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23 de março de 2012

Chineses sofrem nova censura na internet por causa de rumores de golpe

PEQUIM — A internet chinesa, famosa pelas inúmeras restrições que lhe são impostas pelo governo, sofreu novos golpes esta semana. Após o afastamento na quinta-feira passada de Bo Xilai, líder do Partido Comunista Chinês no município de Chongqing, diversos rumores não confirmados pipocaram em blogs e redes sociais. Além de especulações sobre os motivos de sua saída, os internautas também divulgaram que tanques de guerra circulavam por Pequim, que um tiroteio aconteceu no quartel-general do PCC e que o filho de um dirigente do Partido Comunista Chinês havia se envolvido em um acidente de carro a bordo de uma Ferrari. Em pouco tempo, todas as mensagens com as palavras-chave referentes a esses assuntos foram deletadas dos principais sites chineses.
Um dos temas mais comentados era um suposto tiroteio que teria acontecido em Zhongnanhai, o principal escritório do PCC e do Conselho de Estado do governo, que fica perto de uma das mais famosas atrações turísticas da China, a Cidade Proibida. A principal teoria levantada nas redes sociais dava conta de uma briga de Zhou Yongkang, chefe de segurança interna do país e aliado de Bo Xilai, contra o presidente Hu Jintao, o primeiro-ministro Wen Jiabao e outros líderes que analistas acreditam ter apoiado a saída de Bo.
Na noite de segunda-feira, outros boatos falavam sobre um tiroteio no centro da capital. Como havia um contingente de policiais maior que o de costume em uma das principais avenidas da cidade, os ânimos se acirraram ainda mais. Nada foi confirmado, mas muitos chineses chegaram a cogitar até mesmo que um golpe militar estava em curso.
E, desde terça-feira, o nome da marca Ferrari entrou para lista de palavras proibidas nas redes sociais e nos sistemas de busca. Tudo por causa de boatos de que o filho de um alto representante do Partido Comunista teria sofrido um acidente enquanto dirigia um modelo da montadora italiana em Pequim, ferindo gravemente duas mulheres que estariam de carona. Alguns chegaram a anunciar que o próprio rapaz teria morrido. Além das circunstâncias relativas ao acidente, os internautas questionavam como um funcionário público teve dinheiro para comprar um carro tão caro.
Os termos, inclusive o nome de Bo Xilai, não só foram deletados de redes sociais como o microblog Sina Weibo e o QQ Weibo como também foram banidos do sistema de buscas Baidu pelos censores chineses. Não é mais possível sequer ter acesso às mensagens que foram postadas. Segundo algumas fontes, as histórias publicadas pelos chineses estariam sendo acompanhadas por grupos de inteligência de países como Estados Unidos e Reino Unido.
Para analistas políticos, a saída de Bo Xilai do governo causou um racha no PCC — algo que não seria admitido facilmente pelos comunistas, que querem sempre transmitir uma imagem de unidade, ainda mais no ano em que novos líderes serão escolhidos durante o congresso do partido. Bo é filho de Bo Yibo, um dos grandes revolucionários chineses, e ficou famoso por sua campanha para relançar as canções “vermelhas” e a parafernália maoísta com programas patrióticos na TV e o envio de funcionários para trabalhar no campo. A iniciativa causou preocupação entre os membros mais liberais do PCC e Wen Jiabao chegou a alertar na semana passada que o país poderia não sobreviver a uma outra Revolução Cultural
Fonte:
Globo.com

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