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6 de fevereiro de 2012

Eurocrise;Grécia em vias de colapso

Via blog Realidade

Grécia em emergência: Zona Euro já admite bancarrota

Eurogrupo já ameaçou suspender ajuda e deixar Grécia falir. Ministro diz que negociações estão em fase crítica e que decisão tem de ser tomada nas próximas horas
Os líderes dos três partidos do Governo grego são recebidos este domingo pelo primeiro-ministro, que lhes deverá exigir a aplicação das impopulares reformas impostas pela troika para o país receber um segundo pacote de ajuda, noticia a agência AFP.
Georges Papandreou, Antonis Samaras e Georges Karatzaferis estão esta tarde reunidos com o primeiro-ministro, numa tentativa de ultrapassar as suas objecções às novas medidas de austeridade, exigidas à Grécia pelos credores internacionais.
Os representantes da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) já se reuniram com o primeiro-ministro grego e com os ministros das Finanças e do Trabalho.
Representantes da banca internacional juntaram-se também este domingo à maratona negocial que envolve o Governo grego e a troika para a adopção de novas medidas de ajuda externa àquele país, avançou a agência France Press.
O director do Instituto Internacional de Finanças, Charles Dallara, representante da banca internacional – que prevê conceder à Grécia o perdão de parte da sua dívida – entrou na residência oficial do primeiro-ministro grego, Lucas Papademos.
O director do Deutsche Bank Josef Ackermann está também em Atenas para acordar um plano de reformas adicionais de austeridade, disse fonte governamental grega.
George Papandreou, Antonis Samaras e George Karatzaferis, líderes dos partidos que suportam o governo, mantêm objecções à aprovação das novas medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais.
As negociações têm como objectivo evitar que a Grécia entre em incumprimento em Março.
O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, admitiu a insolvência da Grécia. O responsável disse que, se a Grécia não aplicar as medidas de austeridade e as reformas necessárias, e se se descobrir que a culpa da situação é inteiramente da Grécia, a Europa não dará mais ajuda ao país, pelo que em Março, se verificará o incumprimento.
No sábado à noite, o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, disse que as negociações entre o Governo grego e a troika internacional sobre as novas medidas que a Grécia terá de adoptar tinham entrado numa fase crítica.
O ministro disse mesmo que havia apenas 24 horas para se chegar a acordo. O prazo já terminou.
Evangelos Venizelos referiu aos jornalistas que «da parte dos parceiros europeus, há muita pressão e impaciência».
Segundo o ministro das Finanças grego, já há acordo sobre a recapitalização dos bancos e as privatizações, não tendo sido ainda alcançado um consenso sobre a redução dos salários do sector privado e as medidas para reduzir a despesa pública.
O Governo grego necessita de fechar o acordo para receber o novo pacote de auxílio antes de 20 de Março, quando terá de reembolsar 14,5 mil milhões de euros aos detentores da sua dívida pública.
Paralelamente, o Governo grego e os banqueiros negoceiam há já três semanas um acordo para um perdão de 100 mil milhões de euros da dívida do país e evitar que este entre em falência.
O perdão de parte da dívida grega pelos credores privados está incluído num pacote que abrange a legitimação do segundo programa de resgate de 130 mil milhões de euros, aprovado na cimeira europeia de Outubro e que volta a envolver a troika.
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04/02/2012 13h32 - Atualizado em 04/02/2012 13h32

Grécia pressiona credores para definição de pacote de resgate

Medidas de austeridade geram polêmica entre os gregos.
Manifestações contra medidas de austeridade tomaram as ruas de Atenas.

O governo da Grécia fez nova pressão no sábado (4) para moldar um acordo com credores estrangeiros sobre um pacote de resgate de 130 bilhões de euros antes de iniciar a difícil tarefa de convencer líderes políticos desconfiados a apoiarem as reformas dolorosas adicionais envolvidas. Protestos contra medidas de austeridade tomaram as ruas de Atenas.
Manifestantes protestam na frente do escritório do premiê gregfo (Foto: Reuters)Manifestantes protestam na frente do escritório do premiê gregfo (Foto: Reuters)
À beira da falência, Atenas deve encerrar as negociações com credores estrangeiros sobre o resgate e obter a aprovação política a ele para garantir que fundos comecem a escoar em tempo para o país pagar os 14,5 bilhões de euros em títulos com vencimentos em meados de março.
Mas as negociações com sua “troika” de credores internacionais foram difíceis por conta das exigências deles para que o governo reduza custos trabalhistas removendo bônus de férias e diminuindo o salário mínimo – propostas que são fortemente opostas por líderes de partidos políticos gregos.
Depois da esperança inicial de que um acordo com credores da União Europeia, Banco Central europeu e o Fundo Monetário Internacional pudesse sair na sexta-feira, a maratona de negociações terminou no começo do sábado com questões importantes ainda não resolvidas.
O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, deve retomar as negociações com os credores no sábado em uma tentativa de chegar a um acordo antes que o primeiro-ministro tecnocrata, Lucas Papademos, peça a bênção dos socialistas, conservadores e líderes da extrema-direita de sua coalizão.
Aquela reunião com chefes de partidos, inicialmente programada para sábado, foi adiada para o domingo, disse uma fonte do governo.
Cada vez mais frustrados com a incapacidade de Atenas de executar as reformas necessárias para reformar aeconomia grega atingida pela recessão, credores estrangeiros exigiram provas do compromisso do país com os cortes de gastos antes de distribuir mais dinheiro.
Eles querem que todos os chefes políticos do país – que estão ansiosos em não ser diretamente relacionados com as dolorosas reformas enquanto se preparam para eleições em abril – apoiem as medidas, independentemente dos resultados nas urnas.
“Os líderes políticos gregos devem oferecer seu compromisso com o programa”, disse uma fonte próxima aos credores. Não serão aprovados mais empréstimos se não o fizerem”.
O jornal Kathimerini disse no sábado que se os líderes políticos não chegassem a um acordo sobre as reformas, Papademos estava considerando pedir que eles ou autorizassem uma nova rodada de negociações com a troyka ou que eles também entrassem nas discussões.
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Grécia falha acordo. Zona Euro já admite bancarrota

Partidos do Governo e membros da troika não se entenderam. Negociações prosseguem 2ª feira
Chegaram ao fim, sem acordo, as negociações entre o Governo grego e a troika. As negociações vão prosseguir na segunda-feira.
A reunião entre os três partidos da coligação que está no Governo e os representantes da Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) acabou sem acordo quanto às medidas de austeridade e reformas estruturais que o país está disposto a adoptar para continuar a receber a ajuda internacional.
A troika «exige mais austeridade do que aquela que o país é capaz de suportar», afirmou o líder da Nova Democracia, Antonis Samaras, citado pela AFP, à saída do encontro.
Já o líder de extrema-direita, Georges Karatzaferis, justificou o falhanço das negociações porque «não queria contribuir para a explosão de uma revolução» e aceitar as medidas exigidas pela troika poderiam ter esse efeito.
Representantes da banca internacional juntaram-se também este domingo à maratona negocial que envolve o Governo grego e a troika para a adopção de novas medidas de ajuda externa àquele país, avançou a agência France Press.
O director do Instituto Internacional de Finanças, Charles Dallara, representante da banca internacional – que prevê conceder à Grécia o perdão de parte da sua dívida – entrou na residência oficial do primeiro-ministro grego, Lucas Papademos.
O director do Deutsche Bank Josef Ackermann está também em Atenas para acordar um plano de reformas adicionais de austeridade, disse fonte governamental grega.
George Papandreou, Antonis Samaras e George Karatzaferis, líderes dos partidos que suportam o governo, mantêm objecções à aprovação das novas medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais.
As negociações têm como objectivo evitar que a Grécia entre em incumprimento em Março.
O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, admitiu a insolvência da Grécia. O responsável disse que, se a Grécia não aplicar as medidas de austeridade e as reformas necessárias, e se se descobrir que a culpa da situação é inteiramente da Grécia, a Europa não dará mais ajuda ao país, pelo que em Março, se verificará o incumprimento.
No sábado à noite, o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, disse que as negociações entre o Governo grego e a troika internacional sobre as novas medidas que a Grécia terá de adoptar tinham entrado numa fase crítica.
O ministro disse mesmo que havia apenas 24 horas para se chegar a acordo. O prazo já terminou.
Evangelos Venizelos referiu aos jornalistas que «da parte dos parceiros europeus, há muita pressão e impaciência».
Segundo o ministro das Finanças grego, já há acordo sobre a recapitalização dos bancos e as privatizações, não tendo sido ainda alcançado um consenso sobre a redução dos salários do sector privado e as medidas para reduzir a despesa pública.
O Governo grego necessita de fechar o acordo para receber o novo pacote de auxílio antes de 20 de Março, quando terá de reembolsar 14,5 mil milhões de euros aos detentores da sua dívida pública.
Paralelamente, o Governo grego e os banqueiros negoceiam há já três semanas um acordo para um perdão de 100 mil milhões de euros da dívida do país e evitar que este entre em falência.
O perdão de parte da dívida grega pelos credores privados está incluído num pacote que abrange a legitimação do segundo programa de resgate de 130 mil milhões de euros, aprovado na cimeira europeia de Outubro e que volta a envolver a troika.

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Grécia e ‘troika’ falham acordo e comprometem nova ajuda

Luís Rego em Bruxelas
06/02/12 00:05
Jean-Claude Juncker admite “falência” do país em Março e as negociações falham de novo.
O presidente do Eurogrupo, Jean Claude Juncker, já fala abertamente da possibilidade da Grécia “abrir falência” em Março.
Os responsáveis políticos gregos recusaram ontem aceitar o novo impulso de austeridade exigido pelos ministros das finanças do euro como contrapartida para o segundo resgate ao pais e para um perdão de metade da dívida dos privados.
Os ministros europeus e a ‘troika’ internacional exigem um corte de 20% no salário mínimo (actualmente em 750 euros), de 15% nas pensões, o fim dos subsídios de férias e layoffs de 15 mil funcionários públicos. O Eurogrupo tinha previsto reunir-se hoje em Bruxelas para fechar o acordo mas com estas exigências europeias, os políticos gregos roeram a corda depois de cinco horas de negociações com o governo tecnocrata liderado por Lucas Papademos.
O líder da oposição, o conservador, Antonis Samaras, disse ontem que “estão a pedir-nos mais austeridade, o que é impossível de suportar. Estou a lutar para impedir isto.” As eleições gerais em Abril representam um constrangimento importante nestas negociações.
“Estamos no fio da navalha”, disse o ministro de finanças, o socialista Evangelos Venizelos, após uma teleconferência com os seus homólogos da zona euro, no sábado, que reputou de “muito difícil.” Nesta fase, tudo está em aberto e o presidente do Eurogrupo, Jean Claude Juncker, já fala abertamente da possibilidade de o pais “abrir falência” em Março. Sem um acordo agora, a Grécia será impotente diante do vencimento de 14,5 mil milhões de euros em títulos em meados de Março, tendo no horizonte o incumprimento e até uma eventual saída do euro.

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