A recente troca de acusações entre dirigentes da Argentina e da Grã-Bretanha ameaça deteriorar e relação entre os dois países e reacende os temores de uma possível escalada na tensão entre as nações, que foram à guerra há quase 30 anos atrás.
Mais uma vez, o centro da discórdia são as Ilhas Malvinas, o pequeno arquipélago 500 km ao leste do extremo sul da Argentina, anexado pela Grã-Bretanha desde 1833.
Nesta semana, o premiê britânico, David Cameron, respondendo a novas iniciativas do governo Cristina Kirchner para pressionar por negociações sobre o futuro das Malvinas (chamadas de ilhas Falkland pelos britânicos), acusou a Argentina de estar adotando uma postura "colonialista", afirmação respondida no mesmo tom de acusação por ministros argentinos.
Desde o fim do conflito, deflagrado em abril de 1982, a Argentina insiste que negociações bilaterais sejam abertas para tratar da soberania das ilhas, enquanto a Grã-Bretanha diz que não há o que discutir, já que os moradores do local (chamado em inglês de ilhas Falkland) querem permanecer cidadãos britânicos.
No entanto, enquanto David Cameron mantém a postura de seus antecessores, tanto conservadores quanto trabalhistas, seus colegas argentinos vêm preparando uma ofensiva diplomática para fortalecer a sua posição.
Recentemente, o requerimento de Buenos Aires obteve o apoio da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) e da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos), assim como da OEA (Organização dos Estados Americanos).
Além disso, os países do Mercosul aderiram a uma moção para não permitir a entrada de barcos que levem a bandeira das Malvinas em seus portos, medida que Londres inicialmente classificou de "bloqueio".
Em ocasiões anteriores, ambos os países afirmaram que, acima de tudo, está o interesse de manter a paz. Mesmo a Argentina, que é parte demandante, disse várias vezes que sua reivindicação é pacífica.
Declarações ásperas
Observadores dentro e fora do Cone Sul concordam que a situação geopolítica mudou muito desde os anos 1980, quando ocorreu a guerra. Em geral, há um consenso de que um novo conflito armado é improvável. No entanto, as declarações recentes de ambas as partes chamam a atenção pela aspereza.
Observadores dentro e fora do Cone Sul concordam que a situação geopolítica mudou muito desde os anos 1980, quando ocorreu a guerra. Em geral, há um consenso de que um novo conflito armado é improvável. No entanto, as declarações recentes de ambas as partes chamam a atenção pela aspereza.
David Cameron disse que a questão das Malvinas foi tratada na última terça-feira com o Conselho de Segurança Nacional. "Devo me certificar de que nossas defesas estão em ordem", disse o primeiro-ministro aos parlamentares britânicos.
Já no início desta semana, um navio de cruzeiro que se dirigia à Antártida, ocupado por centenas de passageiros de diversas nacionalidades, foi impedido de desembarcar nas Malvinas por supostas questões de saúde.
O governo das ilhas afirmou que vários passageiros apresentavam um quadro de gastroenterocolite, motivo pelo qual foram impedidos de desembarcar. Relatos publicados na mídia indicaram a surpresa dos integrantes da tripulação do navio, diante do que consideraram uma medida extremamente rigorosa.
O episódio foi referido pela chancelaria argentina, que emitiu um comunicado criticando a ação do "governo ilegítimo e autodenominado" das Malvinas, acrescentando que esperavam que este não se tratasse "do enésimo ato hostil".
Colonialismo
As rusgas mais recentes foram verificadas na última terça-feira, quando a postura argentina foi chamada de "colonialista" pelo primeiro-ministro britânico. "Essas pessoas (os habitantes das Malvinas) querem continuar sendo britânicos, e a Argentina pretende o contrário", disse Cameron.
As rusgas mais recentes foram verificadas na última terça-feira, quando a postura argentina foi chamada de "colonialista" pelo primeiro-ministro britânico. "Essas pessoas (os habitantes das Malvinas) querem continuar sendo britânicos, e a Argentina pretende o contrário", disse Cameron.
A resposta argentina veio por meio do ministro das Relações Exteriores, Héctor Timerman. "Chama a atenção que a Grã-Bretanha fale de colonialismo, quando é um país sinônimo de colonialismo", disse ele, durante viagem a El Salvador.< p> "Chama a atenção também que a Grã-Bretanha acuse um país como a Argentina, que é vítima de uma situação colonial, como expressaram as Nações Unidas ao definir as Malvinas como uma questão de soberania e colonialismo", acrescentou Timerman.
O ministro se refere a uma resolução da ONU emitida em 1965, onde a postura britânica é descrita como uma forma de colonialismo. Desde então, as Nações Unidas pedem que as duas partes negociem uma saída.
Em visita ao Brasil, o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, disse que a posição de seu país sobre as ilhas é "bem conhecida" e não vai mudar. "Acreditamos na autodeterminação do povo das ilhas Falkland e apoiamos seus direitos", afirmou Hague na quarta-feira, após um almoço com seu colega brasileiro, Antonio Patriota.
Apoio brasileiro
Por sua vez, o chanceler brasileiro reiterou o apoio brasileiro à posição argentina. "As decisões da Unasul e do Mercosul são públicas, e o ministro Hague sabe que o Brasil e a Unasul apoiam a soberania argentina sobre as Malvinas, e nós apoiamos as resoluções das Nações Unidas para que os dois países discutam a questão", disse, após a reunião com seu colega britânico.
Por sua vez, o chanceler brasileiro reiterou o apoio brasileiro à posição argentina. "As decisões da Unasul e do Mercosul são públicas, e o ministro Hague sabe que o Brasil e a Unasul apoiam a soberania argentina sobre as Malvinas, e nós apoiamos as resoluções das Nações Unidas para que os dois países discutam a questão", disse, após a reunião com seu colega britânico.
No entanto, as próprias ilhas parecem apoiar amplamente a posição britânica. "Temos o direito absoluto à autodeterminação. Ninguém nos pode tirar isso", disse à BBC Dick Sawle, representante das ilhas no Parlamento, em Londres. "Temos o direito estabelecido na ata da ONU que a Argentina decidiu seguir ignorando."
As Malvinas também foram motivo de tensão renovada entre Argentina e Grã-Bretanha a partir de 2010, quando empresas britânicas começaram a prospectar petróleo nas águas profundas próximas às ilhas. Vários projetos de exploração de petróleo estão em curso na região, mas ainda não foi comprovada a existência de reservas de hidrocarbonetos.
Cortes orçamentários
O jornal britânico Financial Times afirmou recentemente, citando analistas, que o interesse do governo de Cristina Kirchner no tema das Malvinas visa desviar a atenção do público para uma agenda de cortes orçamentários, mesmo depois de ter aumentado gastos em sua campanha para a reeleição.
O jornal britânico Financial Times afirmou recentemente, citando analistas, que o interesse do governo de Cristina Kirchner no tema das Malvinas visa desviar a atenção do público para uma agenda de cortes orçamentários, mesmo depois de ter aumentado gastos em sua campanha para a reeleição.
No entanto, segundo apurou a BBC Mundo em Buenos Aires, há uma espécie de acordo político entre grupos governistas e de oposição sobre a polêmica das ilhas. Na última campanha presidencial, quando questionados sobre as Malvinas, todos os principais candidatos disseram que manteriam a estrategia implementada por Cristina.
Já as declarações de Cameron sobre sua reunião com o Conselho de Segurança Nacional coincidem com o anúncio de cortes nos gastos militares.
Apesar da recente tensão entre os dois países, acredita-se que a possibilidade de uma escalada que culmine num eventual enfrentamento militar, como em abril de 1982, seja remota.
"Politicamente, a escalada não é uma opção. Da parte dos britânicos, seria algo muito custoso, e vários países, inclusive o próprio Reino Unido, estão reformulando seus gastos militares", disse à BBC Brasil Luis Fernando Ayerbe,coordenador do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais da Unesp. "Já a Argentina não faria isso, por ter um poderio desproporcionalmente menor do que a Grã-Bretanha."
Para Ayerbe, a Argentina tem instrumentos fracos para pressionar os britânicos a negociar uma saída para as Malvinas. "A postura do Mercosul de banir navios britânicos é um passo, mas não é algo que vá colocar a Grã-Bretanha contra a parede. Se eles não quiserem abrir o diálogo, nada vai acontecer, a Grã-Bretanha não vai ser isolada ou retaliada", afirma.
Segundo o especialista, as medidas argentinas têm um maior efeito político ao levantar questões sobre o colonialismo e recordando casos como o de Hong Kong, que a Grã-Bretanha devolveu à China após mais de 150 anos de domínio.
Fonte:
Desconfio que a Terceira guerra mundial terá proporçoes epicas (ta sei que é meio obvio) e até mesmo o continente americano nao ficara de fora, principalmente aqui na America do Sul, Hugo Chavez ja fez acordos de protegerem o Irã, nao desconfio que os EUA façam algum ataque de falsa bandeira contra a Colombia para estoura uma guerra na America do sul; Colombia, (talves o Chile) contra a Venezuela, Bolivia e creio que era o Equador nao lembro agora, e se essa situaçao das malvinas levar a outra guerra ai sim o bixo pega, soh quero ver o que os nossos "Lideres" irao declarar para a naçao e a midia podre passando mer** pro povo, sei la o Brasil ta mal armado, o mundo ta a beira de uma guerra e creio q ta meio tarde para comprar e treinar pessoal o Brasil teve pelo menos 10 anos para se armar....bem, espero que Deus nos proteja; (posso ter viajado um pouco mas nao descarto nada)
ResponderExcluirAchei correto bloquearem o acesso de navios com bandeira das Malvinas nos portos argentinos.
ResponderExcluirOs Ingleses tomam a terra e ainda querem usar os portos.
É impressionante a quantidade de rumores de guerras, o povão está igual um navio à deriva é bagunça de todos os jeitos, estou achando que a terceirona não vai demorar muito não, e vai começar nos balcãs, por causa deste tal escudo dos Estados unidos, pois a Rússia não vai permitir, eles ja disseram.
ResponderExcluirEdson Jesus
ResponderExcluirCreio fortemente q a guerra realmente começara pelos balcãs, sei q pode ser loucura mas um homem nao lembro qual era seu nome soh lembro que era um alemao creio eu; Ele profetizava certamente se os pais ou filhos voltariam da guerra, e isso foi na primeira guerra mundial, soh lembro por partes que ele tbm profetizo a terceira guerra mundial e que ela começará nos balcãs nao lembro de muitos detalhes agora, mas pelo seu comentario realmente esse ano a terceira guerra estoura;
Isto mesmo, anônimo olha o nome dele aí; Alois Irlmaier (1894-1959) foi um cristão simples que viveu em Freilassing, Alemanha.leia a profecia dele. um abraço irmão.
ResponderExcluiror falar em Balcãs Anônimo e Edson, aquela região tem tensões latentes de natureza étnico-religiosa, vimos e se tem mais de 30 anos como eu, deve se recordar dos conflitos sangrentos no território que outrora formava a gloriosa Iugolslávia. Hoje desmembrada dando lugar a novos países como: Eslovênia, Croácia, Bósnia Hezergóvina ,Macedônia, Montenegro, a Sérvia e Kosovo.
ResponderExcluirA convivência entre aqueles povos continua de modo tenso, os conflitos amainaram, mas vira e mexe surge um foco de discórdia, principalmente em Kosovo uma ex-província sérvia de maioria albanêsa muçulmana e que declarou sua independência em relação a Belgrado, capital da Sérvia. Porém uma minoria sérvia não nutre o desejo de continuar fazendo parte de um Kosovo independente. Estes dias houve confrontos entre manifestantes sérvios e albanêses kosovares e então não difícil que uma nova crise exploda naquela região por conta de disputas mal resolvidas e deixadas fermentando a séculos.
Outra região perigosa e que ninguém fala muito é o Cáucaso, onde estão Geórgia, Armênia, Azerbaijão e áreas russas algumas de maioria muçulmana no Cáucaso como Daguestão, Tchetchênia e outras de maioria cristâ como Ossétia do Norte,Inguchétia, entre outras como Kabardino Balkária, Karactchaiêvo Tcherkássia etc.
E esta região está próxima ao Oriente Médio é riscar o fósforo e o barril de petróleo por perto.
É Mafel, é um absurdo a Inglaterra lá no outro extremo do globo, mandar em uma ilha no outro extremo. Tem tudo a ver com Europa né? hahahaha
As Malvinas tem uma realidade geográfica mais próxima da América do Sul do que Europa. E os belezinhas ainda querem que aceitemos que os navios deles atraquem por aqui.
Cada coisa desses inglêses.... risos
Valeu Mafel
DANIEL OLHA MAIS ESTA: Senador defensor do SOPA quer controlar transações financeiras na internet.
ResponderExcluirLeia mais em: http://www.tecmundo.com.br/pirataria/18233-senador-defensor-do-sopa-quer-controlar-transacoes-financeiras-na-internet.htm#ixzz1k6DXfIQD , OLHA A EXPLICAÇÃO QUE ELE DEU PARA ESTA NOVA LEI. ESTAMOS LASCADOS E MAU PAGOS. SABERÃO DE TUDO. OS ESTADOS UNIDOS ACHAM QUE SÃO O QUE? DEUSES?
É froid. O Irã sofreu a morte de seu cientista graças a vistoria da ONU que passou informacoes sigilosas dos envolvidos no programa nuclear a mesma querem saber de todos na internet fica mais facil localizar e assassinar um.
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