GENEBRA |
GENEBRA (Reuters) - O presidente sírio, Bashar al-Assad está lutando contra Al Qaeda apoiados por "terroristas" incluindo pelo menos 15.000 combatentes estrangeiros que se aproveitam de cidades da Síria através da retirada das tropas do governo, disse um diplomata russo na quinta-feira.
A Rússia é um acérrimo defensor da Síria, apesar da condenação internacional da repressão pelas forças de Assad e as evidências de abusos dos direitos humanos contra civis desarmados.
Falando em um fórum de um dia sobre ajuda humanitária à Síria nas Nações Unidas em Genebra, o vice-embaixador da Rússia Mikhail Lebedev disse que rebeldes tinham recentemente cometido ataques em grande escala contra a infra-estrutura da Síria, incluindo escolas e hospitais.
"Os grupos rebeldes de ataque, matam, torturam e intimidam a população civil. O fluxo de todo o tipo de terroristas de alguns países vizinhos é sempre crescente", disse Lebedev do fórum.
" Perguntado por Reuters quantos combatentes estrangeiros estariam na Síria, ele disse: "Quantos entraram por rotas ilegais pela fronteira já que não está demarcada, não delimitada, de modo que ninguém sabe. Mas pelo menos 15.000?.".
Na quinta-feira, Kofi Annan, o enviado da Liga Árabe das Nações Unidas para a Síria, disse que vai pedir a Assad e seus inimigos para parar de lutar e procurar uma solução política, atraindo repreensões de raiva de dissidentes.
Rússia quer um cessar-fogo por todas as partes e de um diálogo político inclusivo. Lebedev disse criti cando que reuniãa o da ONU sobre Assad foi exagerada.
"Apelamos aos nossos parceiros para não ceder à tentação de exagerar as coisas, mas para acelerar uma abordagem equilibrada e profissional para prestar ajuda a todos os segmentos da população da Síria, sem exceção", disse ele.
"A maioria dos militantes são, de fato, direta ou intimamente associada com a Al Qaeda."
CONTRAPRODUTIVO
Lebedev disse à Reuters que a informação sobre a Al Qaeda e ligações na Síria foi um "fato inequívoco", mas se recusou a dizer se a Rússia poderia fornecer à ONU, com provas para sustentar sua alegação de que rebeldes sírios estavam a cometer tortura.
"Tudo o que sei é que todo o caminho (as guerras na região russa de) Chechênia ninguém acreditava em nós quando dissemos que o movimento islâmico, incluindo as organizações terroristas, estavam desenvolvendo suas operações em nosso solo", disse ele.
"É justo que cinco anos depois, há um reconhecimento de que fizemos tudo certo."
Lebedev disse que as tentativas para força Assad para conter suas tropas de forma unilateral seria contraproducente.
"Se nós exigimos que o governo sírio retire as suas forças das cidades sem abordar a mesma chamada para a oposição, devemos estar prontos (para ver) que as cidades relevantes serão imediatamente ocupadas pelos grupos violentos armados", disse ele.
(Reportagem de Tom Miles; edição por Sophie Hares)
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