Presidente do CNT acusa partidários de Kadafi e nações árabes de apoiarem autonomia da região leste
O presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT) e líder interino da Líbia, Mustafa Abdel Jalil, ameaçou usar a força para impedir a divisão do país, um dia após a região leste se declarar semiautônoma.
“Não estamos preparados para dividir a Líbia. Estamos preparados para o diálogo, sem marginalizar ou trair ninguém, mas a Líbia é e será indivisível”, afirmou, acusando “elementos" ligados ao líder deposto Muamar Kadafi de apoiar o plano de autonomia da região leste. “Estamos preparados para impedi-los, mesmo que seja pela força.”
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Foto: Reuters
O líder interino da Líbia, Mustafa Abdel Jalil, concede entrevista em Trípoli
O chefe do CNT disse que a declaração de semiautonomia “leva o país em direção ao perigo” da divisão territorial, mas que era algo esperado dada a importância da região na revolta popular que derrubou Kadafi, morto em outubro.
“Algumas nações árabes, infelizmente, apoiaram e encorajaram essa medida”, disse Jalil, sem especificar a quais países se referia. “Essas nações estão financiando este tipo de conflito inaceitável. É o começo de uma conspiração contra a Líbia e os líbios.”
A declaração de semiautonomia foi feita na terça-feira por líderes tribais e comandantes de milícia. De acordo com eles, a medida, que segundo a BBC não tem valor legal, não busca a divisão da Líbia mas o fim de “décadas de marginalização” sob o regime de Kadafi.
De acordo com o grupo, o ex-líder concentrou investimentos no oeste do país, levando a um caos na infraestrutura do leste. Muitos moradores da região acusam o CNT de dar continuidade a essa situação.
A região, conhecida como Barqa ou Cyrenaica, quer ter seu próprio parlamento, força policial, sistema judiciário e capital (Benghazi).
Política externa, Exército nacional e recursos petrolíferos ficariam a cargo do governo federal, com base em Trípoli.
Barqa iria do centro da Líbia à fronteira do Egito, sendo delimitado ao sul pelas fronteiras com o Chade e o Sudão. A medida retoma um sistema que vigorou entre 1951 e 1963, antes da chegada de Kadafi ao poder, que dividia a Líbia em três Estados: Tripolitania, a oeste, Fezzan, no sudeste, e Cyrenaica, no leste.
Ahmed Al-Zubair, homem conhecido como o prisioneiro político que ficou preso por mais tempo durante o regime de Kadafi, foi apontado como líder do conselho político que chefiará a região. Uma eleição será realizada em duas semanas para escolher os demais nomes do comitê.
“Somos irmãos, protegemos uns aos outros. A Líbia não será dividida. Somos uma só nação”, afirmou Al-Zubair, durante a cerimônia. “Serei o líder que vai proteger a justiça e a igualdade. Vou proteger nossos direitos.”
Com AP, AFP e BBC
Chama a OTAN de novo. Mané.
ResponderExcluirA libia se transfou em verdadeiro caos,cader o barulho da imprensa gospista internacional!.
ResponderExcluirEra previsto isto, quando Kadafi caiu estas diferenças mergulhariam a Líbia em divisão e guerra civil.
ExcluirComo disse o Sócrates aí. Cadê a OTAN? Foi boa para mudar governo que não mais interessava aos senhores do mundo e apoiar um bando de guerrilheiros desunidos para dar o caminho das pedras ao livre acesso ao petróleo líbio.
Abraços
Disse tudo, nobre despertador da nova era!
ResponderExcluirei hein, achei que a Líbia ia melhorar, desse jeito so vR tIBUMMMMMMMMM, TIBUMMMMMMMM,TIBUMMMMMMMMMM, E AGORA?
ResponderExcluira libia deve chamar a liga da justiça em vez da liga arabe para ajudar
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