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Grécia em emergência: Zona Euro já admite bancarrota
- PorRedacção PGM
- 2012-02-05 18:34
Georges Papandreou, Antonis Samaras e Georges Karatzaferis estão esta tarde reunidos com o primeiro-ministro, numa tentativa de ultrapassar as suas objecções às novas medidas de austeridade, exigidas à Grécia pelos credores internacionais.
Os representantes da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) já se reuniram com o primeiro-ministro grego e com os ministros das Finanças e do Trabalho.
Representantes da banca internacional juntaram-se também este domingo à maratona negocial que envolve o Governo grego e a troika para a adopção de novas medidas de ajuda externa àquele país, avançou a agência France Press.
O director do Instituto Internacional de Finanças, Charles Dallara, representante da banca internacional – que prevê conceder à Grécia o perdão de parte da sua dívida – entrou na residência oficial do primeiro-ministro grego, Lucas Papademos.
O director do Deutsche Bank Josef Ackermann está também em Atenas para acordar um plano de reformas adicionais de austeridade, disse fonte governamental grega.
George Papandreou, Antonis Samaras e George Karatzaferis, líderes dos partidos que suportam o governo, mantêm objecções à aprovação das novas medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais.
As negociações têm como objectivo evitar que a Grécia entre em incumprimento em Março.
O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, admitiu a insolvência da Grécia. O responsável disse que, se a Grécia não aplicar as medidas de austeridade e as reformas necessárias, e se se descobrir que a culpa da situação é inteiramente da Grécia, a Europa não dará mais ajuda ao país, pelo que em Março, se verificará o incumprimento.
No sábado à noite, o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, disse que as negociações entre o Governo grego e a troika internacional sobre as novas medidas que a Grécia terá de adoptar tinham entrado numa fase crítica.
O ministro disse mesmo que havia apenas 24 horas para se chegar a acordo. O prazo já terminou.
Evangelos Venizelos referiu aos jornalistas que «da parte dos parceiros europeus, há muita pressão e impaciência».
Segundo o ministro das Finanças grego, já há acordo sobre a recapitalização dos bancos e as privatizações, não tendo sido ainda alcançado um consenso sobre a redução dos salários do sector privado e as medidas para reduzir a despesa pública.
O Governo grego necessita de fechar o acordo para receber o novo pacote de auxílio antes de 20 de Março, quando terá de reembolsar 14,5 mil milhões de euros aos detentores da sua dívida pública.
Paralelamente, o Governo grego e os banqueiros negoceiam há já três semanas um acordo para um perdão de 100 mil milhões de euros da dívida do país e evitar que este entre em falência.
O perdão de parte da dívida grega pelos credores privados está incluído num pacote que abrange a legitimação do segundo programa de resgate de 130 mil milhões de euros, aprovado na cimeira europeia de Outubro e que volta a envolver a troika.
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04/02/2012 13h32 - Atualizado em 04/02/2012 13h32
Grécia pressiona credores para definição de pacote de resgate
Medidas de austeridade geram polêmica entre os gregos.
Manifestações contra medidas de austeridade tomaram as ruas de Atenas.
O governo da Grécia fez nova pressão no sábado (4) para moldar um acordo com credores estrangeiros sobre um pacote de resgate de 130 bilhões de euros antes de iniciar a difícil tarefa de convencer líderes políticos desconfiados a apoiarem as reformas dolorosas adicionais envolvidas. Protestos contra medidas de austeridade tomaram as ruas de Atenas.
Manifestantes protestam na frente do escritório do premiê gregfo (Foto: Reuters)
Mas as negociações com sua “troika” de credores internacionais foram difíceis por conta das exigências deles para que o governo reduza custos trabalhistas removendo bônus de férias e diminuindo o salário mínimo – propostas que são fortemente opostas por líderes de partidos políticos gregos.
Depois da esperança inicial de que um acordo com credores da União Europeia, Banco Central europeu e o Fundo Monetário Internacional pudesse sair na sexta-feira, a maratona de negociações terminou no começo do sábado com questões importantes ainda não resolvidas.
O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, deve retomar as negociações com os credores no sábado em uma tentativa de chegar a um acordo antes que o primeiro-ministro tecnocrata, Lucas Papademos, peça a bênção dos socialistas, conservadores e líderes da extrema-direita de sua coalizão.
Aquela reunião com chefes de partidos, inicialmente programada para sábado, foi adiada para o domingo, disse uma fonte do governo.
Eles querem que todos os chefes políticos do país – que estão ansiosos em não ser diretamente relacionados com as dolorosas reformas enquanto se preparam para eleições em abril – apoiem as medidas, independentemente dos resultados nas urnas.
“Os líderes políticos gregos devem oferecer seu compromisso com o programa”, disse uma fonte próxima aos credores. Não serão aprovados mais empréstimos se não o fizerem”.
O jornal Kathimerini disse no sábado que se os líderes políticos não chegassem a um acordo sobre as reformas, Papademos estava considerando pedir que eles ou autorizassem uma nova rodada de negociações com a troyka ou que eles também entrassem nas discussões.
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Grécia falha acordo. Zona Euro já admite bancarrota
Partidos do Governo e membros da troika não se entenderam. Negociações prosseguem 2ª feira
- PorRedacção
- 2012-02-05 20:19
Chegaram ao fim, sem acordo, as negociações entre o Governo grego e a troika. As negociações vão prosseguir na segunda-feira.
A reunião entre os três partidos da coligação que está no Governo e os representantes da Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) acabou sem acordo quanto às medidas de austeridade e reformas estruturais que o país está disposto a adoptar para continuar a receber a ajuda internacional.
A troika «exige mais austeridade do que aquela que o país é capaz de suportar», afirmou o líder da Nova Democracia, Antonis Samaras, citado pela AFP, à saída do encontro.
Já o líder de extrema-direita, Georges Karatzaferis, justificou o falhanço das negociações porque «não queria contribuir para a explosão de uma revolução» e aceitar as medidas exigidas pela troika poderiam ter esse efeito.
Representantes da banca internacional juntaram-se também este domingo à maratona negocial que envolve o Governo grego e a troika para a adopção de novas medidas de ajuda externa àquele país, avançou a agência France Press.
O director do Instituto Internacional de Finanças, Charles Dallara, representante da banca internacional – que prevê conceder à Grécia o perdão de parte da sua dívida – entrou na residência oficial do primeiro-ministro grego, Lucas Papademos.
O director do Deutsche Bank Josef Ackermann está também em Atenas para acordar um plano de reformas adicionais de austeridade, disse fonte governamental grega.
George Papandreou, Antonis Samaras e George Karatzaferis, líderes dos partidos que suportam o governo, mantêm objecções à aprovação das novas medidas de austeridade exigidas pelos credores internacionais.
As negociações têm como objectivo evitar que a Grécia entre em incumprimento em Março.
O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, admitiu a insolvência da Grécia. O responsável disse que, se a Grécia não aplicar as medidas de austeridade e as reformas necessárias, e se se descobrir que a culpa da situação é inteiramente da Grécia, a Europa não dará mais ajuda ao país, pelo que em Março, se verificará o incumprimento.
No sábado à noite, o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, disse que as negociações entre o Governo grego e a troika internacional sobre as novas medidas que a Grécia terá de adoptar tinham entrado numa fase crítica.
O ministro disse mesmo que havia apenas 24 horas para se chegar a acordo. O prazo já terminou.
Evangelos Venizelos referiu aos jornalistas que «da parte dos parceiros europeus, há muita pressão e impaciência».
Segundo o ministro das Finanças grego, já há acordo sobre a recapitalização dos bancos e as privatizações, não tendo sido ainda alcançado um consenso sobre a redução dos salários do sector privado e as medidas para reduzir a despesa pública.
O Governo grego necessita de fechar o acordo para receber o novo pacote de auxílio antes de 20 de Março, quando terá de reembolsar 14,5 mil milhões de euros aos detentores da sua dívida pública.
Paralelamente, o Governo grego e os banqueiros negoceiam há já três semanas um acordo para um perdão de 100 mil milhões de euros da dívida do país e evitar que este entre em falência.
O perdão de parte da dívida grega pelos credores privados está incluído num pacote que abrange a legitimação do segundo programa de resgate de 130 mil milhões de euros, aprovado na cimeira europeia de Outubro e que volta a envolver a troika.
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Grécia e ‘troika’ falham acordo e comprometem nova ajuda
Luís Rego em Bruxelas
06/02/12 00:05
06/02/12 00:05
Jean-Claude Juncker admite “falência” do país em Março e as negociações falham de novo.
Os responsáveis políticos gregos recusaram ontem aceitar o novo impulso de austeridade exigido pelos ministros das finanças do euro como contrapartida para o segundo resgate ao pais e para um perdão de metade da dívida dos privados.
Os ministros europeus e a ‘troika’ internacional exigem um corte de 20% no salário mínimo (actualmente em 750 euros), de 15% nas pensões, o fim dos subsídios de férias e layoffs de 15 mil funcionários públicos. O Eurogrupo tinha previsto reunir-se hoje em Bruxelas para fechar o acordo mas com estas exigências europeias, os políticos gregos roeram a corda depois de cinco horas de negociações com o governo tecnocrata liderado por Lucas Papademos.
O líder da oposição, o conservador, Antonis Samaras, disse ontem que “estão a pedir-nos mais austeridade, o que é impossível de suportar. Estou a lutar para impedir isto.” As eleições gerais em Abril representam um constrangimento importante nestas negociações.
“Estamos no fio da navalha”, disse o ministro de finanças, o socialista Evangelos Venizelos, após uma teleconferência com os seus homólogos da zona euro, no sábado, que reputou de “muito difícil.” Nesta fase, tudo está em aberto e o presidente do Eurogrupo, Jean Claude Juncker, já fala abertamente da possibilidade de o pais “abrir falência” em Março. Sem um acordo agora, a Grécia será impotente diante do vencimento de 14,5 mil milhões de euros em títulos em meados de Março, tendo no horizonte o incumprimento e até uma eventual saída do euro.
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