Bombardeios diminuem expectativas de que plano de paz proposto por Kofi Annan seja respeitado por governo e oposição
Forças de segurança sírias intensificaram os ataques contra opositores na Síria, nesta terça-feira. De acordo com ativistas, redutos opositores no norte e no sul do país foram alvos de intenso bombardeio, assim como a cidade de Homs.
De acordo com ativistas, duas pessoas morreram na cidade de Basr al-Harir, no sul do país, e outras três em Idlib, no norte.
Os ataques ocorrem no momento em que o enviado Kofi Annan viaja ao Catar para debater com a Liga Árabe o plano de paz negociado com o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Mais cedo, o chefe da equipe de observadores enviada pela ONU para monitorar o cessar-fogo admitiu que a implantação da missão seria difícil.
“Temos de seguir adiante, passo a passo”, disse o coronel Ahmed Himmiche, em Damasco. “Não é fácil e irá demandar coordenação de todos os lados, primeiramente com o governo sírio e depois com os outros lados. É uma missão difícil que precisa de coordenação e planejamento”, acrescentou.
O militar de origem marroquina chegou no domingo à Síria para executar a missão aprovada pelo Conselho de Segurança que visa supervisionar a implementação do plano de paz proposto pelo enviado da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, ao governo sírio. Sob o plano, o cessar-fogo entre as partes deveria ter entrado em vigor de fato na quinta-feira.
Helicópteros
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que socilitará à União Europeia helicópteros e aviões diante da violência contínua e das longas distâncias que os observadores internacionais teriam de percorrer para chegar aos pontos de conflito.
A trégua é parte do plano internacional para impulsionar o diálogo entre o regime de Assad e a oposição que tenta derrubá-lo do poder. O governo, no entanto, cumpriu com partes do termo. A recente escalada de violência no país, no entanto, diminui as expectativas de que o plano do enviado internacional seja seguido.
Desde o início dos confrontos na Síria, há 13 meses, mais de 9 mil morreram, segundo estimativas da ONU.
*Com BBC e AP
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