O chefe do Governo israelense disse que Teerã aceitou participar das negociações nucleares com o único objetivo de "usar o tempo para enganar e atrasar" e assegurou que o seu governo vai observar de perto as negociações, noticiou hoje o diário Haaretz na versão digital.
Netanyahu reiterou as três exigências do regime iraniano: que desfaça a plataforma nuclear próxima da cidade de Qom, que pare com o enriquecimento de urânio e que se livre de todo o urânio enriquecido acima dos 3,5 por cento.
As declarações do primeiro-ministro israelense foram proferidas algumas horas depois da União Europeia ter anunciado que as negociações entre o Irã e o G5+1 estão marcadas para 14 de abril, em Istambul, na Turquia. O G5+1 integra os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU e Alemanha.
Israel, que considera o programa iraniano uma "ameaça real", advertiu que não tolerará que o Irã desenvolva capacidade nuclear e que estava disposta a atacar o Irã para o impedir.
Depois de várias rodadas de negociações cada vez mais duras nos últimos anos, a União Europeia aprovou, em 23 de janeiro, um embargo ao petróleo iraniano, que entrou em vigor de imediato para novos contratos e entrará em julho para os já existentes.
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