Inteligência sul-coreana detectou há duas semanas movimentos suspeitos em local dos dois primeiros testes atômicos de Pyongyang
Em meio a uma disputa com a comunidade internacional por seu programa nuclear e a sinais de que prepara um terceiro teste atômico, o regime de Pyongyang celebrou nesta quarta-feira os 80 anos de criação do Exército Popular da Coreia do Norte.
O jovem líder norte-coreano, Kim Jong-un, comandante supremo da força militar, participou na Casa da Cultura de Pyongyang de uma reunião para marcar a data, informou a agência oficial norte-coreana KCNA sem dar mais detalhes. Ao contrário da expectativa de analistas, ele não discursou.
Kim Jong-un foi mais tarde ao Palácio Memorial de Kumsusan para render tributo a seu pai, o "líder eterno" Kim Jong-il, e a seu avô, o "presidente eterno" e fundador do país, Kim Il-sung, informou a KCNA.
Fundado na China em 25 de abril de 1932 para combater as forças japonesas que ocuparam a Península Coreana entre 1910 e 1945, o Exército norte-coreano, que tem 1,2 milhão de soldados ativos e 8 milhões na reserva (em uma população de apenas 25 milhões), é o quarto maior do mundo, mas suas armas, na maioria de fabricação russa, são consideradas obsoletas.
O Exército é hoje o principal fiador da poder da dinastia Kim, que governa o Estado comunista desde sua fundação, em 1948. Kim Jong-un sucedeu a Kim Jong-il, que morreu em dezembro aos 69 anos, e assumiu o comando do Partido dos Trabalhadores da Coreia e da poderosa Comissão da Defesa Nacional, órgão supremo do Estado.
Desde que Kim Jong-un assumiu o poder, o regime não parou de elevar tom contra a Coreia do Sul e os EUA, países que, segundo Pyongyang, querem prejudicar seu "desenvolvimento pacífico". A celebração do aniversário das Forças Armadas ocorreu em um momento em que a comunidade internacional observa cuidadosamente o regime perante a possibilidade de que esteja preparando um terceiro teste nuclear.
A Coreia do Norte afirmou em 2006 e 2009 ter feito testes atômicos após ter testado sem muito sucesso mísseis balísticos intercontinentais. No último dia 13, o país supostamente tentou pôr em órbita, sem sucesso, um satélite por meio de um foguete de longo alcance. Os EUA e seus aliados, porém, denunciaram uma tentativa de teste de míssil balístico.
A Inteligência sul-coreana afirmou há duas semanas que tinha detectado por satélite movimentos suspeitos na base de Punggye-ri, no nordeste do país, onde Pyongyang realizou os testes nucleares em 2006 e 2009.
Por sua vez, o antigo chefe negociador dos EUA com a Coreia do Norte, Christopher Hill, advertiu nesta quarta-feira em entrevista à agência sul-coreana Yonhap que o próximo teste nuclear poderá ser "diferente e maior" que os dois anteriores, que renderam duras sanções do Conselho de Segurança da ONU.
O evento realizado nesta quarta-feira na Casa da Cultura, que contou com a presença da cúpula do regime comunista, teve seu ápice no discurso de Ri Yong-ho, chefe do Estado-Maior do Exército, que elogiou o poder das Forças Armadas do país frente aos EUA e à Coreia do Sul, e pediu unidade interna em torno do líder.
Com a habitual retórica belicista do regime norte-coreano, Ri ameaçou "cortar a traqueia" dos inimigos do país. No dia 15, as Forças Armadas fizeram uma demonstração de força em um desfile para comemorar o centenário do nascimento de Kim Il-sung.
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Apesar da delicada situação econômica que atravessa há duas décadas e a obriga a depender da ajuda externa para alimentar sua população, calcula-se que o país comunista destine aproximadamente um terço de seu orçamento às Forças Armadas. Elas ocupam um lugar prioritário na política, como estabelece o "Songun", doutrina aplicada por Kim Jong-il e referendada por seu filho mais novo e sucessor.
*Com AFP e EFE
Quem entende, se as armas dos coreanos são obsoletas, porque os donos do mundo morrem de medo deles? E dizem que eles não tem o que comer como podem ter tantos soldados? E prestem atenção no uniforme militar deles, é diferente dos demais exércitos, parece ser coisa fina.Acho que falam deles assim é por que eles vivem sem depender do capitalismo selvagem e predador dos donos do mundo.La não entra empresas estrangeiras que nem MC DONALDS,FORD,CARREFOUR,FIAT,BOING, CHEVRON,COCA COLA,SHELL e muitos bancos dos globalistas donos do mundo, que não mandam lá e outras empresas gigantes mundiais tbm.
ResponderExcluirPelas fotos mostradas aí, este país está é ostentando riqueza.
ResponderExcluirÉ anônimo vale lembrar que sempre está a mídia por trás disso, tanto lá quanto aqui e cada qual defendendo um ponto de vista diferente. Eles na Coreia do Norte sem dúvida não estão tão em mal lençóis como querem que acreditemos, bem também vai lá que apenas a elite ( digo a nomenclatura político-militar ) vive bem e o que passa com o povo além de ser censurado lá, é um prato cheio para ser mostrado pra cá.
ResponderExcluirAlguém banca toda esta festa, isso sem duv não digo sem dívidas.hahaha
Abraços