Fotografia do ano 2009 do jacto "Rafale", da Dassault
Lucas Dolega, EpaTambém no negócio do armamento a União Europeia (UE) vive um mau momento. O eixo diretor da UE tinha, no entanto, bons trunfos: o Eurofighter Typhoon, do consórcio franco-alemão EADS, era considerado favorito na disputa duma apetecível encomenda indiana. Mas os clientes acabaram por preferível a concorrência. E foi uma firma francesa, a Dassault, que bateu a joint venture franco-alemã.
A encomenda, no valor de dez mil milhões de euros, era importante para quem vendesse e decisiva para a modernização da força aérea de quem compra. A Índia abrira concurso com o objectivo de comprar 126 jactos de combate e, depois duma pré-selecção, conservava a EADS e a Dassault como "finalistas"
O consórcio franco-alemão EADS confiava na combinação das tecnologias militares dos dois países e também no apoio da chanceler alemã Angela Merkel, afirmado claramente durante uma visista que esta fez à Índia no Verão passado. Mas nada disso foi suficiente.
A Dassault, velha firma do complexo militar-industrial francês, contrapôs ao Typhoon o seu Rafale e convenceu o poder político de Nova Dehli. Segundo fontes indianas citadas em DER SPIEGEL, o argumento decisivo foi a relação entre o custo total dos Rafales e a sua duração estimada.
Apesar das quotas que o Estado francês detém na EADS, o Governo de Paris tem feito lobby a favor da oferta da Dassault. Sarkozy festejou a vitória, prometendo um "apoio total" à execução da encomenda. E, sem dúvida, poderá recolher algum capital político desta vitória comercial, que fez disparar em bolsa as acções da Dassault, com um ganho de mais de 20 por cento, só na tarde de hoje.
Mas o capital político que recolhe Sarkozy à aproximação duma difícil eleição presidencial é uma medalha com o seu reverso: o triunfo francês não constituiu um exemplo de sucesso da colaboração franco-alemã nem um factor de consolidação do diretório bicéfalo da UE.
O consórcio franco-alemão EADS confiava na combinação das tecnologias militares dos dois países e também no apoio da chanceler alemã Angela Merkel, afirmado claramente durante uma visista que esta fez à Índia no Verão passado. Mas nada disso foi suficiente.
A Dassault, velha firma do complexo militar-industrial francês, contrapôs ao Typhoon o seu Rafale e convenceu o poder político de Nova Dehli. Segundo fontes indianas citadas em DER SPIEGEL, o argumento decisivo foi a relação entre o custo total dos Rafales e a sua duração estimada.
Apesar das quotas que o Estado francês detém na EADS, o Governo de Paris tem feito lobby a favor da oferta da Dassault. Sarkozy festejou a vitória, prometendo um "apoio total" à execução da encomenda. E, sem dúvida, poderá recolher algum capital político desta vitória comercial, que fez disparar em bolsa as acções da Dassault, com um ganho de mais de 20 por cento, só na tarde de hoje.
Mas o capital político que recolhe Sarkozy à aproximação duma difícil eleição presidencial é uma medalha com o seu reverso: o triunfo francês não constituiu um exemplo de sucesso da colaboração franco-alemã nem um factor de consolidação do diretório bicéfalo da UE.
Fonte:
RTP Notícias
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