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23 de janeiro de 2012

Embargo da UE ao Irã . Reações

UE aprova embargo contra Irã; aumenta tensão sobre Ormuz

UE anunciou nesta segunda-feira sanções contra a importação de petróleo iraniano

Com agências internacionais
BRUXELAS - Diante da imposição da União Europeia (UE) de um embargo total contra as importações de petróleo de Teerã, um deputado iraniano respondeu, dizendo que seu país tem o direito de fechar o Estreito de Ormuz como retaliação.
Heshmatollah Falahapisheh foi citado pela agência de notícias semioficial Mehr. Com a nova imposição, o bloqueio de Ormuz se tornou uma possibilidade ainda maior, teria dito o parlamentar. A reação não é uma novidade. Há tempos, o Irã vem afirmando que irá fechar o estreito se as sanções ocidentais prejudicarem sua venda de petróleo.
Nesta segunda-feira, diplomatas da UE concordaram em impor um embargo total às importações de petróleo do Irã. A medida deve entrar em vigor pleno no próximo dia 1º de julho. O objetivo é pressionar ainda mais o governo de Teerã a voltar para mesa de negociações e discutir seu programa nuclear.
Por enquanto, os membros do bloco europeu estão proibidos de assinar novos acordos com Teerã, e aqueles que já tem parcerias com o Irã - como é o caso de Espanha, Itália e Grécia - têm até julho para cumprir os contratos pendentes.
- Queremos convencer o Irã a sentar à mesa de negociações de onde a deixamos no ano passado, em Istambul - disse Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia.
Alguns países do bloco apresentavam restrições à medida, enquanto Alemanha, França e Reino Unido reclamaram por ações mais duras contra Teerã. Em entrevista ao “El País”, o chanceler espanhol, José Manuel García-Margallo, disse que seu país “vai se sacrificar em nome da segurança da zona”. O Irã é responsável por 20% do fornecimento de petróleo da Espanha. O Irã vende 6% do seu petróleo para a UE, que deve substituir as importações iranianas por outros países do Golfo, como a Arábia Saudita.
O acordo foi o passo final antes da reunião dos ministros de Relações Exteriores da UE que formalizará a aprovação ao embargo. Os 27 chanceleres do bloco se reunirão em Bruxelas ainda nesta segunda-feira. Além do embargo contra o petróleo, os europeus devem adotar novas sanções contra Teerã. A expectativa é que a UE bloqueie parcialmente as operações com o banco central iraniano, deixando de lado apenas as negociações alheias ao setor energético. Mais de 500 pessoas físicas e jurídicas iranianas sofrem hoje com o embargo da UE.

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