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13 de janeiro de 2012

Moscou diz que ação contra Irã seria ameaça à segurança russa

 Obrigado Mafel pelo link

EUA alertam líder supremo iraniano de que fechamento de Ormuz terá consequências

Com agências internacionais
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Crise começou quando Teerã decidiu fazer testes com mísseis na região Foto: AFP

Crise começou quando Teerã decidiu fazer testes com mísseis na região AFP
WASHINGTON - Num momento de tensão renovada entre o Ocidente e Teerã, com trocas de acusações sobre o vital Estreito de Ormuz e a questão nuclear, Moscou alertou nesta quinta-feira que qualquer ação contra o Irã será encarada como uma ameaça à segurança russa.
Uma reportagem desta sexta-feira do jornal "New York Times" revelou que os Estados Unidos usaram um canal de comunicação secreto para alertar o líder supremo do Irã, Aiatolá Khamenei, sobre o possível fechamento do Estreito de Ormuz, que divide os golfos Pérsico e de Omã e por onde transitam 35% do petróleo mundial.
- O Irã é nosso vizinho e, se estiver envolvido em qualquer ação militar, isso será uma ameaça direta à nossa segurança - disse Dmitri Rogozin, ao deixar o cargo de embaixador permanente de Rússia na ONU.
Rogozin, frequentemente descrito como anti-Ocidente, foi nomeado vice-primeiro-ministro em dezembro e vai supervisionar o setor de Defesa da Rússia quando retornar a Moscou.
- Estamos definitivamente interessados na não proliferação de armas de destruição em massa - disse Rogozin - Mas, ao mesmo tempo, nós acreditamos que qualquer país tem o direito de quer o que precisa para se sentir confortável, inclusive o Irã.
O chefe do Conselho de Segurança do Kremlin, Nikolai Patrushev, do círculo próximo do primeiro-ministro Vladimir Putin, disse que Israel está empurrando os EUA para uma guerra com o Irã.
Fechamento de estreito ligaria 'sinal vermelho' para EUA
Segundo o New York Times, Washington teria avisado a Teerã que o fechamento é um "sinal vermelho" que poderá provocar uma resposta americana, explicaram funcionários da Casa Branca. As autoridades, no entanto, se recusaram a dar detalhes sobre o raro contato entre os dois governos ou se houve uma resposta do lado iraniano.
A tensão no Golfo Pérsico aumenta a passos largos. A região é uma passagem estratégica para os EUA porque tem conexão com o Golfo de Omã, de onde 16 milhões de barris de petróleo saem todos os dias. Na semana passada, autoridades americanas responderam à ameaça do Irã de fechar o Estreito de Ormuz com a seguinte afirmativa: "vamos agir e reabri-lo". Tal reação, no entanto, só seria possível por vias militares. Na quinta-feira, o secretário da Defesa americano, Leon Panetta, disse a tropas no Texas que não permitirá o fechamento da região.
- Já deixamos muito claro que os EUA não vão tolerar o bloqueio do Estreito de Ormuz. É um outra linha importante para nós e vamos responder a eles (o Irã) - disse Panetta.
O canal secreto de comunicação foi escolhido para dividir secretamente com o Irã a grave preocupação americana sobre o aumento das tensões no Golfo Pérsico, segundo a reportagem do "New York Times". Membros da Marinha no local temem que capitães da Guarda Revolucionária assumam posições provocativas de acordo com a própria vontade, sem nenhuma ordem superior, e detonem uma grande crise.
Apesar de analistas insistirem que a ameaça iraniana é um blefe e uma manobra política para aumentar o preço do petróleo, ninguém nega que o país tem capacidade militar para fechar o Estreito de Ormuz. Nas últimas duas décadas, Teerã vem investindo pesado em armamento. Entre 2007 e 2011, o orçamento militar do país cresceu 380,2%, enquanto o dos EUA aumentou apenas 19%. A agressão, no entanto, poderia atrapalhar a exportação de combustível e também as importações de comida e produtos - que chegam pelo local, agravando ainda mais a crise econômica do país.
- A resposta simples é sim, eles podem bloquear - disse a rede de TV CBS o general Martin Dempsey, chefe do Joint Chiefs os Staffs, principal conselho militar da Presidência.
EUA e Irã têm um histórico de conflitos no Estreito. O mais recente aconteceu em janeiro de 2008, quando o governo de George W. Bush puniu Teerã por um "ato provocativo" depois que cinco barcos armados iranianos se aproximaram de navios americanos em águas internacionais.
Funeral de cientista gera comoção e suposta ameaça de retaliação
Centenas de pessoas compareceram ao funeral do cientista nuclear iraniano Mostafa Ahmadi Roshan, morto na quarta-feira por uma bomba colada a seu carro. Os iranianos gritavam "morte a Israel" e "morte à América", enquanto carregavam o caixão de Roshan. Muitos no Irã acreditam que a morte foi tramada pelos dois países, como parte de uma operação secreta para deter o programa nuclear do presidente Mahmoud Ahmadinejad.
O assassinato do cientista aumentou os pedidos para que o Irã retalie Israel e EUA. Um site iraniano citou uma autoridade não identificada que teria afirmado que o Irão está preparando uma contraofensiva contra o ocidente em resposta ao ataque.
- A comunidade da inteligência iraniana está em uma posição muito boa para desenhar operações de retaliação pelos assassinatos conduzidos pelos serviços de inteligência ocidentais. A resposta iraniana será extraterritorial e extrarregional. Segue a estratégia de que nenhum dos que ordenaram ou conduziram (os ataques) devem se sentir seguros em qualquer parte do mundo - teria dito a autoridade, segundo o site.
EUA enviam segundo porta-aviões para o Estreito
Os EUA enviaram um segundo porta-aviões para o Estreito com cerca de 80 aeronaves e um helicóptero a bordo, informou a 5ª Frota Armada do país na quinta-feira. O porta-voz do Pentágono John Kirby disse, no entanto, que o deslocamento é uma "operação de rotina, planejada há muito tempo" e não está relacionado com as recentes tensões entre Washington e Teerã. Segundo o governo, o novo porta-aviões substituirá o USS John C. Stennis, que voltaria para um base em San Diego.
De acordo com a agências de notícias Reuters, uma outra embarcação, o USS Abraham Lincoln, teria terminado uma visita na Tailândia e estaria no Oceano Índico a caminho do Mar Arábico. Apesar das tentativas de despistar a escalada da tensão, os olhos da comunidade internacional se voltam para a região. Nos últimos dias, 8 mil pilotos e técnicos do Exército americano chegaram em Israel ára participar de manobras militares conjuntas. Tropas israelenses, por sua vez, teriam sido deslocadas para bases americanas na Alemanha.

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