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22 de março de 2012

EUA veem ameaça na Europa


Por Ilia Kharlamov
22.03.2012, 13:47
Foto: EPA



As autoridades norte-americanas vão proteger a economia dos EUA da adversa situação econômica na zona do euro, apesar da diminuição da tensão financeira que a Europa tem demonstrado recentemente, informou o presidente do Sistema de Reserva Federal (Fed na sigla inglesa) dos EUA, Ben Bernanke, falando perante a Câmara de representantes do Congresso dos EUA.
Segundo Bernanke, a instabilidade na Europa, causada por um aumento acentuado da dívida de alguns países, tem um efeito negativo sobre a economia dos Estados Unidos. O chefe do Fed explicou que os países da UE representam um quinto das exportações dos EUA, e nos últimos dois anos a procura de bens americanos na Europa tem diminuído constantemente. Isso, por sua vez, provoca uma queda nas vendas de produtos americanos em outros países. Porque, segundo Bernanke, a instabilidade na União Europeia afeta negativamente todo o mercado mundial.
Para os Estados Unidos é extremamente importante o que acontece na Europa, acredita o diretor do departamento de análise estratégica da empresa FBK, Igor Nikolaev.
“As dificuldades da Europa afetam diretamente a economia dos EUA. A economia moderna é globalizada. Os problemas em bancos europeus em condições de crise de dívida se tornam em problemas para a economia dos EUA. Bancos da UE querem obter créditos nos Estados Unidos. Mas hoje eles não são mutuários muito bons. Além disso, muitos bancos norte-americanos possuem sucursais europeias que também estão em dificuldades. Também é importante que a Europa é um dos principais parceiros econômicos dos Estados Unidos. Quando o desenvolvimento na China – outro parceiro importante de Washington – abranda, as dificuldades na Europa só alimentam o ciclo vicioso. Os EUA estão interessados em que a economia da UE não entre em uma recessão profunda.”
No modelo especulativo existente da economia moderna a compra de ações tanto de empresas americanas como europeias se torna um fator de risco para investidores. A propósito, Ben Bernanke também diz que investidores em todo o mundo estão reduzindo investimentos em ativos de risco, o que leva a uma depreciação das ações de muitas empresas norte-americanas, bem como à diminuição da confiança de consumidores e companhias na economia dos EUA. Por isso o Fed irá proteger as instituições financeiras, empresas e cidadãos da América. Ao mesmo tempo, os políticos europeus, segundo o Fed, necessitam reforçar o sistema bancário da UE para impedir a escalada da crise de dívida.
As empresas precisam prever novos riscos, gastar mais em seguros e estar preparadas para qualquer situação, diz o economista Mikhail Khazin.
“A Europa agora está imprimindo dinheiro, o que resulta em fundos livres entrando em mercados norte-americanos. Os mercados dos Estados Unidos estão crescendo ultimamente. No entanto, de um ponto de vista sistêmico isso não se pode chamar de saudável de forma nenhuma. Isso e um problema. E ele consiste em que esse aumento não reflete a verdadeira situação das empresas. Isso pode levar a consequências desagradáveis, em particular, a colapsos repentinos.”
Entretanto, alguns especialistas são céticos em relação às afirmações aparentemente apropriadas de Ben Bernanke sobre as medidas para proteger a economia americana e em relação ao próprio Fed. A Reserva Federal está sendo criticada por “encher” a economia dos EUA com dinheiro que ela mesma imprime. Isso cria um novo risco de “bolhas” financeiras que já causaram a crise de 2008. Além disso, pouco antes daquela crise ter começado, Bernanke disse que o Fed não previa uma recessão no futuro próximo. Ora, poucos meses antes do colapso das maiores agências de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac, o chefe do Fed insistia que elas eram absolutamente confiáveis. Como se sabe, foi a insolvência dessas empresas  que “luz verde” à crise global.
Muitos financistas e empresários se lembram dessas declarações do chefe do Fed e são muito cautelosos em relação a suas novas afirmações, por mais certas que elas pareçam.

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