Al Qaeda toma o controle de uma cidade no interior do Iêmem
Militantes islâmicos hastearam sua bandeira sobre a cidadela de Radda e juraram obediência ao líder da Al-Qaeda, Ayman al Zawahri, depois de assumirem o controle dessa cidade, situada a sudeste de Sanaa, capital do Iêmen, disseram moradores nesta segunda-feira.
Foto: AP
Vista geral da cidade de Radda, a sudeste de Radda, Iêmen
O fato deve agravar as preocupações dos Estados Unidos e da vizinha Arábia Saudita com a difusão da Al-Qaeda no Iêmen, país que fica na entrada do mar Vermelho, importante rota para o transporte de petróleo e outros produtos.
Além da atividade dos militantes, o Iêmen enfrenta também vários meses de protestos populares pela renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh, no poder há quase 34 anos. Os Estados Unidos e a Arábia Saudita pressionam pela implementação de um acordo, assinado em novembro, pelo qual Saleh transferiria o poder ao seu vice.
Os militantes invadiram Radda na madrugada de sábado, matando dois policiais. Moradores disseram que eles ocuparam a cadeia local, libertaram 150 prisioneiros e tomaram cinco veículos da polícia, e que também estariam cercando prédios públicos.
"A Al-Qaeda hasteou sua bandeira sobre a cidadela", disse um morador à Reuters por telefone. "Seus membros se espalharam pelos bairros depois de jurarem obediência a Ayman al Zawahri durante as preces noturnas (de domingo)."
A TV estatal disse que a população de Radda está fazendo um apelo ao governo pelo envio de tropas que expulsem os militantes. Nenhuma autoridade governamental se manifestou sobre a notícia.
A invasão de Radda parece espelhar um ataque anterior deste ano, em que os militantes capturaram a cidade de Zinjibar, capital da província de Abyan, no sul. Desde então, pelo menos outras duas cidades menores foram tomadas pelo grupo no paísm que foi um dos que se revoltou contra o poder vigente no contexto da Primavera Árabe.
O presidente Ali Abdullah Saleh recentemente concordou em renunciar depois de meses de resistência aos protestos contra seu regime, que já durava 33 anos. Mas os remanescentes de seu tempo no poder ainda mantém a população sob estado de revolta.
O Iêmen é o país mais pobre do mundo árabe. Esse cenário pode tornar o Iêmen em algo semelhante ao Afeganistão na época do domínio do Taleban (1996-2001), um ponto de força para os militantes do mundo onde poderiam planejar ataques contra o Ocidente.
O braço iemenita da Al-Qaeda já foi relacionado com ataques perpetrados no território americano e na vizinha Arábia Saudita. Acredita-se que é uma das facções mais perigosas entre as organizações terroristas.
Segundo autoridades da segurança, um grupo de 200 militantes chegou ao centro de Radda na segunda-feira de diversos pontos que eles tinham controlado no fim de semana, incluindo um castelo, uma escola e uma mesquita. Eles tomaram a cadeira e libertaram entre 150 e 200 prisioneiros, incluindo um número de militantes da Al-Qaeda.
Alguns deles se uniram aos insurgentes que lhes deram armas, segundo autoridades que falaram em condição de anonimato. As autoridades disseram que o militantes da Al-Qaeda eram liderados por Tariq Al-Zahab, um iemenita cuja irmã era casada com o clérigo nascido nos EUA Anwar al-Awlaki, morto em um ataque em setembro.
Egito: Islâmicos no Poder.
Islâmico deve presidir a Câmara Baixa do novo parlamento egípsio.
Dois partidos proeminentes no Egito concordaram em apoiar um político islâmico para ser o presidente da Câmara Baixa do Parlamento pela primeira vez em décadas, informaram os líderes dos partidos nesta segunda-feira.
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Saad el-Katatni, secretário geral do partido da Irmandade Muçulmana, participa de coletiva no Cairo
A Irmandade Muçulmana, a grande vencedora na primeira eleição desde a queda do presidente egípcio Hosni Mubarak em fevereiro do ano passado, afirmou que se uniu a diversos partidos para apoiar Saad el-Katatni, o secretário geral do partido da Irmandade.
A principal função do novo parlamento é formar uma comissão de 100 pessoas para elaborar a nova Constituição para o Egito, enquanto as eleições presidenciais são preparadas para junho.
A escolha de el-Katatni mostra o poder dos islâmicos para influenciar nesse processo. A aliança liderada pela Irmandade Muçulmana deve conquistar 45% das 498 cadeiras do Parlamento. Um movimento islâmico mais radical deve ter ficado com 25%. Os dois não devem unir forças uma vez que possuem diversas diferenças religiosas.
A eleição aconteceu em várias etapas, a partir de novembro, mas a votação precisará ser repetida em alguns lugares, e por isso os resultados finais ainda não foram anunciados.
Na segunda-feira, a Irmandade se encontrou com líderes de outros partidos para tentar chegar a um acordo quanto ao presidente da casa. Mohammed Morsi, líder do partido da Irmandade, disse que o encontro tinha como intuito garantir que não haveria nenhuma "exclusão, nenhuma polarização e nenhum conflito. Em vez disso haverá o consenso nacional" no parlamento.
Mohammed Abouel Ghar, chefe do secular Partido Social Democrata egípcio, que emergiu da revolta popular, disse: "Nós concordamos em estabelecer um consenso na seleção dos chefes dos subcomitês. Mesmo os partidos menores e aqueles que conquistaram apenas uma cadeira não serão excluídos."
Partidos como o dele representam os reformistas e ativistas no centro do movimento que derrubou Mubarak não conseguiram tranformar isso em voto, pois dividiram-se em várias facções e conquistaram menos de um quarto dos assentos do parlamento.
Apesar de escolher a comissão constitucional, os poderes do parlamento serão limitados. O parlamento, que deve estabelecer sua primeira reunião em 23 de janeiro, não pode formar um governo ou pedir por um voto de confiança, de acordo com uma carta provisória que transferiu os poderes de Mubarak para o chefe do Conselho Militar.
Os parlamentares escolherão formalmente o presidente da Casa e seus dois vices na sessão inaugural da legislatura, no dia 23.
Na segunda-feira, o grupo Human Rights Watch pediu ao novo parlamento para reformar leis usadas para limitar a liberdade e reprimir direitos. O grupo disse que a prioridade do parlamento deveria ser uma revisão das leis que limitam associações e assembleias e permitam detenções sem acusação.
Com Reuters e AP
Tensão na Síria:
Fracasso de missão da Liga Árabe aumenta tensão na Síria
O fracasso de uma missão da Liga Árabe em acabar com a violência, a pouca influência da comunidade internacional e um governo tão desafiador quanto a oposição colocam a Síria em um conflito prolongado, caótico e, talvez, inegociável.
A oposição fala menos à respeito das perspectivas de queda do presidente Bashar Al-Assad e mais sobre uma guerra civil que alguns dizem já ter começado, com o governo perdendo o controle e a autoridade em alguns subúrbios da capital e de grandes cidades como Homs e Hama.
Foto: Reuters
Crianças protestam contra Assad em Zabadani, Síria (13/01)
Mesmo a capital, Damasco, que permaneceu pacífica durante meses, foi tomada por postos de controle e seus moradores passaram a ser amedrontados por sons de tiros.
O impasse cada vez maior sugere que a situação pode estar saindo de controle. Em uma cidade a meia hora de Damasco, uma delegacia foi recentemente incendiada e, como um ato de retaliação, a eletricidade e água foram cortadas, segundo diplomatas. Durante um tempo, os moradores tiraram água em baldes de um poço da região. Algumas pessoas têm medo de dirigir pelas principais estradas durante a noite.
Em Homs - uma cidade que um político libanês apelidou de "a Stalingrado da revolução síria" – há relatos sobre o crescimento de uma limpeza sectária em bairros de etnias mistas, onde algumas estradas tornaram-se fronteiras muito perigosas para os táxis.
Ressaltando a sensação de desespero, o emir do Qatar disse, em uma entrevista transmitida no sábado pela CBS, que as tropas árabes deveriam intervir na Síria para "impedir a matança”.
"Não há absolutamente nenhum sinal de esperança", disse um diplomata ocidental alocado em Damasco, uma cidade antes tão calma que já foi chamada de Zona Verde da Síria. "Na verdade está mais desesperador do que nunca. E não sei aonde isso vai acabar. Não consigo opinar e acho que ninguém consegue."
"Dia após dia, os sírios estão cada vez mais perto de lutar uns contra os outros", disse um ativista de 30 anos de idade, em Arabeen, perto da capital, que se juntou a um protesto de cerca de mil pessoas na sexta-feira. "Assad tem dividido os sírios em dois grupos – os que estão com ele e os que estão contra ele. E os próximos dias irão trazer mais sangue para as ruas".
Um diplomata em Damasco adotou uma postura mais fatalista. "Não há muito o que qualquer um, a nível internacional, possa fazer", disse ele. "Não há muito mais que a Liga Árabe possa fazer."
Por Anthony ShadidFonte: O conjunto de tres matérias postadas no UND tem como fonte Último Segundo.ig.com.br
Aew Dan, da uma lida aqui e ver se divulga e adere a campanha contra o SOPA. - www.sopastrike.com
ResponderExcluirSim , obrigado e vou sim colocar sobre esta SOPA E PIPA e vou divulgar para que pessoas boicotem isto, pois se ficarmos quietos, eles vão acabar com a net em 3 tempos.
ResponderExcluirAbraços
Uma coisa é certa está guerra está demorando, mas quando começar vai ser uma coisa tão feia que muitos vão desejar que ela nunca acontecesse, por mais que eu brinque e queira ver muita gente se foder pra aprender a ser mais humilde eu sei que a coisa é muito séria.
ResponderExcluirDaniel teve um lance interessante que eu li não sei se você chegou a ver também, mas o Titânic afundou em 14/01/1912 e o tal Costa Concórdia afundou em 14/01/2012 seria coincidência?
Daniel SOPA só de legumes eu estou de dieta, e PIPA só na praia pra não ferir nenhum motoqueiro, obrigado rsrsrsrsrsrs.
ResponderExcluirOlá
ResponderExcluirPode adicionar o meu blog ao seu :
http://wallstreetrader.blogspot.com/
Obrigado