Europa não acredita que Irã fechará estreito de Ormuz
"Se for efetuada alguma interrupção na venda do petróleo do Irã, nós com certeza fecharemos o Estreito de Ormuz", garantiu.
O chanceler britânico, William Hague, e o sueco, Carl Bildt, duvidaram que Teerã realmente vá realizar a manobra militar.
"Seria profundamente contraproducente. Prejudicaria mais a eles do que a nós", explicou Bildt.
O chefe da diplomacia espanhola, José Manuel García-Margallo, assegurou que "o fechamento do Estreito de Ormuz seria uma provocação de consequências incalculáveis".
Hague, por sua parte, considerou que uma tentativa de bloquear a passagem seria "ilegal" e "vã".
No entanto, para o diretor do centro de estudos Carnegie Europa, Jan Techau, essa medida ganhou força após o veto europeu às importações de petróleo iranianas. "Antes das sanções, isso prejudicaria muito o Irã, mas agora, faz muito sentido", disse.
Segundo o analista, um movimento desse tipo desencadearia uma escalada das tensões militares no Golfo Pérsico e provocaria quase com certeza uma intervenção militar, seja americana, europeia ou de algum país da região, com o objetivo de restabelecer o trânsito normal pela região.
A disposição de Teerã de entrar num conflito armado dependeria, de acordo com Techau, de quanto o país se sentir golpeado pelas novas sanções internacionais.
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