa com clareza vê, há muito tempo, que por trás desses exercícios está refletida uma mentalidade que levará a questão sobre o Mar do Sul da China na direção de um confronto militar e a uma resolução por meio da força armada", disse o comentário no jornal chinês, que é o porta-voz do Exército da Libertação do Povo.
"Através deste tipo de ingerência e de intervenção, os Estados Unidos só vão agitar toda a situação do Mar do Sul da China para um caos crescente, e isso, inevitavelmente, terá um enorme impacto sobre a paz e a estabilidade regional."
Fonte: Reuters
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